Grupo de estudos Colégio Estadual Maria de Lourdes Morozowski
orientadora - Raquel Tavares Barbosa Moreira
Antonio Carlos de Oliveira Junior
Claudia Daniele Santos Batista
Francisco Cordeiro
Nadia Cristina Sermanovicz
Nilson Mariano
Vivian Catharina Gomes Rebello
Rita de Cassia Oliveira do Carmo Alves
Maria Angélica Brauer Mantovani Casagrande
Pelo observado na realidade desta escola grande parte das famílias vem perdendo o poder de transmitir valores essenciais para a boa convivência nos demais grupos sociais que seus filhos venham fazer parte, dentre estes grupos está a própria escola. O que estaria acontecendo? Seria a falta de tempo para a convivência com os filhos? Seriam os próprios valores que não estariam adequados a este tempo histórico? Estas são questões importantes para compreendermos o jovem com o qual lidamos no cotidiano escolar.
Inicialmente há que se fazer um breve recorte sobre quais valores são estes que o segmento de professores tanto reclama não estar contido mais na formação do aluno que chega à escola atual. Deixa-se claro que esta temática renderia estudos científicos de maior amplitude, o que não daremos conta neste momento. Neste sentido, restringiremos a ideia de valores apenas à compreensão do professor desta escola, que os categoriza em hábitos de boa conduta, respeito aos amigos, aos profissionais da escola e às regras gerais de boa convivência, da preservação do patrimônio e do cumprimento dos seus deveres acadêmicos. Aliado a isto também estaria a capacidade de se colocar na situação de ouvinte, estando aberto a mudar de atitudes para superar limitações e compreensões reducionistas e discriminatórias. Sabidamente, tais valores elencados pelo professor estão ainda impregnados da sua própria compreensão e vivência, podendo ser subjetivas, pois pode carregar experiências de outro momento histórico.
No entanto, o conflito persiste e com ele se cria o "jogo de culpados". Os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje. Por um lado muitos pais usam o pouco tempo somente para agradar seus filhos ao invés de colocar também limites ou não participam da vida escolar devido a vários fatores sociais, econômicos e culturais. Por outro lado, o modelo familiar idealizado pela escola, baseado na vivência pessoal de cada professor em outro momento histórico e situação social, não condiz mais com a realidade atual vivida pela maioria dos alunos. Temos esta consciência e não queremos sedimentar a barreira de gerações traçando comparações entre a "nossa geração" e a "geração atual".
Diante desta complexidade este grupo pensou algumas possíveis soluções para superar a culpabilidade e avançar no processo de reconhecimento dos jovens deste tempo histórico de modo a compreender o que eles esperam da escola. Baseado na necessidade de aprofundar esta compreensão o grupo pensou nas seguintes ações:
-Leitura da Carta ao Alunos - esta atividade será aplicada a todas as turmas do Ensino Médio através da leitura coletiva por turma através do equipamento de multimídia.
- Aplicação de um questionário utilizando como ferramenta um aplicativo online cujo objetivo será traçar o perfil social, econômico e cultural, assim como, a sua relação com a tecnologia e as expectativas relacionadas ao Ensino Médio neste Colégio.
- Proposição de resposta a Carta aos Alunos - esta atividade será aplicada por amostragem a um grupo de alunos de todos os que leram a Carta. Análise das respostas do questionário aplicado.
- Atividades de orientação sobre os conceitos de trabalho; o trabalho no sistema capitalista; trabalho formal e informal; as leis que regem o trabalho no nosso país e os direitos do trabalhador; a vocação econômica da nossa cidade; a política de inserção do jovem no Ensino Superior ( ENEM, PROUNI, FIES)
- Ação social com todos os alunos para confecção de RG, CPF, CTPS e elaboração de currículo vitae.
- Proposta de integração com a comunidade através de uma caminhada dos professores aos arredores da escola com o objetivo de conhecer "in loco" as moradias dos alunos e as condições concretas de vida destes jovens.
Tendo esta atividade a possibilidade de ser inserida no Projeto Político Pedagógico da escola. Através desta proposta de atividades esperamos nos aproximar melhor destes jovens pelo conhecimento das suas experiências, necessidades e expectativas para poder estruturar um trabalho pedagógico mais significativo, real e menos conflituoso.
Comments
Uma luz
Acredito que realmente as atividades propostas pelo grupo ajudarão e muito a melhorar esta conflituosa convivência ,hoje, com nossos jovens do E.M. É a partir do conhecimento da realidade e da aproximação destes jovens que abriremos uma porta para melhorar a qualidade das relações,pois estaremos conquistando mais um valor fundamental nesta caminhada: a confiança.
Conquista
Para ter um bom relacionamento com os alunos, os professores e todos os funcionários precisam conhecer mais. Comunicar-se com frequência com pais, alunos e entre os docentes Como isso é possível? Ouvindo mais as necessidades de cada um, conhecer a realidade da região, anseios, seus hábitos e costumes, ou seja, falar a linguagem do jovem. O aluno precisa participar mais nas decisões da comunidade escolar, sendo assim tornar a escola mais atraente.