Ensino Médio e Desafios Contemporâneos

Colégio Estadual Professor Loureiro Fernandes – Ensino Fundamental Médio e Profissional - Curitiba – Paraná
Formadora Regional: Professora Cileni  V. dos Santos
Orientadora de estudo: Professora Luci M. V. Prata
Professores cursistas: Giazi J. Neves, Guilherme de G. S.Barbara, Helio dos S. Dias, Irene C. Romano, Irene de J. A. Malheiros, Jayme P. Junior, Jean C. Sauer, Josmar de J. Batista, Juslaine L. M. de Dellegrave, Lilian C. Varaschin, Lisiane V. Zaraski, Luciacyr L. A. e Silva, Marcia Grein, Marcos P. de Sousa.
Ensino Médio e Desafios Contemporâneos
               Nos meses de julho e agosto, reuniram-se nas dependências do Colégio Estadual Professor Loureiro Fernandes, os professores do Ensino Médio que participam da formação continuada no Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio.
As atividades desenvolvidas versaram os conteúdos do Caderno I, que trata das questões históricas de implantação do EM no Brasil: como eram instituídos os cursos, bem como a quem se destinavam.
As discussões direcionaram-se para uma análise comparativa com a atualidade.
Percebe-se que há grande procura dos alunos em relação ao Ensino Médio Integrado, pois vislumbram possibilidade de ascensão social uma vez que um curso técnico lhes possibilitará melhores empregos e, consequentemente, melhores salários.
Na realidade do colégio, verifica-se que há interesse dos alunos em aulas de qualidade, em um curso de qualidade, mesmo que isto demande maior empenho e esforço por parte deles, haja vista que a maioria dos alunos pertence à região metropolitana, mas preferem despender recursos no deslocamento até o colégio. O aluno quer algo mais dessa escola; não é justa a afirmação de que os alunos não querem nada com nada!
Cumprindo a tarefa solicitada, foram realizados alguns levantamentos por amostragem, os quais deixaram claro que são pouquíssimos os alunos que têm pais que frequentaram o Ensino Superior. Alguns têm pais que frequentaram o Ensino Médio, mas a maioria são alunos de cujas famílias são os pioneiros em avanço de nível escolar.
Ainda por amostragem, mais alguns dados forma levantados: 36% de alunos estão fora da faixa etária; muitos dos alunos trabalham e o fato de mencionar a empresa em que trabalham é o melhor marketing para a nossa escola.
Em relação à renda familiar também é bastante variada à clientela do colégio, mas o que se pode perceber é que a maioria, independentemente da renda familiar tem interesse em continuar os estudos, fazer ENEM, vestibular, faculdade... Mesmo que não haja tradição escolar na família.
A qualidade do ensino é primordial para que não se perca o aluno do Ensino Médio. Ele precisa perceber que o que aprende na escola fará diferença em sua vida, precisa perceber que os professores estão investindo em seu conhecimento e que acreditam em sua competência. Não basta a universalização do acesso ao Ensino Médio se ela não estiver associada à qualidade.
O importante é ter claro o que nós como escola podemos fazer para oferecer este ensino de qualidade, independentemente das circunstâncias que possam afetar como a desestruturação familiar, trabalho, questões sociais dentre outros.
Ficou bastante claro que o professor do Ensino Médio Integrado tem de compreender o que é trabalho como princípio educativo: perspectiva de formação integral dos conteúdos.
Não é: disciplina técnica + base núcleo comum! É o diálogo em todas as disciplinas, entre todas as concepções. Se o princípio do trabalho não estiver presente em todas as mediações não será possível uma formação integral, não será possível um ser político integral. Por isso, é necessário o princípio pedagógico bem pautado para levar às discussões. É preciso que o professor estude, leia, discuta com seus pares e assim estar preparado para esse enfrentamento e não cair no senso comum.