Juventudes Conectadas: tamujuntoemisturado

Ontem, dia 15 de março de 2012, realizou-se o seminário Juventudes Conectadas falando sobre as práticas e possibilidades juvenis no mundo virtual. Com debatedores de diferentes projetos, mostrou-se as dificuldades enfrentadas para garantir conexão de uma forma geral e os prós e contras de estar conectado em um ambiente vigiado, onde as diferenças entre público e privado são cada vez menores.

Na primeira mesa do seminário estavam Vânia Araújo do Revista e Agência Jovem de Notícias e do Conselho Nacional da Juventude; Carolina Ribeiro jornalista e coordenadora do Intervozes e Ana Lucia Enne professora da Universidade Federal Fluminense do curso de Estudos de Mídia.

Vânia Ribeiro falou da iniciativa do Portal Viração que tem como finalidade a discussão dos jovens sobre diversos assuntos políticos e da falta de política publica que trate de juventude, comunicação e mídia. As falas mais marcantes de Vânia foram “Não há política nacional para mídia e juventude” e “Criar espaços para a juventude refletir sobre as mídias’’ mostrando a importância da internet nos dias de hoje.

Carolina Ribeiro explicou o tema “O Brasil vive a liberdade, a diversidade e a democracia na mídia?” e através dela percebemos que a resposta para essa pergunta ainda é negativa por que o Brasil não acompanha o avanço das tecnologias de comunicação. O exemplo é que a televisão e o rádio são os mais universalizados e 59% da população brasileira nunca acessou a internet. Agravando a situação comunicativa no país, poucos estados têm TV educativa e o Plano Nacional de Banda Larga criado em 2010 só está presente na cidade Goiânia.

Ana Enne trata de internet e sua significação dizendo “Virtual não é o contrário de Real” e comparando a internet com a Baia de Guanabara explicando a realidade através da ação sobre elas. Por que quando pescamos,navegamos de barca na Baia de Guanabara ou criamos um perfil em rede social, postamos nossos interesses, nossa vida, nossos “resmungos” na internet, esses “locais” tornam-se reais a nós. Explica que a Internet não tem poder em si, mas tem potência de poder que é um perigo para a ordem hegemônica.

       A segunda mesa - um conceito muito formal para um encontro tão descontraído - foi formada por Paulo Carrano, coordenador do Observatório Jovem; Áuera Carolina, da Associação Imagem Comunitária; Thamyra Thamara, jornalista de três veículos digitais, como o Voz da Comunidade (o link dos outros dois sites estão no final deste texto) e Cibelle Arcanjo, aluna e programadora de TV Digital de um dos projetos da Bem TV.

      A discussão foram conjugadas as da primeira mesa, configurando-se como um relato de experiências dos presentes. Thamyra mostrou como os projetos de comunicação comunitárias são muito mais informativos do que as mídias tradicionais e que a cada dia ganham mais credibilidade pela população local e por outras pessoas.

    Áurea Carolina ressaltou a importância da exposição virtual e o possível uso investigativo dessas informações. Em Belo Horizonte, o prefeito “sugeriu” que as flash mobs da cidade fossem comunicadas previamente comunicadas à prefeitura.

      Com o exemplo prático da necessidade de investimento em tecnologia no Brasil, Cibele relatou a sua experiência na oficina do Bem Tv. Nesta oficina, foi produzido um curta pensando em uma plataforma de TV Digital, com o uso do middleware Ginga. Com este conhecimento em mãos, Cibele reclama de problemas técnicos e da não abertura de um importante mercado.

   O seminário é uma iniciativa da BemTV, que realiza cursos tendo em vista a apropriação social das tecnologias de informação e comunicação e o do Observatório Jovem, grupo de estudo, pesquisa e extensão sobre o tema da juventude da Universidade Federal Fluminense.



Mais links:

http://faveladarocinha.com/site/

http://thamyrathamara.blogspot.com/



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