Attico Chassot concedeu entrevista a Rubem Barros, editor da Revista Educação (Uol) há dois anos e o debate segue atual.
Chassot propõe que o ensino de ciências parta das disciplinas e depois desconstrua os segmentos que as separam para fazer uma proposta que chama de indisciplinar. Ele considera o ensino indisciplinar (o sentido do prefixo "in") em três sentidos:
"O primeiro é o quanto, por exemplo, eu, como químico, me meto dentro da física, da biologia, da história, da geografia, da filosofia, da língua portuguesa. O segundo é inverso: de quanto eu trago essas outras disciplinas para dentro da minha disciplina. O terceiro sentido é mais radical: nego e procuro superar o conceito de disciplina - e procuro trabalhar etimologicamente um dos significados da palavra disciplina, que historicamente era o látego, o chicote, o relho que as ordens religiosas utilizavam para disciplinar, para ordenar".
E você, como percebe a proposta de Chassot de um ensino de ciências que parta das disciplinas e que, ao mesmo tempo, supere o próprio conceito de disciplina?
Chassot também destaca que compreende a ciência como produção cultural e como linguagem para entender os fenômenos do mundo natural que nos cercam no cotidiano.
E você, como compreende a ciência?
Que implicações tem a compreensão de ciência sobre o ensino de ciências, por exemplo, sobre o ensino de Química?
É possível dizer que a ciência também é uma linguagem para compreender os fenômenos sociais?
Leia a entrevista na íntegra: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/166/attico-chassot-ciencia-como-producao-cultural-234908-1.asp
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