Coletivo de Professores Cursitas – CEAD POLO POTY LAZZAROTTO – Curitiba PR

ATIVIDADE – Reflexão e Ação – Caderno 01
Coletivo de Professores Cursitas – CEAD POLO POTY LAZZAROTTO – Curitiba PR
A escola é local de conflitos, conflitos de interesses, conflitos de ideias e conflitos ideológicos e até conflitos sociais. Os desafios que  permanecem no EM  apresentam como: dicotomia entre a educação para a elite e a educação para o trabalhador; empobrecimento dos currículos escolares públicos,  evasão escolar, universalização,  democratização da oferta,  baixo desempenho, distorção ensino/série, falta de apoio pedagógico entre outros. A partir da reconstrução histórica apresentada, o papel da escola na sociedade e em todos os períodos, a educação adequar-se as necessidades da política vigente, principalmente no que se refere ao Ensino Médio.
Observa-se que para promover um projeto de formação integral se  faz necessário uma re-estruturação curricular, o resgate do valor social da escola e uma política educacional que valorize o educador e  que oportunize ao jovem condições para dar prosseguimento em seus estudos.
O CEAD Polo Poty Lazarotto possui aproximadamente 3000 alunos ativos, sendo o Ensino Médio 1754 e do Ensino Fundamental 1255. Os segmentos sociais que compõem o perfil do alunado da EJA, no CEAD Poty Lazarotto:
1. Jovens de 15 a 30 anos;
2. Trabalhadores do comércio;
3. Trabalhadores da área de serviços administrativos;
4. Do lar;
5. Dependentes químicos;
6. Pessoas com necessidades educacionais especiais: TDAH (Transtornos de Déficit de Atenção com Hiperatividade), TGD (Transtornos Globais do Desenvolvimento), Surdos (LIBRAS), Cegos e Baixa Visão, Deficiência Intelectual e Deficiência Física (com pouca limitação);
7. Jovens em cumprimento de medidas sócio educacionais;
8. População egressa do sistema carcerário;
9. Homossexuais;
10. Aposentados;
11. Idosos;
12. Funcionários públicos (Agente Educacional I);
13. Autônomos/escala;
14. Comerciantes; 
A formação humana integral nas escolas implica em um projeto pedagógico e organização curricular pautada no eixo trabalho/ciência/cultura  e tecnologia; sem prejuízo na garantia da base comum das disciplinas ofertadas. As atividades aplicadas deverão re-significar os saberes e experiências dos educandos de acordo com as suas vivências. Um trabalho complexo que precisará redefinir os paradigmas educacionais existentes. De acordo com as DCNEM temos que focar as atividades que estimule os educandos a mapearem a realidade de cada um na escola para conseguirem a transformação fora da escola.
Precisamos de investimentos e políticas públicas destinadas a etapa do Ensino Médio que garantam e promovam a valorização dos profissionais da educação com: melhorias salarial, condições de trabalho(estrutura física e humana e suas tecnologias), formação continuada;e readequação e reconceituação do Projeto Político pedagógico da escola.
Sugerimos que para alcançar a universalização do Ensino Médio devemos realizar o enfrentamento dos problemas a seguir: O ENEN deverá ser dividido ao longo dos 3 anos do Ensino Médio, Federalização do Ensino Médio, Ensino Médio Profissionalizante, Modificação dos Conteúdos, Aumento da oferta, Criar mecanismos de permanência do aluno na escola ( bolsas ).
O Ensino Médio deverá fazer a diferença na vida dos jovens e estes ajudar a transformar o país. Hoje o ensino Médio vive das sobras do Ensino Fundamental devido a política que prioriza a educação básica. A escola tem sido vista pelo aluno como um espaço de desalento e desesperança. Temos que mudar o paradigma sobre o que é ensinar  aprender. Os professores terão que rever o seu compromisso com a escola e a sociedade, temos que educar para vida e não para passar no vestibular. O Estado tem que rever a certificação do Ensino Médio pelo ENEM, os alunos não aprendem simplesmente concluem. A mudança é necessária, parte do processo de discussão e reconstrução dos fundamentos da escola. Somente assim conseguiremos a diferença no ensino/permanência/aprendizagem.