CEJA – BRAGANEY – PR - AVALIAÇÃO NO ENSINO MÉDIO – TEMÁTICA VI.
CEJA – BRAGANEY – PR - AVALIAÇÃO NO ENSINO MÉDIO – TEMÁTICA VI.
Orientadora de Estudos: Salete Cristina Helker Senn
AVALIAÇÃO: ASPECTOS HISTÓRICOS
Muito já se ouviu e se diz que a escola é o reflexo da realidade que a circunda. Se a sociedade não tem objetivos para a época pela qual passa, a escola também não os terá. Se a sociedade não delimita seus problemas, a escola também não os levantará. É fato que a escola sempre refletiu o social, e é dentro de cada crise da sociedade que emergem novas formas de viver, de trabalhar e de pensar.
De acordo com Nagel (1986), a primeira exigência da escola para encontrar o caminho certo, a pedagogia certa para os homens, seria analisar profundamente a sociedade. Qualquer discurso sobre avaliação, perde sentido se não se tocar no conteúdo da avaliação. Pois a avaliação é uma técnica, um recurso que, segundo a autora, as sociedades se utilizam para perceber a dimensão de onde estão e para onde querem ir.
A autora ainda questiona como pode haver seriedade em avaliações, que partem do desconhecimento de como a sociedade e a escola se comportam frente aos problemas do próprio homem. Como pode haver seriedade nas avaliações se não são reconhecidos, pelos avaliadores, os erros contra os homens, cometidos de forma contínua e sistemática.
Aí cabe refletir sobre como tratar de um problema como a recuperação de estudos, que ocorre no interior da escola, sem rever os conceitos que a autora nos propõe.
A afirmação de que a visão de sociedade, de trabalho, de homem, esteja certa, errada, falsa ou verdadeira, é que faz com que a avaliação tome diferentes significados e formas. Porém, a avaliação tem uma explicação muito mais profunda, do que parece. Conforme a idéia de homem, sociedade e trabalho, diferentes caminhos se abriram e se abrem para as avaliações.
A sociedade atual não sabe conceituar o homem. O discurso que todos os homens são iguais perdia e perde diariamente o sentido. Muitas justificativas foram e estão sendo dadas para a contradição entre a riqueza social e a miséria acumulada. A pedagogia também se dispôs a justificar as diferenças, testes de inteligência, demonstrações matemáticas, demonstração de estatísticas de lesões cerebrais, pobreza e frágeis explicações para o insucesso escolar.
E é dentro da situação dessa sociedade, da ausência de respostas para as contradições, Nagel (1986), comenta que a perplexidade na avaliação aparece no universo escolar a vão se acumulando nos caminhos institucionais. Nesse contexto a escola se insere, com o drama de ter que escolher propósitos, currículos, conteúdos e avaliações adequadas.
Todas as tendências, denominadas tradicional, nova, tecnicista, histórico-crítica, pertencem à época contemporânea. E segundo Nagel (1986), na contemporaneidade, o problema social da desigualdade é muito grande. A escola tradicional já foi uma escola que refletiu a vida social, chamada de liberal. Mas não se questionava o conteúdo ministrado nem os métodos empregados, tampouco, a análise que essa escola fazia da sociedade que precisava mudar. O tempo passou, o mundo financeiro complicou-se, adveio a insatisfação com a sociedade e com os procedimentos da escola. Surge então à escola nova, mudou o método, objetivos e perspectivas. Desviou a direção do processo, abandonou os conhecimentos gerais, enciclopédico, pois já se tinha visto que não resolvia qualquer problema humano. Cada um deveria pensar mais sobre a dificuldade que está à sua frente. E foi nesse período que o Brasil viveu o milagre econômico. No entanto, a distribuição de renda não aconteceu, ao contrário, a desigualdade aumentou. A evasão e a reprovação alarmavam educadores e, vieram novas idéias face à crise social.
Conforme Vasconcellos (2006), no que tange a avaliação da aprendizagem, entende-se que o que precisamos hoje não é tanto uma relação de idéias sobre a realidade, mas, sim, uma nova relação com as idéias e com a realidade. As idéias, quando assumidas por um coletivo organizado, tornam-se força material. A mudança de mentalidade se dá pela mudança de prática. Se o discurso resolvesse, não teríamos mais problemas com a avaliação e os desdobramentos da recuperação paralela, pois os professores sabem e falam a todo o momento que avaliação é um processo contínuo que visa um diagnóstico, que o mais importante não é a nota e sim o conhecimento e por aí em diante.
Os estudos de recuperação padecem de uma ambigüidade, são apontados como a grande saída para ajudar os alunos com dificuldades, mas frequentemente não passam de uma proposta que não sai do papel, em função das condições objetivas do trabalho dos professores. A partir daí alguns problemas se apresentam a recuperação da nota e não da aprendizagem, a recuperação da aprendizagem, mas não da nota. Nem uma coisa, nem outra. A questão é: a recuperação recupera o que?
Hoffmann (2001), parte da idéia que a avaliação é inerente ao processo, tanto quanto a recuperação de estudos. Entende que mediação é a aproximação, diálogo, acompanhamento do jeito de ser e aprender de cada educando, dando-lhe a mão com rigor e afeto, para ajudá-lo a prosseguir, tendo opção de rumos na trajetória do conhecimento.
Afirma, ainda, que quando utilizamos uma prática pedagógica voltada para a aprendizagem, concebendo a mediação como ponto chave para a participação do aluno, é possível olhar cada aluno em seu próprio tempo e jeito de aprender.
Diante dessa concepção de avaliação e recuperação de estudos, torna-se necessário que a teoria e a prática na sala de aula caminhem juntas, integrando-se, permitindo avanços tanto no procedimento metodológico da escola, como na concretização da educação como prática social transformadora, que passa necessariamente pela avaliação, instrumento capaz de apontar caminhos para ação docente, construção de currículos e implementação dos Projetos Políticos Pedagógicos.
AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS NA LEGISLAÇÃO ATUAL.
Como se refere o próprio enunciado percebe-se que a tarefa de colocar em prática, metas e parâmetros de organização do processo de avaliação da aprendizagem e recuperação de estudos, a serem seguidos pela totalidade, implica compreender como esse tema se constitui na legalidade. Este momento de pesquisa abrange a LDBEN 9394/96, Deliberação 007/99 da SEED/PR, Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar do Colégio Estadual José de Alencar/ Braganey/PR.
No que tange às especificações da avaliação da aprendizagem e recuperação de estudos a LDBEN (9394/96), no art. 12, inciso V, diz que os estabelecimentos de ensino têm a incumbência de prover os meios para recuperação dos alunos com menor rendimento. E no art. 13, incisos III e IV, é explicitada a incumbência para o corpo docente em zelar pela aprendizagem dos educandos e estabelecer estratégias para a recuperação dos alunos com rendimento menor.
Na Deliberação 007/99 da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, que dispões sobre as Normas gerais para a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção dos alunos, do sistema estadual de ensino, a nível fundamental e médio, concebe a avaliação, da seguinte forma:
Art.1º - A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
Nos parágrafos, 1º, 2º e 3º, é explicitado que a avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor a tomada de decisões referentes ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, bem como proporcionar dados que permitam ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino. Também deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do estabelecimento e do sistema de ensino como um todo.
No artigo 2º, é esclarecido que os critérios de avaliação são de responsabilidade das escolas e que devem constar em seus regimentos escolares, obedecendo à legislação vigente, mas que deverão ser elaborados em consonância com a organização curricular da escola.
No artigo 3º, é colocado que a avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem, por isso deverá utilizar-se de instrumentos e técnicas diversificadas, sendo vedada à avaliação onde os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição.
Também do artigo 4º ao 9º estão dispostos demais exigências, como a utilização de procedimentos que assegurem a comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si. Deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e multidisciplinariedade dos conteúdos, sendo a atividade crítica, capacidade de síntese e elaboração pessoal, os aspectos relevantes sobre a memorização. Deverá ser contínua, permanente e cumulativa, obedecendo a ordenação e a seqüência do ensino e da aprendizagem, bem como, a orientação do currículo. Ainda deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar, assim os resultados obtidos durante o período letivo, preponderarão sobre os da prova final, caso conste em regimento. A avaliação em Educação Física e Arte, deverá adotar procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural dos alunos. O registro das avaliações deverá ser feito em documentos próprios, com vistas a garantia de regularidade e autenticidade da vida escolar do aluno.
Porém, no Artigo 7º fica evidente a responsabilidade da escola, principalmente da equipe de pedagogos e professores, em relação ao aproveitamento do aluno, se é que se pode dizer, sobre a promoção deste, de qualquer modo:
Art. 7º - Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar o acompanhamento do processo de avaliação da série, ciclo, grau ou período, devendo debater e analisar todos os dados intervenientes na aprendizagem.
Este órgão indicado, a que se refere o artigo, diz respeito ao Conselho de Classe, e nos parágrafos 1º, 2º e 3º é explicitado que há obrigatoriedade da composição pelos docentes, equipe pedagógica e direção, sendo recomendável a participação de um representante dos alunos. Deverão ser asseguradas nas decisões a individualidade do aluno e seu domínio de conteúdos necessários.
No capítulo II, da Deliberação 007/99, está posto sobre a recuperação de estudos e aqui fica mais evidente ainda, a ênfase na promoção do aluno e a responsabilidade da escola, no sentido exposto acima.
No Artigo 10, está posto que o aluno, cujo aproveitamento escolar for insuficiente, este poderá obter a aprovação mediante a recuperação de estudos, a qual deverá ser obrigatoriamente proporcionada pelo estabelecimento de ensino. Chamando a atenção no seu parágrafo único, que a proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.
A Deliberação 007/99, ainda explicita em seu artigo 11, parágrafos 1 e 2, que a recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. Assim, o processo de recuperação deverá ser descrito no regimento escolar e deverão receber das mantenedoras as condições necessárias para sua execução.
Esse é um dos artigos, com seus respectivos parágrafos, que pouco é esclarecido e divulgado nas escolas, logo, muitos diretores, pedagogos e professores, não tomam conhecimento sobre as condições necessárias que deverão ser financiadas ou mantidas pela SEED. Por isso, muitos Projetos Políticos Pedagógicos e Regimentos Escolares, trazem em seu texto o chavão de Recuperação Paralela, sem efetivá-la, e consequentemente, não desenvolvem um projeto de recuperação de estudos, coerente com as reais necessidades dos educandos, por ausência de conhecimentos e esclarecimentos maiores pelos órgãos competentes. Assim, índices de reprovação e evasão, pouco se alteram, ou quando isso ocorre, presencia-se o esvaziamento de conteúdos.
Do artigo 12 aos 14, estão expostos a questão tempo da recuperação de estudos, dando ênfase que esta deverá ocorrer preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as condições pedagógicas expostas no artigo 1º. Além disso, deverá constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, se adequando às dificuldades dos alunos. Também é esclarecido que a recuperação pode ocorrer após o encerramento do ano letivo, outro aspecto ignorado pela totalidade dos educadores da escola campo, e esta recuperação destina-se a corrigir as deficiências que ainda persistam, apesar dos estudos de recuperação realizados durante o período letivo, e esta previsão deverá constar em calendário do estabelecimento. Outro fator de extrema relevância, necessário às escolas, porém não evidenciado nos estudos e discussões, pois a ênfase tem sido dada somente na recuperação paralela.
Entretanto, a recuperação de que trata o artigo 14, após o término do período letivo, destina-se aos alunos com freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e com resultados abaixo dos parâmetros estabelecidos pela escola.
O artigo 16 expõe que os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar. Sendo que a proporcionalidade ou a integração entre os resultados da avaliação e da recuperação deverá ser estabelecida no Regimento Escolar.
Observada a legislação, cabe nesse momento, a análise do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar, mas como pedagoga do Colégio Estadual José de Alencar, esclarece-se que as orientações recebidas e estudos realizados para a construção desses documentos da Escola campo, não contemplam a legislação em sua totalidade, principalmente no que diz respeito à Deliberação 007/99, mais especificamente nos artigos 14, 15 e 16. Isto porque, a comunidade escolar, não conhece tais determinações, sejam por falta de leituras, estudos, enfim são artigos desconhecidos; e quando prevista as construções dos referidos documentos, o enfoque e orientações, dirigiram-se para a recuperação de estudos de forma paralela.
Assim sendo, a avaliação da aprendizagem no regimento escolar, é colocada como:
Art. 56” - A sistemática da Avaliação do desempenho do aluno e de seu Rendimento Escolar será contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com o currículo e objetivos propostos pelo Estabelecimento de Ensino e os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0 (zero a dez vírgula zero).
Art. 57 - A nota é bimestral e resultante da somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições.
Parágrafo Único - Os instrumentos de avaliação, por bimestre, constituem em no mínimo: 1(uma) prova, valor 5,0(cinco vírgula zero); 1(uma) produção individual (oral e/ou escrita), valor 1,5(um vírgula cinco); 1(uma) produção em grupo (oral e/ou escrita), valor 1,5(um vírgula cinco); e 1 (uma) consulta bibliografia e/ou extra classe, valor (dois vírgula zero). “Cabe ao professor aplicar todos esses instrumentos de avaliação em cada bimestre e terá autonomia de aplicar um ou mais de cada instrumento, conforme a sua disciplina e carga horária.
E a recuperação de estudos:
Art. 60 - Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada Recuperação de Estudos, ao longo da série ou período letivo.
Art. 61 - A Recuperação Paralela será planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
Parágrafo Único – A Carga Horária da Recuperação Paralela não será inserida no cômputo das 800 (oitocentas) horas anuais.
Art. 62 - Na Recuperação Paralela o professor considera a aprendizagem do aluno no decorrer do processo e, para aferição, entre a nota da Avaliação e a da Recuperação, prevalecerá sempre a maior.
Art. 63 - A Recuperação Paralela poderá assumir várias formas, como, por exemplo, através do atendimento individualizado aos alunos que apresentam dificuldades, bem como, com atividades extra-classe e trabalhos, que servirão de reforço para os conteúdos que apresentam defasagem. “Poderá, também, utilizar-se de provas”.
No Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual José de Alencar o Sistema de Avaliação é descrito considerando o disposto no artigo 24, alínea “a” capítulo II da LDBEN 9394/96, “a avaliação deve ser contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”, o CEJA reconhece-a como elemento indispensável para a qualidade do trabalho pedagógico, principalmente no processo de ensino-aprendizagem; e concebe a avaliação como sendo uma dinâmica de ação-reflexão-ação subsidiando o ato pedagógico, dando indicadores tanto para os alunos como para os professores na superação das dificuldades inerentes ao processo.
A avaliação está a serviço da aprendizagem efetiva dos conteúdos sócio-culturais essenciais na construção da cidadania.
Concebendo a avaliação como diagnóstica, contínua e cumulativa, o acompanhamento e a observação na realização de todas as atividades são fundamentais.
No calendário escolar estão previstos alguns momentos de reflexões a fim de sistematizar e oficializar o ato avaliativo (Conselho de Classe). Porém, sempre que necessário, se reúne extraordinariamente.
O Conselho de Classe é uma instância colegiada que se preocupa com os processos avaliativos capazes de reconfigurar o conhecimento, as relações pedagógicas e alterar a própria organização do trabalho pedagógico. Atualmente é composto por professores de cada série/turma, equipe pedagógica e gradativamente pelos pais e alunos.
A recuperação de estudos exposta no Projeto Político Pedagógico, se aplica aos alunos que por motivos diversos não se apropriaram dos conteúdos ministrados pelo professor, sendo: matrícula tardia, ausência das aulas por doença ou por causas justificáveis e pelas características individuais (defasagem, dificuldades) não assimilou o conhecimento; ou ainda pela ausência do professor (reposição de conteúdos).
Considerando a filosofia da escola que é garantir a apropriação dos conteúdos ao aluno como meio de instrumentalizá-lo no exercício da cidadania, é necessário esgotar todos os recursos possíveis para que ocorra a aprendizagem. O intuito é a assimilação do conhecimento e não dar trabalhos ou atividades simplesmente para aumentar a nota.
Aos alunos sempre é reforçada a idéia de que a nota é conseqüência de seu desempenho. Deste modo, é preciso estar atento a como está se dando o desempenho em sala no processo ensino-aprendizagem.
Para tanto, a escola realiza a recuperação de estudos de forma paralela ao ensino. Assim revê metodologias, estratégias, recursos utilizados, proporcionando ao aluno outra maneira de vivenciar e internalizar o conteúdo, que posteriormente é novamente cobrado utilizando os instrumentos avaliativos definidos. Cabe a cada professor desenvolver a recuperação de estudos através de meios que levem o aluno a perceber o real objetivo da recuperação dentro de uma dinâmica de flexibilidade respeitando o disposto legal.
Aos alunos de matrícula tardia são apresentados os conteúdos já trabalhados de cada disciplina, o qual deve ter posto em dia todas as anotações e quando necessário procurar o professor em horário da hora atividade para explicações e dúvidas. O professor está sempre à disposição.
É garantido ao aluno a reposição de conteúdos quando o professor falta, através de plano de reposição junto à coordenação pedagógica. O aluno não é prejudicado.
A recuperação de estudos é registrada no livro de chamada do professor, a qual se necessário permanece com os instrumentos avaliativos arquivados para eventual necessidade.
Diminuir a distância entre o que a LDB estabelece e a prática avaliativa vigente na maioria das escolas, não se efetivará em decorrência de leis, decretos, resoluções, regimentos escolares, mas a partir do compromisso dos educadores com a realidade social que enfrentamos. Questionar os procedimentos avaliativos seletivos e excludentes de nossas escolas é uma das etapas desse compromisso.
A LDB sugere a preferência aos estudos de recuperação paralelos ao ano letivo, diante disso Hoffmann (2005), observa que o qualitativo e o preventivo não sobrevivem dissociados. De fato a recuperação paralela das dificuldades dos alunos ao longo do ano só irá se efetivar a partir do conhecimento pelo professor de suas dificuldades específicas e individuais.. a análise qualitativa, dos testes, provas, tarefas, é que fornecerão ao professor subsídios para um re-planejamento e, ao aluno orientações de reforço e complementação. De tal forma que estaremos teoricamente equivalentes se compreendidas em sua finalidade essencial.
O que se espera nesse momento, mais que um discurso ordenado e capaz de explicitar a realidade vivida, é decisão e ação como manifestações concretas. Correm-se riscos, pois se vive no cotidiano de exercícios de poder realizados de “pequenos nadas e decisões miúdas” (RODRIGUES, 1987, p 13), diferenças entre o desejado e possível, há a oposição de adversários na tentativa freqüente de impedir viabilizações; há descrença dos conformados para os quais nada significa esperança; há a desconfiança dos velhos aliados, com sentimentos de imobilismo.
Porém, de antemão, cabe ressaltar, a crença de que nenhum projeto se torna viável se não puder contar na sua efetivação, com a maioria dos que por ele serão atingidos. E o caminho se faz aprendendo a caminhar e, principalmente, aprendendo a caminhar juntos.
REFERENCIAS
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FRIGOTTO, Gaudêncio (org.). Educação e crise no Trabalho. Petrópolis, R.J: Vozes, 1998.
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.
______ Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2005.
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NAGEL, Lízia H. Avaliação, sociedade e escola: fundamentos para reflexão. SEED, 1986.
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VASCONCELLOS, Celso. Avaliação: concepção dialética libertadora do processo de avaliação escolar. : Libertad, 2006.
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O ato de avaliar
Quanto mais estudamos e refletimos sobre a avaliação mais inconformados ficamos. O ato avaliativo enquanto processo de tomada de decisão está claro, mas na hora de efetuar o registro é que a coisa se complica, ficamos amarrados dentro de instrumentos e pesos pré-determinados e não conseguimos ultrapassar em nossas ações diárias. E se não pré-determinamos os instrumentos e pesos, os alunos ficam perdidos e não conseguem acompanhar a construção da nota.Nosso desafio agora, com base na legislação, é buscar novas alternativas, uma delas é a alteração para trimestre, na tentativa de melhorar a qualidade da aprendizagem e aumentar o tempo para avaliar. Estamos cientes de que os instrumentos ainda não são totalmente abrangentes e nem sempre traduzem a real aprendizagem dos alunos, por isso precisamos continuar as discussões, amadurecendo novas ideias e buscando novos caminhos, afinal, o processo de avaliação é isto.
Avaliação
Concebe-se avaliação como um recurso essencial para alcançar a qualidade no trabalho. Devendo ser contínuo e somativo em todos os momentos do trabalho pedagógico, especialmente no processo ensino aprendizagem que envolve um processo de investigação, reflexão e ação com relação ao aluno, considerando a capacidade cognitiva, afetiva, social e cultural, ou seja, avaliar o aluno na sua integridade. Também é importante observar a evolução e não somente se prender aos resultados numéricos. Enquanto educador a avaliação fornece subsídios para uma reflexão do seu trabalho, e pensar em possíveis ações para melhorar a sua prática pedagógica.Constantemente em reuniões pedagógicas, encontros, conselhos se discute avaliação, bem como as dificuldades de desenvolver uma proposta de avaliação democrática. Mas o importante é como dito anteriormente ,estar refletindo e redimensionado nossa prática.
Avaliação
O ato de avaliar é o ato de produzir conhecimentos, onde se pretende desvendar como funciona a realidade e a qualidade da realidade, bem como as causas para se verificar os efeitos da própria realidade.
A avaliação escolar ainda é um dos maiores desafios do processo de ensino, onde se devem considerar os objetivos de ensino e aprendizagem e definir o que se pretende atingir. Ela ainda é percebida por alguns profissionais de maneira quantitativa, mecânica, sendo associada apenas a um resultado final, reduzida a números sem a necessária análise qualitativa e a posterior tomada de decisão quanto aos encaminhamentos e ações referentes às necessidades apontadas.
No entanto, ela deve ser compreendida como processo de ensino e aprendizagem que ocorre de forma contínua, cumulativa e sistemática. Segundo Hoffmann, 1993, a avaliação é uma reflexão transformada em ação... Um processo interativo, através do qual educandos e educadores aprendem sobre si mesmos e sobre a realidade escolar. Assim, ela está presente em todo processo de construção de saberes do aluno. Esta é a concepção que se procura enfocar no trabalho com os alunos, porém nem sempre se consegue realizá-la desta forma.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação, Mito e Desafio: Uma perspectiva
Construtivista. Ed.PortoAlegre:Educaçào e Realidade,1993.
Avaliação
A avaliação educacional, juntamente com os objetivos, conteúdos e estratégias de ensino, forma um conjunto indissociável de instrumentos para a promoção de aprendizagens.Nesse sentido, ela é uma poderosa aliada na busca contínua pela melhoria e aperfeiçoamento dos processos de organização e de gestão tanto para escolas como para secretarias de educação, por se tratar de um processo contínuo de investigação, análise, decisão, ação, reflexão a marca indelével da escola e articulada às políticas educacionais. Especialmente quando constatamos a disseminação das avaliações externas. Para compreender seus desafios, considera-se, inicialmente, que há um Paradoxo docente, pois os professores, avaliadores profissionais, não recebem formação para tal atividade. Destaca-se, atualmente, uma associação entre qualidade do trabalho escolar e resultados de avaliação, notadamente das avaliações externas, o que é problematizado, por um lado, pela própria conceituação de qualidade e seus nexos com a avaliação, então, abordada em sua delimitação conceitual, composição e implicações. Conclui-se com a perspectiva da avaliação, tomando o ensino e a aprendizagem como seus objetos, ser ponto de apoio para uma escolarização de sucesso para todos, com a possibilidade de diálogo entre avaliações externas e internas.
Avaliação
A avaliação educacional, juntamente com os objetivos, conteúdos e estratégias de ensino, forma um conjunto indissociável de instrumentos para a promoção de aprendizagens.Nesse sentido, ela é uma poderosa aliada na busca contínua pela melhoria e aperfeiçoamento dos processos de organização e de gestão tanto para escolas como para secretarias de educação, por se tratar de um processo contínuo de investigação, análise, decisão, ação, reflexão a marca indelével da escola e articulada às políticas educacionais. Especialmente quando constatamos a disseminação das avaliações externas. Para compreender seus desafios, considera-se, inicialmente, que há um Paradoxo docente, pois os professores, avaliadores profissionais, não recebem formação para tal atividade. Destaca-se, atualmente, uma associação entre qualidade do trabalho escolar e resultados de avaliação, notadamente das avaliações externas, o que é problematizado, por um lado, pela própria conceituação de qualidade e seus nexos com a avaliação, então, abordada em sua delimitação conceitual, composição e implicações. Conclui-se com a perspectiva da avaliação, tomando o ensino e a aprendizagem como seus objetos, ser ponto de apoio para uma escolarização de sucesso para todos, com a possibilidade de diálogo entre avaliações externas e internas.
Avaliação
A avaliação no processo de ensino/aprendizagem é um objeto de conhecimento, que seve de investigação do que foi ensinado e o que foi apreendido pelo aluno. “No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica” (DCEs, 2008, p.31). Na nossa escola procuramos estabelecer os critérios de avaliação com discussões no coletivo escolar, estabelecendo pesos e instrumentos o comprometimento dos envolvidos, leva o aluno a compreender como ele será avaliado. O que significa ir mais além de um conteúdo programático, ou seja, visualizar o aluno humano, um ser social, cultural, afetivo e cognitivo. Os resultados servem de indicadores que permite ao aluno constatar seu aprendizado e professores se voltarem para uma reflexão de sua prática ou métodos de ensino. Os professores procuram atender os alunos conforme suas especificidades, com flexibilizações e encaminhamentos posteriores quando avanços forem insignificantes dentro do processo de escolarização. Segundo Sousa:“A avaliação compreende a descrição, a interpretação e o julgamento das ações desenvolvidas, resultando na definição de prioridades a serem implementadas e rumos a serem seguidos, tendo como referências os princípios e as finalidades estabelecidos no Projeto da Escola, ao mesmo tempo em que subsidia a sua própria redefinição (Sousa, 1995, p. 63).”
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Avaliação fruto da aprendizagem
O ato de avaliar, faz com que possamos refletir ainda mais o processo tão discutido, analisado e que muitas vezes deixa vários pontos de interrogação no momento de decidir a vida do por meio de um avanço ou a estabilidade do aluno na mesma série. Quanto mais se estuda o processo avaliativo encontro dificuldades em tomar as decisões, visto que ao avaliar é preciso considerar a sociabilidade, ou seja a capacidade do aluno além da escola.A avaliação tem como objetivo a verificação do rendimento escolar se houve aprendizagem do aluno em relação ao conteúdo ensinado ou não, pode se dizer que ela tem várias funções, permite analisarmos a aprendizagem do aluno e também dá possibilidade de fazer análise do trabalho realizado pelo professor. Dependendo do resultado obtido é possível fazer intervenções visando melhorar os métodos pedagógicos diante do fracasso quando apresentado. Os professores precisam fazer as intervenções fundamentadas nos resultados obtidos e oferecer aos estudantes as inúmeras formas de avaliação. Os bons resultados obtidos na avaliação mostra também o desenvolvimento do bom trabalho realizado pelos professores, pois para democratizar a sociedade é preciso que todos aprendam o necessário para que possam ter condições de conquistar seu lugar na sociedade.
AVALIAÇÃO
Acredito que a escola é de fato o reflexo da sociedade, pois ao analisarmos como era a escola há dez anos vemos que ela "caminhou" muito, não consigo inda definir se estes avanços foram pra melhor ou pra pior, só sei que houve muitas mudanças. Os nossos alunos sem sombras de dúvidas são o reflexo de cada local, de cada comunidade em que vivem e no momento em que veem para a escola refletem o que vivem lá fora. Neste emaranhado estamos nós professores que por vezes não sabemos que rumo tomar, temos que evoluir, mas nem sempre sabemos como; o fato é que estamos aí e necessitamos dar conta de todos os fatores que formam a escola, inclusive da avaliação contínua e diagnóstica, mas será que damos conta de tudo isso? É preciso refletir.
AVALIAÇÃO
Acredito que a escola é de fato o reflexo da sociedade, pois ao analisarmos como era a escola há dez anos vemos que ela "caminhou" muito, não consigo inda definir se estes avanços foram pra melhor ou pra pior, só sei que houve muitas mudanças. Os nossos alunos sem sombras de dúvidas são o reflexo de cada local, de cada comunidade em que vivem e no momento em que veem para a escola refletem o que vivem lá fora. Neste emaranhado estamos nós professores que por vezes não sabemos que rumo tomar, temos que evoluir, mas nem sempre sabemos como; o fato é que estamos aí e necessitamos dar conta de todos os fatores que formam a escola, inclusive da avaliação contínua e diagnóstica, mas será que damos conta de tudo isso? É preciso refletir.
Avaliação
O artigo aborda que os motivos de avaliar estão relacionados com a visão (num determinado momento histórico) que os homens têm de sociedade, de trabalho e do próprio homem. Em função desta visão a avaliação adquire diferentes significados, assim como também diferentes formas de execução.Sendo assim a prática de avaliar é histórica. Professores e alunos se adaptam à época que se vive, carregando práticas de momentos passados. Mas quais conteúdos, métodos e avaliações correspondem ao momento que se vive?Que conteúdos trabalhar? Como avaliar? Que prática adotar? Uma que promova a memorização e repetição de conteúdos, uma que facilite a promoção de alunos, uma que priorize notas. Como atingir a busca pelo conhecimento? Faz se necessário repensar essas práticas e pensar a avaliação como uma atividade vinculada ao processo ensino-aprendizagem, onde as diferentes formas desenvolvidas ao longo deste processo, sirvam para refletir e investigar avanços e qualidade de aprendizagem alcançada pelo aluno.A avaliação deve criar subsídios ao professor, para uma reflexão contínua sobre sua prática pedagógica, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para a aprendizagem individual ou de todo o grupo. Já ao aluno, deve possibilitar a tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades, para a reorganização de seu papel na tarefa de aprender.Desta forma a avaliação auxilia tanto o professor quanto o aluno na busca e na construção de um conhecimento significativo. Busquemos juntos no coletivo da escola caminhos para os desafios a serem enfrentados.
O Ato De Avaliar
Nós avaliamos e somos avaliados constantemente, afinal qualquer escolha do nosso dia a dia como quando escolhemos aonde ir ou o que comer, implica uma avaliação; até mesmo no momento em que começaremos uma amizade, definimos parâmetros e avaliamos a pessoa. Enfim, o ato de avaliar está inserido nas nossas vidas mais do que normalmente julgamos e é importante que saibamos fazê-lo.A avaliação é um instrumento muito importante para o sucesso do trabalho educativo, visto que ela é capaz de possibilitar ao educador o estabelecimento de parâmetros para o desenvolvimento do aluno ao longo do ano letivo. Ela possibilita, também, verificar as potencialidades e as limitações de cada aluno, do plano de ensino e do professor.
AVALIAÇÃO
Muito se tem discutido sobre a avaliação no contexto escolar e busca-se uma verdadeira definição para o seu significado, apesar de ser uma prática do dia-a-dia do professor e alunos em sala de aula, ainda se encontram muitos problemas e discussões para serem repensados. Nem sempre o professor tem definido os objetivos que quer alcançar com seus alunos dificultando a realização dessa prática. A avaliação tem um significado profundo, à medida que dá oportunidades a todos os alunos no processo educativo, é também um momento de reflexão sobre a própria prática docente. O educador deve ter, portanto, um conhecimento mais aprofundado da realidade na qual vai atuar, para que o seu trabalho seja dinâmico, criativo, inovador, colaborando para um sistema de avaliação mais justo, que não exclua o aluno do processo de ensino-aprendizagem, mas o inclua como um ser crítico, ativo e que evolua diante das avaliações.
Avaliação
Em nossa escola acredito que o sistema de avaliação funciona muito bem tendo em vistas outros sistemas no qual eu já trabalhei e trabalho. acredito que quando o aluno tem conhecimento do sistema que é claro nas avaliações, trabalhos em grupo, individual, pré-conselho, conselho e pós-conselho isso fica mais especificado o modelo de gestão escolar. A qualidade da equipe juntamente com o quadro de professores tem colaborado para que seja alcançado o melhor trabalho possível, mais sempre temos que estar repensando o sistema de avaliação, sempre estar refletindo e melhorando no que for possível.
A avaliação
A avaliação da aprendizagem é um processo constante que busca informação sobre o rendimento escolar, não é julgar valores do aluno mas também acerca da prática docente que tem como desempenho do aluno. A avaliação tem um papel importante no aprimoramento da educação dentro de uma escola, ela se faz presente na vida de todos que de uma forma ou de outra queremos ajudar nosso educando para que ocorra a aprendizagem. As concepções de avaliação da aprendizagem estão baseadas em uma determinada visão de educação, que inclui as escolhas metodológicas, a construção da relação professor-aluno e a compreensão acerca dos processos de aprendizagem. O professor que busca envolver o aluno na construção do seu conhecimento preocupa-se com a seleção de conteúdos e de estratégias de ensino que possibilitem que este sujeito possa elaborar e reelaborar as relações entre os saberes. O apoio dos pais é fundamental na vida e desempenho dos filhos. Sendo assim nosso Colégio oferta oportunidade , como Sala de Apoio, Programa Mais Educação, Sala de recurso Multifuncional,Ensino Médio Inovador, Conselho Escolar , Pré – Conselho , Pós –Conselho,a Flexibilização Escolar entre outras oportunidades, existe uma grande preocupação por parte da equipe pedagógica que nos ajuda, orientando e também se preocupam com nosso educando no seu cotidiano.
Avaliação
Em nosso ambiente escolar, o objetivo de todos os professores, equipe e funcionários são sempre voltados ao aluno, pensando em seu desenvolvimento cognitivo e pessoal, ou seja, que o ensino seja de qualidade para que possamos alcançar o principal objetivo da escola que é formar o aluno com conhecimento para a vida social e pessoal. Pensando também que não é somente os professores que são responsável pelo ensino aprendizagem porem, o papel da família na escola se faz necessário para que todos os meios de aprendizagem, caminhem juntos e assim ter bons resultados. A escola proporciona diversas formas de trabalho como sala de apoio, sala de recursos multifuncional, programa Mais Educação, Ensino Médio Inovador, atividades extracurriculares, e assistência constante da equipe para com aos alunos com defasagem de conteúdos e dificuldades de aprendizagem, flexibilização curricular, há uma preocupação constante por parte de todos da escola, e assim a uma aprendizagem de qualidade.
AVALIAR
O ato de avaliar se faz presente em todos os momentos vividos em sala de aula. O dia a dia da sala de aula não se separa da cotidianidade de cada um dos indivíduos que se relacionam.
Fundamentalmente é reconhecer que, hoje, posições rígidas apenas fossilizam o conhecimento que é o fator motor principal da nova sociedade globalizada. O centro de inteligência é aprender, saber pensar, ser crítico e analítico esse deve ser o centro da educação, e é dentro dessa perspectiva que a avaliar o ensino aprendizagem deve ser concebida.
A avaliação só tem sentido se for acompanhada por uma mudança de atitudes, por uma concepção diferente do que ultimamente está sendo, por parte do professor e dos alunos. Isto é, qual a sua função o que é que se lhe deve pedir, como devemos atuar, em suma, quais são os seus reais objetivos.
Avaliação
Esse tema parece exigir muita a nossa compreensão da sociedade que é nossa clientela hoje, pois avaliar não é uma tarefa fácil dado que precisamos de critérios que diagnostiquem a real absorção do aluno do conhecimento desenvolvido na sala de aula. Sabemos que existem dificuldades hoje a ser enfrentadas desde ordem tecnológica quanto da moralidade. Estamos numa sociedade que tem mudado seus valores continuamente, vejo que não é possível avaliar sem considerar o contexto no qual encontra o nosso aluno. Entretanto há muitas pesquisas e trabalhos que nos auxiliam a partir de perspectivas profundas arraigadas no chão de nossas escolas, que nos trazem um conhecimento imprescindível para analisar nossa realidade.
Avaliação
Quanto à avaliação da aprendizagem temos como condição indispensável é que ela se caracterize pelo seu caráter educativo, isto é, que seja um processo de análise do percurso do aluno e do professor no sentido de identificar as dificuldades e potencialidades.
Diversos instrumentos podem ajudar a melhor desenvolver esse percurso, entre eles o PPP, o PPC e o plano de ensino, os quais uma vez elaborados com a ampla participação da comunidade escolar precisam ser revisados e reconstruídos frequentemente, sem abrir mão da coletividade.
Considerando que a avaliação escolar possibilita o retrato daquilo que se ensinou ou pretende ensinar, o docente deve através de diferentes instrumentos possibilitar que o discente demonstre o que aprendeu ou deixou de aprender. Dessa forma, traçando metas e caminhos para se atingir o conhecimento em sua totalidade.
Sendo assim, a avaliação tem um papel fundamental no que se refere à crítica para a transformação da escola incluindo seus currículos e programas tendo em vista a melhoria da qualidade. Em larga escala, os alunos são avaliados através da Saeb ( no Paraná) e da Prova Brasil ( nível federal) e essas avaliações tem ajudado as escolas na medida em que permitem que se elabore um diagnóstico sobre o sistema educacional brasileiro e através deste, torna-se possível implementar políticas públicas educacionais em âmbito municipal, estadual e nacional. Tais políticas educacionais que venham de encontro com as necessidades reais que influenciam no dia a dia da escola.Para isso e necessário que tanto as formas internas de avaliações como as externas tenha um espaço cada vez maior nas discussões de âmbito nacional quanto local .
No contexto escolar, não podemos deixar de mencionar que a avaliação deve ser aquela que se faz de forma processual, gradativa e diagnóstica, sendo um instrumento que auxilia na identificação de possíveis dificuldades, para que estas possam ser trabalhadas e recuperadas, bem como, de potencialidades que venham a ser desenvolvidas e aperfeiçoadas.
A avaliação é de suma importância para discentes e docentes. Através dos seus resultados podemos melhorar nosso trabalho em relação aos conteúdos , metodologias e promover conscientização em relação aos estudantes. Desse modo melhoramos nossa qualidade de ensino, bem como a aprendizagem, pois podemos fazer um parâmetro das possíveis dificuldades de nossos alunos e traçar metas para solucioná-las.Assim; a avaliação é um processo que faz parte do conhecimento, e uma forma de o educador ter um diagnostico da turma e desenvolver novas metodologias para que o educando atinja o objetivo de um conhecimento integral para a formação humana.
Atualmente na escola pública a avaliação se configura em três dimensões: avaliação da aprendizagem, avaliação institucional e avaliação externa. Estes três sistemas de avaliação são interdependentes e contribuem para um diagnóstico dos processos de ensino e aprendizagem. Estas três dimensões colaboram para que a escola possa avaliar a sua prática pedagógico, bem como planejar e implementar ações para a melhoria da qualidade da educação.
Embora aparentemente pareçam ser estas três dimensões independentes uma da outra, na prática, uma influencia diretamente na atuação da outra. Assim, independente da dimensão em que se sustenta a avaliação, ela traz explicitamente a função diagnóstica, formativa e somativa dos processos de ensino e aprendizagem.
Assim, é fundamental que se estabeleçam critérios e objetivos claros no ato de avaliar, articulando dois polos indissociáveis da avaliação: o diagnóstico e a tomada de decisão.
Além disso, conforme aponta LUCKESI (2005, p. 94):
O atual processo de aferir a aprendizagem escolar, sob a forma de verificação, além de não obter as mais significativas consequências para a melhoria do ensino e da aprendizagem, ainda impõe aos educandos consequências negativas, como a de viver sob a égide do medo, pela ameaça de reprovação [...] O momento de aferição do aproveitamento escolar não é ponto definitivo de chegada, mas um momento de parar para observar se a caminhada está ocorrendo com a qualidade que deveria ter. [...] A avaliação, ao contrário, manifesta-se como um ato dinâmico que qualifica e subsidia o reencaminhamento da ação, possibilitando consequências no sentido da construção dos resultados que se deseja.
Diante disso, para que a avaliação adquira um novo sentido, faz-se necessárias ações coletivas dos professores, com intencionalidade de rever a sua prática pedagógica, assim como estabelecer critérios e objetivos bem definidos para a análise da sociedade, da escola e do processo ensino-aprendizagem (CASCAVEL, 2008, p. 48).
A avaliação só tem função social quando está intimamente vinculada a um projeto de vida para os homens. Educasse, ensinasse, para a sociedade que se deseja ver transformada (ou não). Se não existe projeto de vida para os homens obterem o que ainda não foi alcançado, não há necessidade social de avaliação a não ser a de preencher com notas os boletins curriculares individuais (PARANÁ, 1990, p. 29).
Com relação ao ensino médio, as práticas avaliativas desenvolvidas na escola tomam em si os conhecimentos de mundo que o aluno traz para a escola, mas também buscam uma aproximação com os conteúdos científicos. São propostos metodologias variadas nos processos de avaliação, das quais podem ser destacados: seminários, avaliações orais, simulados, provas escritas, sínteses, produções textuais, produções de mídias, dramatizações, etc.
Neste sentido, observa-se que o aluno contemporâneo é muito dinâmico em seu processo de aprendizagem e que a manifestação deste aprendizagem necessita ser bastante dinâmica também. Assim como cada aluno é singular na apropriação dos conhecimentos, ele também o é na manifestação de sua aprendizagem. Ao proporcionar meios diversos para avaliar a aprendizagem, o professor democratiza os processos de ensino e de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
CASCAVEL. Secretaria Municipal de Educação. Currículo para a rede pública municipal de ensino de Cascavel. Volume II: Ensino Fundamental – anos iniciais. Cascavel: Ed. Progressiva, 2008.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 17ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo para a rede pública estadual de educação. Curitiba: SEED, 1990.
PPP do Colégio Estadual Mário Quintana. Secretaria de Estado da Educação. Cascavel: 2012.