COLÉGIO ESTADUAL SÃO PEDRO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Caderno IV - Análise do filme "O enigma de Kaspar Hauser"
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O ENIGMA DE KASPAR HAUSER
Orientadora: Valdenice Miranda Salvador Malvestio
Cursistas:
Ademar TomcixAna Lucia BeckenkampAlana Keila CardosoDanaê Jacqueline de Aguiar CamilottiElisandra Luzia KollingKarina Bethania StefanelloKeiti Lopes MaestreLauremi Martins dos Santos WentzMarcia Coppini BaierleMárcia Sanae Kajiyama Dias GuimarãesRosane JankowskiSolange de Sá
Etapa 2 – Caderno IV
ANÁLISE
Filme “O Enigma de Kaspar Hauser”
Neste filme pode-se perceber a estreita relação entre língua, pensamento, conhecimento e a própria construção social da realidade. Um dos diálogos entre Kaspar Hauser e seu protetor nos permite saber que no cativeiro ele não era capaz de sonhar e, depois, fora dele, inicialmente confundia sonhos e realidade. Até mesmo a diferenciação entre sonhos e realidade é construída por meio da linguagem e das relações.Kaspar não pôde participar dos acordos linguísticos acerca do mundo. Se nossa capacidade de conhecer o mundo está intimamente ligada à nossa capacidade de interagir, Kaspar não tinha como conhecer o mundo antes da linguagem. A ele foi dado percorrer um caminho inverso: a interação sempre precária depois do cativeiro o leva a um processo de conhecer sempre turvo por se basear em fatos que não pôde experenciar. Sem passar pela práxis, Kaspar Hauser passa a conhecer o mundo através da linguagem, mas, mesmo assim, este mundo lhe parecerá sempre envolto em uma cortina.O enigma de Kaspar Hauser, apresenta, de forma clara, a exclusão social de que este menino foi vítima. Como não tinha contato com a sociedade até sua adolescência, foi privado da faculdade da fala, além de uma série de conceitos lógicos de raciocínio que, por exemplo, não lhe permitiam diferenciar realidade de sonhos. Com o desenrolar da história, existe um aprendizado paulatino de Kaspar, devido a várias influências externas, que antes não eram possíveis. Dessa maneira, podemos relacionar os escritos de Vygotsky sobre a influência das interações sociais e condições de vida.A teoria sócio-interacionista de Vygotsky tem como pressuposto que o desenvolvimento cognitivo acontece através da interação social entre duas ou mais pessoas, que trocam experiências, criando novos conhecimentos.Isso acontece, porque existem situações em que a criança não conseguirá solucionar sozinha, pois algumas de suas funções mentais ainda não estão consolidadas.A história de Kaspar Hauser serve de reflexão para muitos campos da ciência. É possível extrair desse ocorrido questões essenciais como a cultura, a organização social, o relacionamento ou a rejeição que determinado grupo realiza, a questão mental, a percepção, a representação, alguns princípios baseados em determinadas doutrinas (como o positivismo nessa questão), entre outros. É sem dúvidas, um estudo interessantíssimo para os alunos de Letras, História, Geografia, Sociologia, entre outros cursos das ciências humanas.
O ENIGMA DE KASPAR HAUSER
Orientadora: Valdenice Miranda Salvador Malvestio
Cursistas:
Ademar TomcixAna Lucia BeckenkampAlana Keila CardosoDanaê Jacqueline de Aguiar CamilottiElisandra Luzia KollingKarina Bethania StefanelloKeiti Lopes MaestreLauremi Martins dos Santos WentzMarcia Coppini BaierleMárcia Sanae Kajiyama Dias GuimarãesRosane JankowskiSolange de Sá
Etapa 2 – Caderno IV
ANÁLISE
Filme “O Enigma de Kaspar Hauser”
Neste filme pode-se perceber a estreita relação entre língua, pensamento, conhecimento e a própria construção social da realidade. Um dos diálogos entre Kaspar Hauser e seu protetor nos permite saber que no cativeiro ele não era capaz de sonhar e, depois, fora dele, inicialmente confundia sonhos e realidade. Até mesmo a diferenciação entre sonhos e realidade é construída por meio da linguagem e das relações.Kaspar não pôde participar dos acordos linguísticos acerca do mundo. Se nossa capacidade de conhecer o mundo está intimamente ligada à nossa capacidade de interagir, Kaspar não tinha como conhecer o mundo antes da linguagem. A ele foi dado percorrer um caminho inverso: a interação sempre precária depois do cativeiro o leva a um processo de conhecer sempre turvo por se basear em fatos que não pôde experenciar. Sem passar pela práxis, Kaspar Hauser passa a conhecer o mundo através da linguagem, mas, mesmo assim, este mundo lhe parecerá sempre envolto em uma cortina.O enigma de Kaspar Hauser, apresenta, de forma clara, a exclusão social de que este menino foi vítima. Como não tinha contato com a sociedade até sua adolescência, foi privado da faculdade da fala, além de uma série de conceitos lógicos de raciocínio que, por exemplo, não lhe permitiam diferenciar realidade de sonhos. Com o desenrolar da história, existe um aprendizado paulatino de Kaspar, devido a várias influências externas, que antes não eram possíveis. Dessa maneira, podemos relacionar os escritos de Vygotsky sobre a influência das interações sociais e condições de vida.A teoria sócio-interacionista de Vygotsky tem como pressuposto que o desenvolvimento cognitivo acontece através da interação social entre duas ou mais pessoas, que trocam experiências, criando novos conhecimentos.Isso acontece, porque existem situações em que a criança não conseguirá solucionar sozinha, pois algumas de suas funções mentais ainda não estão consolidadas.A história de Kaspar Hauser serve de reflexão para muitos campos da ciência. É possível extrair desse ocorrido questões essenciais como a cultura, a organização social, o relacionamento ou a rejeição que determinado grupo realiza, a questão mental, a percepção, a representação, alguns princípios baseados em determinadas doutrinas (como o positivismo nessa questão), entre outros. É sem dúvidas, um estudo interessantíssimo para os alunos de Letras, História, Geografia, Sociologia, entre outros cursos das ciências humanas.