Partindo do princípio que a linguagem usada em sala de aula, quase sempre, ou sempre não dialoga com a vida real do aluno, resolvemos escrever sobre algo que está presente no seu cotidiano, o funk.
Pois, fazer-se entender somente através do livro didático, se torna cansativo tanto para o professor quanto para o aluno. São sempre as mesmas perguntas e questões. Fato que não deixa o aluno aprender, de fato, sobre determinado período ou até mesmo desenvolver um olhar crítico sobre tal obra ou autor, eles decoram e não estudam e muito menos leem. E isso faz com que o ensino se torne, cada vez mais, defasado e engessado.
Com esse projeto, visamos romper com essa metodologia, utilizando o funk dentro da sala de aula como ponte entre o aluno e a matéria dada, nesse caso a Literatura. No entanto, não nos limitamos a apresentar canções já conhecidas pelos alunos. Selecionamos músicas mais antigas que possuem um caráter mais questionador. Com discussões sociais que façam com que eles, os alunos, não só conheçam a origem dessa cultura, como também discuta e dialogue com outros textos dados.
Ao levar os funks antigos conseguimos revelar outras faces de um ritmo tão comum entre eles e tão disseminado nos dias de hoje, mesmo não sendo do gosto de todos. Além de mostrar que a Literatura pode ser aprendida de maneira dinâmica.
Contudo, tentamos assim, fazer com que o aluno olhe para a literatura com um outro olhar. Mesmo que não seja o de um apaixonado por ela, mas que ele consiga perceber que a Literatura é muito além do que se é dado nas escolas. Assim como nas letras de funk, a Literatura pode ser a voz de um povo representando uma realidade e não somente uma matéria obrigatória dada dentro dos livros didáticos.
Por Tálib Gomes e Laís Belarmino
Comments
Funk hoje = Samba 100 anos atrás
O samba passou pelo mesmo preconceito em seus primórdios.
Encontros e desencontros
As letras do funk podem gerar inúmeras discussões. Além do funk denúncia, que tem cunho social, destaco também a discussão sobre as questões de gênero. Observo neste ponto, encontros e desencontros entre o funk e o samba.. um deles está na forma como a mulher é descrita... Observa-se que no funk "a mulher é mero apêndice" e não tem um lugar naquele universo como tem no samba ou na MPB. O conteúdo erótico e machista das letras do funk são apenas "suavizadas" pelo duplo sentido...
funk como gênero
O professor terá melhores resultados no processo de aprendizagem de seus alunos se introduzir o assunto com um gênero textual que agrade a maioria dos alunos, no caso do funk.
DEPOIS disso, apresenta outros gêneros a eles, inclusive com a comparação entre eles, suas histórias, suas influ~encias no passado e no presente, etc etc etc.
funk como gênero
O professor terá melhores resultados no processo de aprendizagem de seus alunos se introduzir o assunto com um gênero textual que agrade a maioria dos alunos, no caso do funk.
DEPOIS disso, apresenta outros gêneros a eles, inclusive com a comparação entre eles, suas histórias, suas influências no passado e no presente, etc etc etc.