Diferença salarial entre homens e mulheres

Salário médio de admissão atual está 5,29% maior, mas diferença entre homem e mulher ainda é grande. Enquanto os homens ganham R$ 1.063,20, em média, as mulheres recebem R$ 917,03.

O salário médio de admissão no emprego aumentou 5,29% de janeiro a setembro deste ano, em relação a igual período do ano passado, com evolução de R$ 958,72 para R$ 1.009,48, de acordo com o secretário de Políticas Públicas de Emprego, Rodolfo Péres Torelly.

Portal Brasil Pesquisas indicam que mulheres ganham menos que os homens, mesmo quando ocupam funções iguais  
  • Pesquisas indicam que mulheres ganham menos que os homens, mesmo quando ocupam funções iguais

Ao anunciar na última quarta-feira (dia 17 de janeiro), o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, ele destacou que ainda há uma diferença grande (de 13,75%) entre os salários de admissão de homens e de mulheres. Mas salientou que houve pequena diminuição da diferença quando se comparando os dois períodos.

O salário médio de admissão de homens, que era R$ 1.009,06 em 2011, aumentou este ano para R$ 1.063,20 (+5,37%), enquanto o salário médio das mulheres passou de R$ 869,29 para R$ 917,03 (+5,49%) na mesma base de comparação, e “essa redução gradativa é uma tendência sem volta”, segundo Torelly.

O único estado em que o salário da mulher é maior que o do homem é Alagoas, com ganhos admissionais de R$ 779,23 e de R$ 773,59, respectivamente. Em contrapartida, a maior defasagem de gêneros, favorável ao homem, ocorre em Rondônia, onde o trabalhador masculino ganha R$ 987,60 ou 19,19% a mais que a mulher, que recebe R$ 798,07 para exercer a mesma função.

O ganho real de salário (deduzida a inflação do período) resultou na elevação generalizada dos salários de admissão em todas as unidades da Federação, com destaque para os estados do Acre (+14,32%), da Paraíba (+12,56%) e de Sergipe (+9,80%), enquanto os menores ganhos reais foram registrados em Roraima (+2,16%), no Paraná (+3,63%) e em Rondônia (+4,45%).

De acordo com o Caged – divulgação mensal do Ministério do Trabalho e Emprego – a diversidade socioeconômica do país evidencia diferenças significativas entre os rendimentos percebidos em cada estado e no Distrito Federal. Torelly ressaltou, porém, que “há um declínio também no nível de disparidade”, pois a diferença entre o maior e o menor salário de admissão, que era 53,24% em 2011, caiu para 48,98% este ano.

Os maiores salários médios de admissão em 2012 foram nos estados do Rio de Janeiro (R$ 1.154,00) e de São Paulo (R$ 1.150,48) e no Distrito Federal (R$1.037,51), com ligeira inversão de posições entre Rio e São Paulo em relação ao ano passado. Os menores salários foram anotados em Alagoas (R$ 774,61), no Piauí (R$ 776,58), Rio Grande do Norte (R$ 790,06) e em Roraima (R$ 797,86).

Desigualdade de gênero

O mais recente Censo Demográfico (2010) do País mostra que o rendimento médio mensal dos homens com Carteira Profissional assinada foi de R$ 1,392, ao passo que o das mulheres foi cerca de 30% abaixo disso, atingindo R$ 983.

Porque ao desempenhar as mesmas funções, os salários dos homens ainda são maiores do que os das mulheres? Percebemos que essa é uma realidade em todo Brasil, apenas com a exceção do estado de Alagoas.  O que você pensa sobre isso? Dialogue!

 

Comments

imagem de Francielle Vargas

Triste realidade, ainda!

"Pesquisas indicam que mulheres ganham menos que os homens, mesmo quando ocupam funções iguais "

Infelizmente, sempre quando vejo as pesquisas apontarem tal fato vejo o tanto que ainda precisamos avançar nas discussões relacionadas as diferenças e preconceitos em relação ao gênero no mundo do trabalho. Vivi esse preconceito na pele quando trabalhava numa empresa privada de tecnologia. As mulheres dessa empresa tinha salários significativamente menores que os homens e possuiam as mesmas competências técnicas além de formação equivalente.

Vote neste Comentário
imagem de Flávio da Silva Paiva

Falou tudo.

Isso é a pura verdade, e isso tem de mudar.

Vote neste Comentário