GESTÃO PARTICIPATIVA

AÇÃO E REFLEXÃO TEXTO 5 - 20/09/2014
            Quanto à organização e gestão democrática da escola percebe-se que eventualmente, nossas opiniões, não são tão aceitas no cotidiano escolar, se fala em gestão democrática, se coloca as discussões no coletivo, porém as decisões são quase sempre do Gestor. Essas atitudes são de insegurança ou talvez de excesso de auto-confiança.
            Precisamos resgatar o papel da gestão escolar participativa na escola, com isso toda comunidade sai ganhando e com certeza haverá um clima de satisfação por todos os envolvidos neste processo. Já tivemos época em que este processo já estava acontecendo a contento. Já tivemos inúmeros avanços com essa prática, precisamos resgatá-la com urgência e de forma mais salutar. Precisamos estar constantemente nós motivando e nos comprometendo, procurando colocar na direção da escola pessoas com perfil de gestor democrático, que saiba articular e conduzir seu colegiado rumo a conquistas mais significativas. Através do diálogo constante e aberto com toda comunidade.
            Temos o Conselho Escolar organizado, funciona mais ou menos de forma democrática. Participa da vida escolar quando solicitado pela Equipe Administrativa, para aprovar Regimento Escolar, Calendário Escolar, Projetos da Escola e outros documentos. Às vezes participa de estudos e capacitação dos profissionais da escola. Acreditamos que poderia ser mais ativo e participativo. Cumprindo com o exposto em seu estatuto. Quanto ao Grêmio Estudantil foi constituído desde o ano de 2005. Percebemos que conforme seus estatutos ainda não tiveram  a clareza do papel do Grêmio Estudantil no espaço escolar, que é de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, lutando pela democracia permanente na escola, através do direito de participação nos órgãos internos de determinação e/ou avaliação da escola. Os problemas da escola ainda ficam centrados na Equipe Diretiva e no corpo discente, a voz dos alunos ainda não é ouvida nem as sugestões. As normas escolares não são abertas aos alunos. Falta preparar estes alunos para realização de uma gestão democrática destas instancias colegiadas, no seio da escola. Fica claro diante do exposto de que a resiliência, ou seja, capacidade de lidar com os próprios problemas ainda não esta clara e efetiva pelos alunos, e nem tão pouco pela totalidade de seu grupo.
             Os desafios da prática da gestão democrática da escola pública perceberam que- entre o proposto e o realizado ainda há muito a melhorar. As reuniões com pais se dão de forma conduzida, sem dar voz ou vez aos pais. Os problemas são apontados e as sugestões de mudanças não são discutidas e sim definidas pela equipe Diretiva que tem dificuldade em aceitar sugestões, poder ou influência social de mandar e exigir obediência, como se isso fosse natural e inerente à sua condição. Aparenta ser mais um governo de comando. Quanto à autonomia efetiva na escola, podemos citar vários aspectos, que já ocorreram, pois a mais de dez anos viemos construindo o nosso próprio Projeto Político e Pedagógico e o nosso Plano de Ação, refletindo práticas significativas por toda a comunidade escolar. Embora os pais ainda demonstrem receio de se colocar em condições de discutir com os professores os problemas da escola e da aprendizagem. Ainda aceitam muito fácil a imposição que muitas vezes lhe é feita, como se fosse natural e inerente à  condição.
            O Projeto Político Pedagógico da escola foi construído pelo coletivo escolar, tendo como finalidade assegurar as condições de acesso, permanência e sucesso, na escola, ofertando ensino de qualidade, com uma escola aberta, democrática, alegre e dialética em suas ações, envolvendo práticas sociais, atendendo os interesses e anseios de todos, onde o pensar e o fazer, a teoria e a pratica sejam uma constante reflexão-ação, planejando ações educativas de forma participativa a partir dos conteúdos contextualizados com a realidade sócio-politico-cultural e da realidade na qual a escola se encontra inserida, incentivando leituras, pesquisas, ação, reflexão e ação sobre práticas realizadas. Tendo o diálogo como uma prática e uma possibilidade de desenvolver o senso crítico e a capacidade argumentativa. Reconhecendo o aluno, o em seu trabalho e o seu contexto local e amplo. É um Projeto muito bem elaborado, mas a sua prática ainda deixa a desejar. Precisamos replanejá-lo em alguns aspectos para dar vida, atender a realidade e o perfil de nossa comunidade escolar. Pois é na sala de aula, que o PPP deve se colocar “em ação”, e ganhar vida, É preciso que a escola conquiste uma gestão democrática onde os mandos e desmandos não sejam mais uma prática aceitável pela comunidade. Onde ninguém mais precise mandar ou apenas obedecer.

Comments

imagem de noely maria ost

Gestão Democrática

Olá professora Noely

Para que tenhamos uma gestão democrática temos que estudar muito e ter a clareza  qula a concepção de democracia.  É difícil, mas com a coletividade e muita reflexão.

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