Pacto do ensino médio começa a garantir formação para professor
Quinta-feira, 19 de dezembro de 2013 - 16:57
Até esta quinta-feira, 19, o Ministério da Educação formalizou com cinco estados e o Distrito Federal e 18 instituições públicas de ensino superior o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio. Com o pacto, o ministério vai oferecer, em 2014, formação continuada a 495,6 mil professores do ensino médio que trabalham em 20 mil escolas públicas no país todo. A expectativa é ter a adesão das 27 unidades da Federação, de 40 universidades e institutos federais.
A realização do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio pelo governo federal é uma iniciativa de larga escala – atender quase 500 mil professores do ensino médio – que depende da adesão das secretarias estaduais de educação e de instituições públicas de ensino superior. A meta é oferecer formação de 200 horas por ano a esses educadores e também aos coordenadores pedagógicos das escolas.
De acordo com o secretário de educação básica do MEC, Romeu Caputo, o pacto é uma ação que está fortemente ligada à Lei do Piso Salarial dos Professores (Lei n° 11.738/2008), que destina um terço da jornada de trabalho do educador para sua capacitação e aperfeiçoamento. O Ministério da Educação, diz Caputo, oferece uma bolsa mensal aos educadores que aderirem ao pacto para que eles utilizem essas horas para estudar de forma individual e coletiva no espaço da escola.
O secretário de educação básica explica que os conteúdos, desenvolvidos por 15 universidades federais, devem ser inseridos nos tablets que foram enviados pelo MEC para as 26 secretarias de educação dos estados e ao Distrito Federal. Os conteúdos se dividem em duas partes: a primeira, que corresponde ao primeiro semestre de 2014, trata da formação comum a todos os professores, organizada em seis núcleos: sujeitos do ensino médio, ensino médio, currículo, organização e gestão do trabalho pedagógico, avaliação e áreas de conhecimento, integração curricular. No segundo semestre, serão abordados conteúdos das áreas do conhecimento: ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática.
Outro ganho esperado com a realização do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio diz respeito às universidades. “É uma oportunidade das universidades públicas de encontrar os egressos formados em seus cursos de licenciatura e pedagogia e avaliar o desempenho deles nas escolas onde lecionam”, explica Romeu Caputo.
Estados que aderiram ao pacto: Rio Grande do Sul com sete instituições de ensino superior; Mato Grosso do Sul, com quatro instituições; Mato Grosso, com duas; Paraíba, com três; Tocantins, com uma; e o Distrito Federal, com uma. Outros 15 estados participaram de reuniões com o ministério e vão formalizar a adesão em 2014. Os demais estados serão procuradas pelo MEC em janeiro.
Bolsas – Todos os educadores – das instituições de ensino superior, das secretarias de educação e os professores cursistas – que fazem parte do pacto receberão bolsas mensais durante todo o período de formação. As bolsas, que serão pagas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), se dividem em sete tipos, conforme as atribuições dos educadores: R$ 2 mil para o coordenador-geral da instituição de ensino superior; R$ 1,4 mil para o coordenador-adjunto da instituição de ensino superior; R$ 1,2 mil para o supervisor; R$ 1,1 mil para o formador da instituição de ensino superior; R$ 1,1 mil para o professor formador regional do pacto nos estados e Distrito Federal; R$ 765 para o orientador de estudo; R$ 200 para o professor cursista e para o coordenador pedagógico.
Tarefas – Cabe à instituição de ensino superior que aderir ao pacto diversas atribuições, entre as quais, selecionar o coordenador geral, que deve ser professor efetivo da instituição, com experiência na área de formação continuada de profissionais da educação básica e possuir título de mestre ou doutor; o coordenador adjunto, que deve ser professor efetivo, ter experiência na área de formação de educadores do ensino básico, ser mestre ou doutor; professor formador, pertencente ao quadro da instituição, possuir experiência na educação básica, ser graduado em pedagogia ou licenciatura, possuir mestrado ou doutorado ou estar cursando pós-graduação em educação.
Será responsabilidade conjunta da instituição de ensino superior e da secretaria estadual ou distrital de educação a seleção do supervisor de formação, a quem cabe articular a formação.
Cabe, ainda, à secretaria estadual ou distrital de educação selecionar os formadores regionais, que serão responsáveis por ministrar a formação aos orientadores de estudos. Para essa função, são requisitos: ter experiência como professor ou coordenador pedagógico do ensino médio ou ter atuado na formação continuada de professores, ser profissional efetivo da rede, ter especialização, mestrado ou doutorado ou estar cursando pós-graduação em educação, ter disponibilidade de 20 horas semanais para essa tarefa; o orientador de estudo, que vai ministrar a formação dos professores cursistas e coordenadores pedagógicos, deve ser professor ou coordenador pedagógico do ensino médio vinculado à rede, formado em pedagogia ou licenciatura e trabalhar, no mínimo, há dois anos no ensino médio, além de ter disponibilidade de dedicar 20 horas semanais a essa atividade.
As instituições de ensino superior vão ministrar 96 horas de formação durante o ano aos formadores regionais. Caberá a esses formadores qualificar os orientadores de estudos, também com 96 horas anuais.
Para participar da formação, o professor do ensino médio deve atuar em sala de aula em 2014 e estar registrado no censo escolar de 2013. Ele terá 200 horas de curso; e o coordenador pedagógico deve ser efetivo da rede e receberá 200 horas de formação.
Ionice Lorenzoni
Confira a Resolução nº 51/2013, publicada no Diário Oficial da União, seção 1, páginas 19 a 22, em 16 de dezembro de 2013 que trata dos agentes do pacto e bolsas de estudo
Confira a Lei nº 11.738/2008, que trata do piso salarial dos professores da educação básica pública
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Acesse na Biblioteca do Portal EMdiálogo os cadernos de formação que serão inseridos nos Tablets dos professores.
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Comments
UNIVERSIDADE NO ESTADO RJ QUE FARÁ A FORMAÇÃO
Gostaria de saber qual a universidade do Estado do Rio de Janeiro será responsável pela formação do professor cadastrado no Pacto Nacional do Ensino Médio, pois fiz o cadatro com formador de estudo e ainda não tive nehum retorno, e não consigo nehuma informação.
Ilsete de Aguiar Rezende (il7rezende@gmail.com)
Universidade do Pacto pelo Ensino Médio no RJ?
Prezada Ilsete,nós do portal EMdiálogo na UFF não estamos responsáveis pela formação continuada do Pacto Nacional de fortalecimento do ensino médio no Rio de Janeiro. Neste sentido não temos a informação sobre qual universidade e quem será o coordenador pela formação no estado do RJ. Sugiro que esta informação possa ser obtida com a propria SEEDUC ou a Secretaria de Educação Básica do MEC.
Atenciosamente,
Paulo Carrano (Coordenador do Portal EMdiálogo)
Semináro Internacional em Porto Alegre.
Assisti a sua fala em Porto Alegre. Parabéns.
A questão do protagonismo social da história das pedras nos ônibus, e do "tenis roubado" foram muito fortes. Professores policiais não.
Menos Polícia e mais POLÍTICA.
Parabéns.
Política e Polícia
Olá, Luciano! Grato pelo seu comentário! Gostei muito de nosso encontro de professores em Porto Alegre. Foi emocionante também para mim ver tanta gente junta e motivada em fazer mais e melhor pela Escola Pública.
Para quem nos lê possa compreender a conversa que tivemos em Porto Alegre, deixo abaixo um trecho da bela discussão que Jacques Rancière faz sobre Polícia e Política. Foi deste filósofo francês que, como disse, peguei de empréstimo a distinção que nos coloca entre o direito à palavra dos subalternizados - política - e a lógica de colocar os corpos "no seu lugar". Quem nunca ouviu a expressão - policial - "ponha-se no seu lugar!"? E como é bonito e necessário ver sujeitos rompendo com os seus lugares de destino para afirmar o seu direito à palavra no espaço público (Política).
Um forte abraço e bem vindo ao nosso EMdiálogo!
Paulo Carrano
(...) A política é a actividade que reconfigura os quadros sensíveis no seio dos quais se definem os objectos comuns. Ela rompe com a evidência sensível da ordem “natural” que destina os indivíduos e os grupos ao comando e à obediência, à vida pública ou à vida privada, ao assigná-los desde logo a um certo tipo de espaço ou de tempo, a certa maneira de ser, de ver, e de dizer. Esta lógica dos corpos no seu lugar dentro da distribuição do comum e do privado, que é também uma distribuição do visível e do invisível, da palavra e do ruído, é aquilo a que propus nomear com o termo de polícia. A política é a prática que rompe com essa ordem da polícia que antecipa as relações de poder na própria evidência dos dados sensíveis. Ela fá-lo através da invenção de uma instância de enunciação colectiva que redesenha o espaço das coisas comuns.»
Jacques Rancière, «Les paradoxes de l’art politique»,Le spectateur émancipé, La Fabrique, Paris, 2008, p. 66
ATIVIDADE DO PACTO ETAPA II CADERNO III REFLEXÃO E AÇÃO P.41
ESCOLA ESTADUAL GREGÓRIO BEZERRA – ENSINO MÉDIO/ TRAV. JOÃO TIMÓTEO DE ANDRADE S/N – PANELAS – PE / CEP: 55.470-000REG. FED. Nº 5298 DE 23/07/1998 – CNPJ Nº 10.572.071/2217-12TEL: 3691-2703 E-MAIL: escgregoriobezerra@gmail.com
ATIVIDADE DO PACTO ETAPA II CADERNO III REFLEXÃO E AÇÃO P.41CRISE NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM PANELAS UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR: BIOLOGIA, FÍSICA, HISTÓRIA, GEOGRAFIA, MATEMÁTICA, PORTUGUÊS E QUÍMICA.PACTO NACIONAL PARA O FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREFLEXÃO E AÇÃO DA ETAPA II - CADERNO III, pag. 41.José Cícero da Silva, Simone Cavalcanti Soares, Maria José Correia da Silva, Maria das Dores e Silva, Ednilza Maria da Silva, José Jardiel Cordeiro, Valdir de Barros Correia.
Resumo
Este trabalho, de cunho teórico e prático, teve como principal objetivo analisar a relação entre a comunidade estudantil e sociedade, tendo como referencial a crise atual na distribuição de água do Elo Compensa e tratamento da mesma. Para tanto, o artigo inicialmente analisa a questão do abastecimento de água, a partir de uma dimensão histórica do município de Panelas - PE. A seguir, é explorada a temática “crise da falta de água” enfrentada atualmente, sugerindo que a proeminência do desenvolvimento populacional do município e a falta de investimentos pelos órgãos responsáveis justificam o tal caos no momento atual, mais especificamente pelo conhecimento adquirido através de pesquisas pelos estudantes dos 2º Anos do turno da tarde, sobre as fontes de água do município. O artigo discute o conceito de soluções inovadoras sustentáveis para a utilização, conservação e preservação da água. Por fim, é abordada a relação entre a comunidade e a empresa de abastecimento, destacando a importância de cada indivíduo na preservação, reaproveitamento e utilização consciente da água, considerando as três dimensões da sustentabilidade – social ambiental e econômica.Palavras-chaveUtilização, água; crise; Preservação; sustentabilidade; reaproveitamento; abastecimento, organização inovadora sustentável; Socioambiental;
ATIVIDADE DO PACTO ETAPA II CADERNO III REFLEXÃO E AÇÃO P.41
PACTO NACIONAL PARA O FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIOREFLEXÃO E AÇÃO DA ETAPA II - CADERNO III, pag. 41.NOME DA ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL GREGÓRIO BEZERRA, PANELAS – PE.ORIENTADOR (A) DE ESTUDO: DEONY CLECIA DE MIRANDAPROFESSORES CURSISTAS: José Cícero da Silva, Simone Cavalcanti Soares, Maria José Correia da Silva, Maria das Dores e Silva, Ednilza Maria da Silva, José Jardiel Cordeiro, Valdir de Barros Correia.TEMA: CRISE NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM PANELASPublico alvo: Alunos do Ensino Médio
INTRODUÇÃO
O trabalho educativo sobre: “A crise no abastecimento de água em Panelas, a ser realizado na escola tem como proposta proporcionar aos alunos a chance de se tornarem protagonistas da conscientização, pois ao aprender a devida utilização, preservação e reaproveitamento, eles tornam-se fiscais de suas próprias casas. Repassam a informação compreendida durante o Projeto educativo para casa e ensinam os pais e vizinhos.Assim a escola tendo a função de mediadora e provocadora de mudanças propõe através deste projeto uma melhoria nas atitudes dos estudantes e da comunidade escolar em geral. A situação de abastecimento de água é complexa. Esta situação é também preocupação constante dos educadores desta escola, que desenvolverá atividades reflexivas dentro e fora da escola, enfrentando em conjunto com a comunidade de alunos, pais e órgão competentes, as causas da falta prolongada de água.
JUSTIFICATIVA:
Panelas cidade centenária de 144 anos, e com tantas fontes de água mineral, ainda vive a enfrentar durante o período de estiagem, grandes crises no processo de abastecimento de água por falta de investimentos em reservatórios deste tão precioso líquido que é a água.OBJETIVOS•Objetivos Gerais: Orientar aos alunos que a ação mais simples para preservarmos a pouca água acumulada nos desprovidos reservatórios de nosso município, é utilizando-a de forma consciente, Já que as autoridades competentes não se mobilizam com as devidas ações para ampliação de nossos reservatórios e da rede hidráulica.
•Objetivos específicos
- Conscientizar a comunidade escolar sobre o dever de cada um no processo de preservação da água.- Reconhecer como os hábitos de cidadania ajudam a manter o equilíbrio na correta utilização e reutilização da água.- Enxergar o quanto de água é desperdiçado todos os dias com a utilização indevida.- Identificar as medidas corretas em atividades diárias para evitar o desperdício;- Conhecer as formas de tratamento da água;
MÉTODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste tema A crise no abastecimento de água em Panelas – PE a nossa meta foi envolver a comunidade escolar acerca do projeto trabalhando através da interdisciplinaridade, onde cada professor, adequou seus conteúdos a temática.Componentes curriculares:Historia : Pesquisar a historia da cidade e fontes de águas locais.Geografia: Mapear os bairros e sítios que apresentam fontes de água.Biologia: Estudo sobre a importância da água para preservação e existência da vida no planeta.Português :Leitura de texto informativos sobre o tema estudado, confecções de panfletos e produções textuais.Matemática: Elaboração de gráfico de dados dos locais e quantidades de fontes de água existentes em nosso município.Recursos didáticos:• Panfletos• Internet• Cartazes• Pesquisa de campo• slides1ª etapa : Divulgação do tema A crise no abastecimento de água em Panelas: vídeos , exposição oral e visual com slides.2ª etapa : Desenvolvimento do tema : Divisão das tarefas para cada grupo e turma;3ª etapa : Apresentação dos temas de acordo com o que foi divididos para cada turma no decorrer do projeto : seminários, palestras, cartazes, visitas de conscientização, culminância do Projeto.4ª etapaAvaliação: Serão avaliados os seguintes critériosa) Aprendizagemb) Participaçãoc) Organizaçãod) Espírito de Equipee) Comportamentof) Comprometimento do grupo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticoswww.srhe.pe.gov.br/ data de acesso: 13/04/2015Como evitar o desperdício de água - Sanesul - Empresa de ...www.sanesul.ms.gov.br/conteudos.aspx?id=11 acessado em 13 de Abril de 2015.Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidadewww.pe.gov.br › Secretarias/ acessado em 10 de Abril de 2015.SECRETARIA DO ESTADO DO MEIO AMBIENTE Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. 14 • DEZ • 2009. Disponível em http://www.fiepr.org.br/nospodemosparana/uploadAddress/projeto_unopar[29421].pdf