Educadores debatem melhorias da oferta de ensino no Sistema Socioeducativo
Construir uma proposta curricular para o Sistema Sócioeducativo voltada para as necessidades dos estudantes, bem como fortalecer os professores para a oferta da educação com qualidade social. Esses são os objetivos do seminário formativo “Práticas Pedagógicas na Socioeducação”. O evento de dois dias teve início nesta segunda-feira (18.11), na Universidade Aberta do Brasil (UAB), em Cuiabá.
Organizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) o seminário conta com participação de mais 50 educadores, entre: assessores, formadores dos Centros de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação (Cefapros), professores, técnicos e diretores das Escolas que atendem aos alunos do Sistema Socioeducativo, em Mato Grosso.
Nesse primeiro dia os participantes trabalharam no início da tarde a oficina: “Práticas Multiculturais”, mediada pelo professor Marcos Antonio Santos do Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro (DEGASE-RJ). Ele apresentou as experiências positivas do trabalho cultural desenvolvido, com os alunos do sistema no seu Estado.
Educadores locais também apresentaram as ações desenvolvidas com os alunos, como a oferta de atividades lúdicas e artísticas voltada para a cultura mato-grossense. Nossa organização da oferta de ensino em comparação com o Estado fluminense também foi abordada. Conforme Marcos Santos é positiva a existência de Escolas responsáveis pelo Socioeducativo.
“Em Mato Grosso assim como no Rio há unidades estaduais de ensino específicas que ofertam educação aos alunos do sistema. Contudo aqui o trabalho é feito em parceria com a Segurança Pública, já no meu Estado o Socioeducativo é ligado somente a Educação”, comparou.
Conforme a superintendente de Educação Básica da Seduc, Catarina Cortez, em Mato Grosso, Educação e Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) trabalham em parceria. A Seduc oferta o ensino e a Sejudh organiza o cumprimento das medidas socioeducativas. Contudo “as experiências positivas podem contribuir para aperfeiçoar nossa atuação”, destacou.
Sobre o trabalho conjunto entre os profissionais da Segurança e da Educação, Juliano Alves, professor do Socioeducativo de Cáceres destacou o desenvolvimento de um projeto integrador. “Na nossa Escola (Ana Maria Noronha) criamos uma proposta de formação unificada para educadores e agentes de segurança do sistema. Trata-se de uma sala do educador específica, voltada para formação humana, com carga horária de 80 horas. Ao final os agentes receberão certificados pelo Cefapro”, citou.
As atividades do seminário prosseguem na terça-feira (19.11) com a realização de mais duas oficinas e palestra sobre “Territórios urbanos segregados e periféricos: implicações educacionais”, do professor doutor Marcelos Burgos, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).