Encontro de Jovens Cientistas na UFBA impulsionou o interesse da pesquisa por estudantes

Ocorreu entre os dias 30 de setembro e 3 de outubro o 5º Encontro de Jovens Cientistas, no auditório da UFBA, em Ondina. O Encontro reuniu trabalhos como o de Victoria que apresentou seu trabalho sobre "Gastrite PH e Suco Gástrico". Uma jovem garota com brilho nos olhos e que com orgulho discursava sobre os alimentos inimigos e aliados da doença.

"Aluna do Centro Avançado de Ciências, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Ana Victória de Oliveira , 12, desenvolveu um estudo sobre a gastrite, que é uma inflamação na parede do estômago, para ajudar sua mãe, diagnosticada com a doença, e outras pessoas que também sofrem com essa patologia."

Victoria tem uma caminhada na pesquisa de ciências "que também é bolsista júnior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e que na edição anterior participou e ganhou o 1º lugar com um jogo educativo sobre os meteoros." Em entrevista ela diz: "Sou de origem pobre. Nunca imaginei está onde estou hoje. Sonho em ser uma grande física e sei que vou ser. Meu nome é persistência e perseverança".

"O encontro, promovido pelo Programa Social de Educação, Vocação e Divulgação Científica da Bahia - um projeto do Instituto de Biologia da UFBA (Ibio), contou com 514 participantes, entre jovens cientistas e professores de 26 instituições de ensino público e privado, além de palestrantes.
O engenheiro agrônomo  boliviano Alan Bojanic - chefe do escritório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura  (FAO/ONU) -, foi um dos palestrantes. Ele falou sobre os problemas da fome no mundo e possíveis soluções.
"É preciso aprimorar tecnologias e políticas para solucionar o problema da fome no mundo e é aí que está o papel do jovem cientista neste processo", afirma.
De acordo Rejâne Lira, professora da Ufba e coordenadora do evento, o objetivo é despertar vocações científicas nos jovens ainda quando estudantes da educação básica. "Queremos identificar jovens talentosos, que possam ser estimulados a seguirem carreiras cientifico-tecnológicas, promover a divulgação científica para estes jovens, refletindo e trocando as suas experiências do fazer ciência na educação básica".
O professor e consultor do evento Jorge Lúcio Rodrigues, criticou a falta de incentivo, principalmente dos que mais deveriam apoiar. "Dos primeiros centros, criados em 2006, nenhum está funcionando atualmente. As escolas não têm interesse pelo projeto", desabafa Lúcio.
Segundo ele, apenas dois centros estão em funcionando. "Mesmo assim, não dispomos de espaço físico adequado e, muitas vezes, tenho que conversar com os alunos nos corredores das escolas".
Driblando as dificuldades, Ednei dos Santos, 11, que cursa o 5º ano na Escola Municipal Irmã Elisa Maria, em Nova Brasília,  é só alegria quando fala do futuro.
"Quero ser biólogo. Sempre gostei dos animais da savana (África). Quando descobrir que minha escola era parceira do projeto não pensei duas vezes e me inscrevi", disse Ednei, que apresentou a história da caricatura no encontro.
Invenções
Nos estandes, os jovens demostravam o funcionamento de suas invenções. Mirella Medeiros, 18, criou um aplicativo para smartfones, que ao direcionar a câmera do celular no código de barra, instalado nos pontos turísticos, aparece todas as informações, tanto em forma de texto quanto em áudio.
Matheus Correia, aluno do 3° ano do Colégio Estadual Edvaldo Brandão, em Cajazeiras IV, adaptou um sistema eletrônico em uma máquina de café. Com uma simples ligação, a cafeteira  prepara um cafezinho.
"Esses encontros são uma verdadeira vitrine científica com a expectativa de contribuir para formação de mentes criativas, necessárias à produção de cultura, ciência e desenvolvimento do nosso Estado", disse Rejâne Lira."

Que inspiração ver o quanto esses jovens conquistaram, não? Muito conhecimento!

Pense em pesquisar um assunto que agrade e depois expor seu trabalho no colégio ou em encontros de pesquisa científica.

 

Fonte: A Tarde - Educação