JUVENTUDE E TRABALHO NO PARÁ: inserção precoce, precarizada e desqualificada
Os dados abaixo revelam a inserção da juventude paraense no mercado de trabalho. Eles revelam que nossos jovens precisam trabalhar ainda bastante novos, que têm rendimentos muito baixos e com baixa qualificação. Revela ainda a grande incidência de trabalho infantil no estado.
Estes dados fizeram parte de apresentação feita no Fórum Estadual de Ensino Médio, dia 01/02/2013.1. Juventude paraense e trabalho/emprego a. Considerando a inserção da juventude paraense no mercado de trabalho os dados do IBGE revelam que ela se dá de forma precária, precoce e desqualificada. b. somente 18% dos jovens entre 18 a 24 anos apenas estudam e 56% desenvolvem alguma atividade remunerada. Quanto à atividade principal e remuneração Pessoas de 18 a 24 anos de idade, por condição de atividade na semana de referência – total 1.026.000 (100%) Negros Brancos Só estuda 17,9% 33,9 % 38% Trabalha e estuda 13,5% 16,3% 16% Só trabalha 43,1% 26,3 % 24% Cuida de afazeres domésticos 20,5% Não realiza nenhuma atividade 5,1% Fonte: http://www.ibge.gov.br/estadosat/.
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- Entre estes jovens que trabalham 68% ganham até 1 salário mínimo e 92% ganham até 2 salários mínimos.
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- Se por um lado a juventude paraense precisa trabalhar precocemente e recebe por isso rendimentos precários, sua escolarização não favorece sua inserção mais qualificada, em particular a pouca oferta de ensino técnico.
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- A Inserção precoce e precarizada no mercado de trabalho também se revela na forma de trabalho infantil.
- O Pará é o estado amazônico de maior ocorrência de trabalho infantil, são cerca de 250 mil crianças e jovens entre 05 e 14 anos.
- Esta realidade se vincula ao baixo rendimento das famílias que possuem crianças com idade até 14 anos, já que seiscentas mil famílias têm renda per capita de até meio salário.
- Segundo o Sistema de Informações sobre Focos de Trabalho Infantil (SITI) no Brasil do Ministério do Trabalho e Emprego, as atividades econômicas ocupadas pelas crianças e pelos adolescentes no Estado do Pará são bem variadas. Tais como a cata do caranguejo, cultura de laranja, cultura de mandioca, cultura de pimenta-do-reino, cultura de feijão, cultura de milho, extração de minérios, extração vegetal, indústria de moveleiro e assemelhado, pecuária, pesca, produção de carvão vegetal, serviços em cerâmicas e olarias, serviços em madeireiras e serrarias até catadores de lixo, comércio ambulante, lavagem de automóveis, matadouros, panificação, serviços em oficinas mecânicas, venda de jornais.
- As principais formas de trabalho infantil na Amazônia são o trabalho agrícola e o TID, mas é significativa a ocorrência daquilo que a OIT define como “piores formas de trabalho infantil” (formas de escravidão, prostituição, atividades ilícitas e trabalhos susceptíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança).
- No setor agrícola são 35.000 crianças entre 5 cinco e 14 que trabalham.
- O trabalho infantil não agrícola é desenvolvido em atividades diversas tais como: catadores de lixo, comércio ambulante, indústria moveleira, lavagem de automóveis, matadouros, panificação, serviços em cerâmicas, serviços em oficinas mecânicas, venda de jornais e serviços domésticos.
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- Os dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios (2009) indicaram que na faixa etária de 05 a 15 anos a quantidade de crianças e adolescentes ocupados no Brasil caiu de 2.145.845 milhões, em 2008, para 2.060.503 em 2009.
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