Pacto do Ensino Médio.
Colégio Estadual Professora “Maria de Lourdes Rodrigues Morozowski”.
Orientadora: Raquel Tavares Barbosa Moreira. Professores: Antonio Carlos de Oliveira Junior, Claudia Daniele Santos Batista, Francisco Cordeiro, Maria Angélica Mantovani Casagrande, Nádia Cristina Sermanovicz, Nilson Mariano. Rita do Carmo e Vivian Catharina Gomes Rebelo.
Reflexão e Ação.
Como foi visto, temos um grave desafio a enfrentar em nossa realidade educacional, quando a metade (50,9%) dos jovens entre 15 e 17 anos não freqüenta o ensino médio e aproximadamente um terço (34,3) ainda, está como repetente ou por ingresso tardio, no ensino fundamental. Utilizando dados da PNAD/IBGE, vimos que a taxa líquida da matrícula para essa população passa de 17,3%, em 1991, para 32,7% em 1999, atingindo 44,2% em 2004 e 50,9% em 2009 (IBGE, 2010). Os indicadores apresentados são muito importantes na medida em que expressam a exclusão de grande número de brasileiros do acesso à educação e a permanência na escola, assim como de outros direitos. A relação entre educação e participação no desenvolvimento social torna inadiável o enfrentamento dos problemas. Diante deste quadro, como chegar à universalização?
De acordo com os textos estudados já estão sendo previstos e estabelecidas ações de articulação entre todas as etapas da educação básica (PENAIC, SISMÉDIO), no entanto isto precisa se efetivar na prática das unidades escolares. Há que se concretizar em ações específicas, pois tomando como exemplo a realidade da nossa escola, grande parte dos alunos entre 15 e 17 anos que estão fora do Ensino Médio ainda estão no Ensino Fundamental configurando uma grande defasagem idade série. A articulação a que nos referimos na prática seria do ponto de vista da gestão local das unidades escolares, de modo que os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e este com o Ensino Médio possam manter uma integração e continuidade pedagógica a fim de corrigir e evitar a distorção etária como ponto de partida para a universalização.
Outro aspecto a ser observado é a questão curricular que estabeleça um parâmetro de igualdade, embora respeitadas as peculiaridades locais. Esta igualdade não deverá ser genérica como nos Parâmetros Curriculares Nacionais, deverá ser mais específica, contemplando conteúdos curriculares das disciplinas da base nacional comum do Ensino Médio. Na medida em que o ENEM se constitui em uma única prova a ser aplicada em todo o país, justifica-se esta necessidade de estabelecer um currículo único. A abordagem metodológica e avaliativa deverá se adequar a realidade cultural local, porém o conteúdo deverá ser garantido a todos os estudantes do Ensino Médio em qualquer região do País.
A oferta de Educação Integral proposta no Plano Nacional de Educação também contribuirá para a universalização, no sentido que garantirá a todos os alunos a possibilidade de obter no contra turno o acesso a profissionalização, que deverá atender a vocação econômica local e as especificidades regionais.
A formação profissional, sobretudo nas áreas das ciências exatas e a fixação do professor na escola em tempo integral são fundamentais para a articulação da base nacional comum com a profissionalização afim de garantir a formação integral do aluno do ensino médio.
Diante disso, são várias as dimensões a serem consideradas para a universalização do Ensino Médio. A articulação entre todas as etapas da educação básica e a universalização do currículo concorrendo assim para garantia da qualidade equidade na aprendizagem; a oferta de educação integral garantindo a formação humana e profissional; a valorização docente. Estas ações consistem no grande para a elaboração das ações específicas que citamos no início do texto e que iniciarão uma possível mudança na identidade do Ensino Médio.
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Ensino Médio Atraente!
Devemos tornar a Escola mais atraente, começando conhecer melhor os alunos, ouvir suas necessidades e desejos.