DATA: 30/07/2014 – TEMÁTICA 01 O Ensino Médio nem sempre foi organizado no formato que conhecemos hoje. Ao nos voltarmos para a história da educação basileira, percebemos que passou por diversas mudanças. No Brasil Colonia, o ensino secundário ocoria de forma fragmentada, em aulas avulsas de acordo com o formato das aulas régias proposto para o período. No império, as primeiras iniciativas em organizar esse nível de ensino surgem a partir da Constituição de 1824 e do Ato Adicional de 1834, que permitem as “às províncias o direito de promover e regulamentar o ensino primário e médio em suas jurisdições, enquanto a esfera nacional (a Assembleia Geral e os ministros do Império) abrangia as escolas que ministravam o ensino primário e médio no município da Corte e o superior em todo o país (Caderno p. 6)”. Com isso, surgem os Liceus Provinciais a partir de 1835 e o Colégio Pedro II na Corte, em 1837. O Colégio Pedro II voltava-se para a formação das elites nacionais (altos quadros políticos, administrativos e intelectuais do país) e tornou-se referencia para os Liceus Provinciais. Na República, com a Constituição de 1891, aos Estados é transferida a responsabilidade sob a instrução primária aos Estados, enquanto que a atribuição de criar instituições de ensino secundário e superior para a ser responsabilidade do governo federal. No etanto, percebe-se que essa organização, reforçou a dualidade do ensino, pois para a massa popular era garantido a educação primária, enquanto que a educação secundária e superiror era para as classes superiores. Pois os alunos provenientes da escola primária popular não tinham acesso às escolas secundárias e superiores, que tinha um caráter educação seletivo. Visando superar o caráter dualista e seletivo do ensino secundário, foram instituidas reformas que introduziram a partir de 1915 os exames de admissão, também chamados de “exames de vestibular”, com o objetivo de selecionar os candidatos para o ensino superior.
04/08/2014 – TEMÁTICA 02 A escola pública, de modo geral, tem considerado o estudante do ensino médio como um sujeito em formação, seja no aspecto biológico, social/cultural e científico. Mesmo que já tenham concluido uma etapa de ensino (o ensino fundamental), ainda são vistos como sujeitos em potencial. Aquilo que já aprenderam é valorizado pelo professor, que procura recuperar os conteúdos já trabalhados e avançar no sentido de proporcionar uma formação mais completa, mais ampla. No entanto, alguns objetivos do ensino médio precisam ser retomados e discutido constantente, pois predomina a concepção de que o Ensino Médio deve, prioritariamente, voltar-se para a preparação do vestibular, no entanto, este não é o único objetivo deste nível de ensino. Segundo a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná, “o Ensino Médio, etapa final do processo formativo da Educação Básica, é orientado por princípios e finalidades que preveem: 1. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; 2. a preparação básica para a cidadania e o trabalho, tomado este como princípio educativo, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de enfrentar novas condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores; 3. o desenvolvimento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e estética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; 4. a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos presentes na sociedade contemporânea, relacionando a teoria com a prática. O Ensino Médio deve ter uma base unitária sobre a qual podem se assentar possibilidades diversas como preparação geral para o trabalho ou, facultativamente, para profissões técnicas; na ciência e na tecnologia, como iniciação científica e tecnológica; na cultura, como ampliação da formação cultural”.