CEJA – BRAGANEY-PR – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA – TEMÁTICA V
CEJA – BRAGANEY-PR – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA – TEMÁTICA V Professores: Daniel Luiz Vidal e Salete Cristina Helker Senn
Formar cidadãos socialmente responsáveis é tarefa da escola. Também, uma escolha pessoal e coletiva dos profissionais que nela atuam. Criar um ambiente de aprendizagem colaborativa depende de todos. Num mundo em que novas e diversificadas demandas se colocam sobre a escola, enfrentar esses desafios é tarefa urgente. Conforme Hora (1994, pg. 35): “A questão da democratização da escola passa por três aspectos... democratização como ampliação do acesso à instituição educacional, democratização dos processos pedagógicos e democratização do processo administrativo”. Certamente o processo de democratização da escola passa pelo cumprimento desses três aspectos, caso contrário, não ocorre efetivamente. Segundo Davis (2002), o sucesso de uma escola é uma construção e depende da participação de toda a equipe da escola, principalmente da atuação de suas lideranças. Assim, os gestores precisam trabalhar com os professores a concepção de escola que desejam implementar e, de acordo com essa concepção poderá definir o Projeto político pedagógico da escola e a prática de seus professores com o objetivo de promover a aprendizagem contínua de seus alunos. Compete ao administrador não só cumprir as exigências legais para responder as necessidades da escola, mas de discutir e implementar coletivamente formas de avaliação, para obter diagnóstico da atuação e reforçar pontos fortes e corrigir seus rumos quando necessário. “A presença de liderança, de coordenação, é indispensável na vida de uma equipe: alguém que tenha uma visão global da situação e que saiba onde se quer chegar, incentivando o grupo a pensar e a pôr a mão na massa para executar o que foi previsto, que aponte a direção do trabalho, apoiando o grupo durante sua execução e levando cada um a superar suas dificuldades. Essa pessoa será mobilizador do trabalho coletivo, o articulador do processo de elaboração do projeto Político pedagógico da escola... o sucesso do trabalho do gestor depende do empenho e do saber fazer pedagógico dos demais participantes da orquestra. Mas só ele pode conduzir o grupo. É tarefa do líder propor atividades instigantes, provocadoras e, ao mesmo tempo, viáveis, para transmitir confiança e imprimir uma perspectiva de sucesso...” (Davis, 2002, pg.89). De acordo com Hora (1994), a administração/gestão participativa não ocorre espontaneamente. No espaço escolar, faz-se necessário que seja provocada, procurada, vivida e apreendida por todos os que pertencem à comunidade escolar – diretores, equipe pedagógica, professores, alunos, funcionários, pais, comunidade em geral. A participação é um direito e dever de todos que integram uma sociedade democrática, ou seja, a participação e a democracia são dois conceitos estreitamente associados. Nesse contexto é possível examinar o papel histórico da educação e do conhecimento científico. Assim, a escola como instituição social tem a possibilidade de construir a democracia como forma política de convivência humana. Entretanto, o diretor da escola tem como funções básicas às ações de organizar e administrar, tendo em vista as orientações superiores, realizando uma liderança política, cultural e pedagógica, sem perder de vista a competência para administrar a instituição que dirige, usando a criatividade e colocando o processo administrativo a serviço do pedagógico e facilitando a elaboração de projetos educacionais que sejam resultantes de uma construção coletiva dos componentes da escola. No contexto da redemocratização do país, na década de 1980, os movimentos associativos populares passaram a reclamar participação na gestão escolar. O desejo de participação comunitária se inseriu nos debates da constituinte, que geraram, posteriormente, a institucionalização dos conselhos e associações nas políticas das escolas públicas no Brasil. Esses conselhos e associações têm um caráter nitidamente da ação política e aliam o saber letrado com o saber popular, por meio da representação das categorias sociais de base. Os conselhos e associações educacionais inserem-se na estrutura dos sistemas de ensino como mecanismos de gestão colegiada, para tornar presente a expressão da vontade da sociedade na formulação das políticas e das normas educacionais e nas decisões dos dirigentes. Ao atribuir às unidades federadas a competência para definir “as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica”, a LDB condiciona essa definição ao princípio da participação das comunidades escolares e local em conselhos escolares ou equivalentes (art.14.II). Assim, a LDB não institui o Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e Associação de Pais, Mestres e Funcionários, apenas sugere alternativas de gestão colegiada. Os sistemas educacionais de ensino adotam diferentes concepções e alternativas para a participação da comunidade escolar e local na gestão colegiada da escola. Para Veiga (1998) a autonomia consiste na possibilidade de elaborar e gerir seus planos, programas e projetos. Envolve, inclusive, a possibilidade de adequar sua estrutura organizacional à realidade e ao momento histórico vivido. Refere-se à organização da escola e nela destaca-se o estilo de gestão, a direção como coordenadora de um processo que envolve relações internas e externas, ou seja, com o sistema educativo e com a comunidade na qual a escola está inserida. Entende-se que para que ocorra a participação torna-se necessário que alguém assuma a coordenação das atividades a fim de que a organização escolar tenha efetivamente uma direção clara rumo aos objetivos políticos e pedagógicos definidos pela comunidade. Portanto, a gestão democrática da escola não prescinde da compreensão, da cooperação, do envolvimento e do comprometimento dos professores, funcionários, pais, alunos e de todos aqueles que estão envolvidos com a ação educativa. Nesse sentido, a direção no contexto escolar não se iguala às demais direções administrativas, pois ela vai além da mobilização dos membros participantes para a realização das atividades, uma vez que ela envolve pessoas e influencia na formação humana. A gestão democrática em instituições escolares é uma das formas que possibilita que os integrantes se envolvam na construção de projetos políticos pedagógicos voltados para a formação de cidadãos compromissados e questionadores das relações de poder instituídas na sociedade. Além da sua dimensão política, caracterizada pela ampliação da participação e no aprendizado de práticas democráticas, que contribuem para o exercício da cidadania, efetivando-se como um agir de sujeitos conscientes de sua participação. A gestão democrática da educação e das instituições de ensino encontra respaldo legal na LDB 9.394/96, que ao tratar da participação dos profissionais da educação na gestão dos estabelecimentos de ensino estabelece que: Art.14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática de ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I- participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II- participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. A lei prevê, portanto, diferentes formas de participação dos profissionais da educação na constituição dos projetos, bem como da comunidade, além da organização de conselhos escolares. Porém entende-se que, para que haja participação efetiva, há necessidade de conhecimento sobre os elementos envolvidos no processo de tomada de decisão. Não podemos considerar que a convalidação de decisões tomadas a priori, seja caracterizada como participação efetiva dos profissionais da educação ou da comunidade escolar. A participação insere nos participantes a consciência e a responsabilidade social com a escola, que passa a exercer seu poder decisório nas ações que lhes interessam e com isso buscam resultados positivos, pois cada pessoa tem um poder de influência sobre o contexto do qual fazem parte. A gestão democrática é uma prática cotidiana que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da transformação que envolve, necessariamente, a formulação de um projeto político-pedagógico que contemple de forma explícita as intencionalidades da comunidade. Para tanto, há necessidade da participação dos profissionais da educação na sua elaboração, execução, avaliação e aprimoramento, a fim de garantir o cumprimento do princípio constitucional da educação nacional que prevê a luta pela garantia do padrão de qualidade Neste sentido a participação de toda a comunidade (estudantes, pais, funcionários, professores, pedagogos, direção) na escola não é uma concessão, mas uma prática que expressa princípios, que influencia na qualidade da educação e está vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não excludente. Neste contexto, mais do que qualquer forma de instância governamental, cabe aos docentes do sistema de ensino tomar conhecimento desse princípio, pois considera-se que desse conhecimento possa resultar a pressão por uma explicitação da gestão democrática, que resulte no avanço rumo a uma educação escolar aberta à participação de todos os que buscam uma educação de qualidade . Quando a população participa e há possibilidade do envolvimento de todos os membros integrantes da escola, assegura-se uma gestão democrática. Torna-se possível um clima de aproximação favorável entre professores, funcionários, pais e alunos quando há envolvimento com os objetivos estabelecidos. A participação da população na gestão escolar promove o rompimento das posturas tradicionais que se caracterizam pelo atendimento a um grupo específico ou aos interesses pessoais de alguns privilegiados. [...] voltada para um processo de decisão baseado na participação e na deliberação pública, a gestão democrática expressa um anseio de crescimento dos indivíduos como cidadãos e do crescimento da sociedade enquanto sociedade democrática é a gestão de uma administração concreta. Por que concreta? Porque o concreto (cum crescere, do latim, é crescer com) é o nasce com e que cresce com o outro. Este caráter genitor é o horizonte de uma nova cidadania em nosso país, em nossos sistemas de ensino e em instituições escolares (CURY,2002). A escola, nesse contexto, cumpre um papel importante exercendo a democracia, que assegura a todos a igualdade de condições de acesso, de permanência e de garantia de aprendizagem. A gestão democrática da escola e de todo o sistema educacional, apresenta-se como mais um dentre tantos desafios para a construção de novas relações sociais, constituindo-se num espaço público de decisões não tutelado pelo Estado, e se caracteriza numa grande luta dos profissionais da educação. Não se pode pensar que a gestão democrática da escola possa resolver todos os problemas de um estabelecimento de ensino ou da educação, porém é exigência da sociedade que a vê como um dos vários caminhos para a democratização do poder na escola e na própria sociedade. Juntamente com a democratização econômica e política a democratização da educação, através da universalização, da gratuidade e da permanência é uma exigência para a emancipação da classe trabalhadora. REFERÊNCIAS HORA, D.L. Gestão Democrática na Escola: Artes e Ofícios da Participação Coletiva. 8a Ed. Campinas, SP: Papirus, 1994. MACEDO, B. Projeto Educativo de Escola: do porquê construí-lo à gênese da Construção – Inovação, 1991. PELLEGRINI, M.Z. Administração participativa: teoria e práxis. In: Revista Brasileira de Administração de Educação, 4 (2), Porto Alegre, jul/dez 1986. VIEIRA, S.L., DAVIS, C. et. Al. - Gestão da Escola: Desafios a Enfrentar. RJ: DP&A, 2002. https://www.google.com.br/search?q=gest%C3%A3o+democr%C3%A1tica+na+escola %253A%252F%252Fdemocraciaunidadeecompromisso.blogspot.com%252F%3B410%3B399
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Gestão Demodrática
Gestão (do latim gestio – Õnis) significa ato de gerir, gerência, administração, (Holanda Ferreira, 1999, p. 985).Gestão é administração, é tomada de decisão, é organização, é direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel. A gestão da Educação é responsável por garantir a qualidade de uma mediação no seio da prática social global (Saviani, 1980:120), que se constitui no único mecanismo de hominização do ser humano, que é a educação, a formação humana de cidadãos. Seus princípios são os princípios da educação que a gestão assegura serem cumpridos – uma educação comprometida com a “sabedoria” de viver junto respeitando as diferenças, comprometida com a construção de um mundo mais humano e justo para todos que nele habitam, independentemente de raça, cor, credo ou opção de vida. Uma gestão democrática requer a participação da comunidade escolar nos processos que se evoluem em permanente formulação e em implementação coletiva de metas, objetivos, estratégias e procedimentos da escola, quer sejam a respeito dos aspectos pedagógicos, quer sejam relativos à gestão administrativa, dos recursos humanos e financeiros. Portanto, é necessário que a gestão escolar seja compartilhada, coletiva, participativa, democrática e que todos juntos – diretor, pais, comunidade, professores, alunos, funcionários – busquem caminhos, soluções para os entraves e consigam realizar o sonho coletivo: “todos os alunos aprendendo”.
Neste sentido, a escola que se quer deve estar aberta ao diálogo, voltada para os anseios da sociedade moderna e pautada nos preceitos democráticos – descentralização, participação e transparência – onde a comunidade escolar possa construir propostas e alternativas que fortaleçam a união em torno da gestão do ensino.
Vivência de participação
Como pudemos observar no artigo, a questão da gestão democrática e a garantia de participação à todos os membros da comunidade escolar está assegurada em lei e nos conclama a responsabilidade e envolvimento. Cada vez mais o processo decisório está descentralizado, solicitando a participação e o comprometimento da comunidade.
Porém o que se percebe é a falta de consciência sobre a importância da participação. Muitos não se envolvem no processo e ainda criticam as decisões tomadas. A participação democrática ainda é um desafio, precisamos educar a comunidade para essa vivência, começando por nossos alunos.
gestao democrática, compromisso
Falar em Gestão democrática, todos nós conseguimos. E temos a clareza da garantia do princípio democrático assegurado em leis. Mas também sabemos que efetivamente na prática, no cotidiano escolar as ações se desenvolvem um pouco diferente. Tornar uma gestão escolar democrática não é simples, são vários os determinantes para que realmente ocorra. Muitos determinantes estão além de nossas condições reais de escola, o que contribui para que não ocorra. Não podemos esquecer também que a gestão democrática deve ser construída por todos , não somente pela Direção, equipe Pedagógica. Essa construção se dá a cada instante no cotidiano escolar. Se cada um dos profissionais se dispuserem e se comprometerem com a questão, não tem como se negar a garantia do processo democrático. O que não se pode conceber que só depende do Diretor. E o nosso papel? Somos responsáveis também por ter ou não ter uma gestão democrática.
Gestão Democrática
Quando nos reportamos à gestão democrática, temos consciência de que ela está fundamentada em leis, as quais determinam a forma das relações que pautam pela participação, coletividade e comprometimento de todos. Porém, sabe-se que são muitos os determinantes que influenciam nas tomadas de decisões, para que o espírito democrático realmente se concretize.
A gestão democrática é uma forma de administrar uma instituição escolar de forma a proporcionar a participação, a coletividade de todos os segmentos que a ela compõe. Segundo Vieira, 2008 representa um importante desafio na operacionalização nas políticas de educação e no cotidiano da escola.
As ações marcadas pelos aspectos democráticos são pautadas pelo diálogo, pela conversa sobre as atitudes, ações, decisões e necessidades as quais fazem parte da rotina escolar, no sentido de compartilhamento de tudo que engloba e afeta a instituição, corroborando para o sentimento de pertença e de inclusão de todos que a este ambiente estão vinculados.
Frente a isto, cabe-nos primar sempre pela permanência e continuidade das relações e de um ambiente democrático, onde prevaleça à abertura a novas ideias, contribuindo de modo efetivo para a gestão sempre com maior qualidade.
VIEIRA, Sofia Lerche,Educação Básica: Política e Gestão da escola. Fortaleza, Coleção
Formar.
Gestão Democrática
Eu acredito na escola e no papel que toda Comunidade Escolar tem na melhoria do desempenho. O Gestor tem que ter o olhar para todos, sem distinção; confiar em sua equipe, saber delegar funções, demonstrar preocupação com os resultados, conversar, fazer a gestão pensando em sua Comunidade Escolar, reconhecer a importância de cada funcionário da escola e ouvir os seus colegas de trabalho para se poder ter uma gestão democrática.
Gestão democrática
A questão democrático garante a participação de todos os participantes da comunidade escolar. Na gestão democrática deve haver compreensão da administração escolar para o bem dos fins da educação, assim como a compreensão e aceitação do princípio de que a educação é um processo de emancipação humana, e sendo realizado desta maneira a educação como um todo tende sempre a crescer e a melhorar.
Gestão Democrática
De acordo com o caderno V e o artigo a fundamentação da gestão está na constituição de um espaço democrático, que deve promover condições de igualdade, garantir estrutura material para um serviço de qualidade, criar um ambiente de trabalho coletivo que gere a superação de um sistema educacional seletivo e que exclui o aluno ou o próprio professor, e ao mesmo tempo em que possibilite a inter-relação desse sistema com a organização da sociedade e com as teorias do conhecimento. Todo este estudo tem como propósito fazer considerações próximas do processo de democratização da gestão escolar, buscando verificar, em que medida os meios de participação, concorrem para a democratização da gestão escolar, para sua autonomia e, principalmente, para a melhoria da qualidade do ensino. Tendo em vista que a gestão democrática é condição básica para garantir o acesso igualitário às informações a todos os departamentos da comunidade escolar e a aceitação da diversidade de opiniões e interesses.
gestão democrática
A gestão democrática é um assunto bastante discutido nos últimos anos, porém de nada adianta saber sobre o assunto exaustivamente se não for colocado em prática. Para mim é precisamos sair da teoria e partir para a prática. Como vimos no artigo é um conjunto que define se a gestão é ou não democrática, ou seja, tudo depende se toda a comunidade escolar participa ou não da gestão.
Gestão Democrática
Acreditando na gestão democrática como condição de construção coletiva de qualidade da educação e que deve estar baseada e fundamentada em leis. Devemos ter consciência que deve ser uma construção coletiva embora isto nem sempre acontecesse na realidade. A construção pressupõe uma forma de gestão preocupada com a participação de todos os membros da comunidade escolar , professores, equipe pedagógica, funcionários e direção. Atualmente não se concebe uma escola sem o mínimo de abertura ao diálogo com aqueles que, direta ou indiretamente, contribuem para a consecução do ensino e promoção da aprendizagem. A escola, como instituição social, deve ser administrada a partir de suas especificidades, responsabilidades na formação humana por meio das praticas pedagógicas.
Gestão Democrática
Está prescrita na Constituição Federal (1988) e regulamentada pela LDB (1996) a gestão democrática como um dos princípios fundamentais da educação, ao lado de outros como a igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade e valorização dos profissionais.Uma gestão democrática como exposto no vídeo produzido pela SEED e comentado por Juara exige a participação e o envolvimento de professores, alunos, diretor, funcionários, equipe pedagógica, pais e comunidade na busca pela qualidade do ensino. Ainda comenta que tem como pontos essenciais o espaço para socialização das informações, a valorização dos profissionais cada um no seu segmento, o aprender a ouvir sem julgar, exercitando assim a pedagogia do diálogo, do respeito às diferenças e liberdade de expressão e também que as decisões no coletivo sejam cumpridas.Buscando exercitá-los no nosso dia a dia caminha-se rumo a uma gestão democrática, a qual é uma construção de todo o coletivo. Mas isso exige envolvimento de todos, dedicação de tempo e trabalho para além da sala de aula.
Gestão Democrática e participação de todos
A gestão democrática e participativa no âmbito escolar constitui se numa prática que deve priorizar o desenvolvimento de todos os agentes envolvidos no processo pedagógico. A educação deve ser envolvida como fator essencial para a realização da cidadania visando a transformação da realidade social.Para Libâneo(2002, pág, 87) a participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomadas de decisões e no funcionamento da organização escolar.O gestor deve nortear o trabalho com transparência e segurança, viabilizando melhor conhecimento das atividades realizadas, participação da comunidade escolar e a aproximação entre professores, alunos, pais e sociedade todos engajados na mesma meta e nos mesmos objetivos visando colher o fruto do empenho de todos envolvidos no processo e com maior ênfase daqueles que tem participação direta na escola.
Gestão Democrática
Uma Gestão Democrática inicia-se “no conhecimento da realidade existente em cada escola, a participação nas decisões são de toda a comunidade escolar, reconhecendo as dificuldades, mas com perspectiva e metas para avanço”. O processo de democratização consiste em socializar, oportunizar todos os seguimentos e instâncias a participar de tomadas de decisão, discutir no coletivo, até que se chegue a um consenso. A de se considerar que quando as decisões são coletivas, um posicionamento das pessoas leva a um comprometimento de uma meta a ser alcançada. Nas colocações da Profª Joara R. A. de Almeida Ferreira no vídeo sobre Gestão Democrática da SEED, fala do papel fundamental do Gestor democrático de mobilizar, articular, socializar as informações de forma clara, objetiva e agir de forma efetiva do que foi decidido no coletivo. Conforme a “Constituição Federal (1988) prescreveu e a LDB (1996) regulamentou a gestão democrática como um dos princípios fundamentais da educação”. No entanto, sabemos que efetivar a gestão democrática, não é simples, pois requer muito empenho dos envolvidos por se tratar de um processo de construção social.
Gestão Democrática
O Projeto político Pedagógico é o documento, segundo Libâneo, 2004, que detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo a ser desenvolvido na escola, expressando a síntese das exigências sociais e legais do sistema de ensino e os propósitos e expectativas da comunidade escolar.
Por ser um documento de expressão coletiva, o desta escola está em processo de revisão e reconstrução de seus pressupostos teóricos - metodológicos, uma vez que ele não é estático e deve acompanhar as alterações ocorridas pelo movimento postulado pela sociedade e comunidade a qual representa.