O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO – Caderno 2

Colégio Estadual Professor Loureiro Fernandes - Curitiba
Formadora Regional: Professora Cileni  V. dos Santos
Orientadora de estudo: Professora Luci M. V. Prata
Professores cursistas: Giazi J. Neves, Guilherme de G. S.Barbara, Helio dos S. Dias, Irene C. Romano, Irene de J. A. Malheiros, Jayme P. Junior, Jean C. Sauer, Josmar de J. Batista, Juslaine L. M. de Dellegrave, Lilian C. Varaschin, Lisiane V. Zaraski, Luciacyr L. A. e Silva, Marcia Grein, Marcos P. de Sousa.

O JOVEM COMO SUJEITO DO ENSINO MÉDIO – Caderno 2
Um grande objetivo da Educação hoje é o desenvolvimento do jovem nas diferentes características da sua personalidade, para conseguir seguir um caminho digno e construir uma vida útil com base no sonho de cada um. Por vezes, os jovens pensam que a educação se restringe ao âmbito escolar e nem sempre está disposto a entender a mesma como algo que vá acrescentar em sua vida futura. A educação que vamos adquirindo e transmitindo ao longo de gerações tem em vista, não só o desenvolvimento escolar, mas também o pessoal, o social, o religioso, entre muitos outros que poderiam ser citados.

O papel da escola no processo de descoberta da identidade e conhecimento da realidade é fundamental na vida do jovem, pois serve como um norteador na busca de seus objetivos. 
De fato faltam muitos estímulos aos nossos jovens para que conheçam e reconheçam suas potencialidades. As práticas docentes precisam perceber esses jovens como sujeitos que devem escapar à heteronomia social e assim educar para a autonomia de escolhas conscientes torna-se um dos desafios da educação de qualidade.

Para construir novos relacionamentos entre professores e estudantes, devemos dialogar sobre a cultura na escola, as perspectivas e a socialização ouvindo a todos os sujeitos. Tanto professores quanto alunos se culpam sim, pois obedecemos a regras nem sempre bem estruturadas ou atualizadas. Devemos nos apropriar da tecnologia a favor da educação, incorporando novos modelos de ensinamentos, observando e exigindo investimento necessário para realmente inovar e o obter sucesso, cobrando assiduamente das políticas públicas.

Todo esse processo só faz sentido se houver uma formação voltada para a cidadania, para a consciência política, na valorização da diversidade e pluralização coletiva.
Nesse sentido segue baixo nossa carta elaborada para aos alunos, a qual busca estreitar relações, expor nossa preocupação com o significado da aprendizagem, convidá-los para uma reflexão sobre as mídias tecnológicas e seu verdadeiro sentido na escola que segue abaixo.

Carta aos estudantes:
Estamos preocupados com a nossa rotina de estudos e convivência em sala de aula.
Sabemos que vocês estão numa fase ímpar e que fazem parte de uma geração que transpira tecnologia, redes sociais e cibercultura. Até que ponto é a tecnologia que afasta vocês do universo escolar ou é a escola que está afastada da tecnologia?
Desafiamos vocês a pensarem historicamente. Não queremos que vocês decorem datas, nomes... Mas sim comecem a pensar sobre o processo histórico aplicado para entender melhor a escola e a sociedade atual. Entre tantos questionamentos possíveis seguem alguns: Por que muitos colégios públicos não oferecem condições adequadas? Por que temos quadros negros em algumas salas e em outras paredes pintadas de verde? Por que os laboratórios de informática não funcionam direito? Já buscaram informações do por que chegou a este ponto?
Vocês demonstram tanta energia quando estão com seus pares. Que tal canalizarmos esta mesma energia para buscarmos o conhecimento, melhorarmos a aprendizagem e o convívio em nossas aulas?
Atualmente com a aceleração dos afazeres temos a impressão que na vida vale o “aqui” e o “agora”, isto cobra definições e realizações imediatas, mas e quando não encontramos respostas tão rapidamente?
Contem conosco para juntos e unidos encontrarmos os melhores caminhos e as melhores respostas!

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imagem de Márcia Mendes da Fonseca

TEMÁTICA II O Jovem como sujeito - Colégio Consolata -CASCAVEL

          A sociedade tem sofrido grandes e significativas mudanças, as quais há de se repensar, pois são muitos os desafios e não é diferente no ambiente escolar, especificamente no ensino médio, diante disso, faz-se necessário rever questões que influenciam na vida em geral dos jovens. O jovem precisa reconhecer que ele é importante para a sociedade, pois nem sempre é assim, o valor dele na família, comunidade, escola enfim, há o que não tem sonhos e se tem, deixa de aspirar projetos altos, porque não se sente importante e é nesse momento que precisamos estimulá-los a querer, a mudar a realidade, buscando valorizar o potencial de cada um. A escola vê e reconhece esses jovens sim, buscando valoriza-lo com atividades, conversas individuais, palestras, grêmio estudantil, câmara jovem entre outros, na perspectiva de mostrar que eles podem e fazem a diferença.                                                                                                                       De acordo com o artigo de Zanardini; na sociedade pós-moderna vê-se cada vez mais a necessidade que o mercado exige, ou seja, havendo competitividade, flexibilidade, descentralização e resultados, tudo isso para a redução dos custos, maior articulação com a sociedade para a definição de prioridades. Esse desenvolvimento capitalista, a internacionalização econômica deixa claro as diferenças e a desigualdade que é visível e aumenta cada vez mais a dominação de uma classe sobre a outra.  Na década de 90 o contexto histórico da época revela-nos segundo Mello que a escola estaria passando por crise de altos índices de evasão e repetência, sendo que na realidade os fatores estariam irreais ao da escola.                                                                                                                                                           Nesse momento em que o mundo pós-moderno é globalizado há a ideologia de educar para ser feliz e não poderia ficar de fora a escola, estando esta felicidade presa ao mercado e assim formando uma nova mentalidade chamada pedagogia das competências, havendo assim Reforma do Estado e da Educação Básica.                                                                                                                                             Para compreender melhor, o trecho do texto de ( Zanardine, 2007,p.267) nos mostra  claramente essa situação:                                          “ É possível dizer que tanto na Reforma da Estado como na reforma da Educação Básica, amparadas  pela ideologia da pós modernidade, a subjetividade é valorizada a partir do incentivo ao desenvolvimento das potencialidades humanas e da posição de uma racionalidade sensível que, acompanhando o movimento do quadro de organização e a administração da produção capitalista propriamente dita, engendra o controle a partir da introdução de mecanismos que a partir da introdução de mecanismos que procedem uma valorização do elemento humano, apontando para uma certa perspectiva de organização coletiva tendo em vista a busca de soluções capazes de enfrentar a ineficiência do Estado e da Escola. Concretamente, essa valorização vem ao encontro da necessidade de transferir aos indivíduos e grupos sociais a responsabilidade por seus destinos e, desse modo, justificar as desigualdades sociais, culturais e econômicas.”

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