Cartografias Cotidianas - Juventude no Território

O que se propõe aos estudantes do Ensino Médio?: 

Tema: Juventude no Território
Área do conhecimento: Linguagem, Códigos e suas Tecnologias; Ciências Humanas e suas Tecnologias e Ciências Naturais, geografia, expressão gráfica, história e memória

Área temática: Juventude e Território
Carga Horária: 4 encontros de 50 minutos
Objetivos:
1) Trabalhar a temática do território, refletindo com os jovens sobre os espaços onde eles vivem, circulam e sobre lugares que eles gostariam de conhecer no território.
2) A atividade propõe a reflexão sobre os trajetos, rotas e apropriações dos espaços coletivos pelos sujeitos, investindo na troca subjetiva entre os participantes e no compartilhamento de práticas que a escola normalmente desconhece da vida dos jovens.
1º momento: Exercício de observação do percurso da casa até a escola.

Apresentar a atividade e seus propósitos. Realizar um exercício de observação do percurso da casa até a escola: um dia antes da atividade, solicitar que cada aluno observe atentamente o percurso que ele/ela executa da casa até a escola. Sugira que ele/a observe, por exemplo, a paisagem construída e a natural, as direrentes zonas de passagem, as áreas construídas, as áreas de comércio, áreas de lazer, marcos históricos, vistas, mirantes, sinalização, engenhos de publicidade, áreas verdes, árvores, as pessoas que normalmente encontra no caminho, placas, estabelecimentos comerciais, avisos, estátuas, igrejas, monumentos, enfim, elementos que sejam relevantes para revelar o caminho percorrido diariamente.

2º momento: Exercício de mapa mental do percurso (50 min.)

(Em sala de aula) Individualmente, cada aluno irá produzir, de forma livre, uma lista de lugares por onde ele passa, sendo essa o mais minuciosa possível, com o objetivo de traçar com palavras, seu caminho de casa até a escola, apontando e aspectos que lembrar desse percurso. O importante aqui é buscar localizar na rotina cotidiana deste trajeto, no lugar de um observador atento ao que é corriqueiro, pontos de identificação que sejam pessoais, subjetivas e também referencias coletivas, ou seja, relevantes para a coletividade. Algumas perguntas norteadoras que podem ajudar nesse exercício de mapeamento:

“Qual é o lugar onde moro? Quais elementos da paisagem me chamar a atenção por uma razão qualquer? O que eu observo ou posso observar? Quais lugares frequento no percurso que faço da casa até a ou da escola/casa? Quais lugares eu frequento mais? Quais eu gostaria de conhecer? Quais eu gostaria de ir mais? Quais lugares eu não gosto de ir? Que meios de transporte eu uso para me locomover?”

3º momento: Unir os mapas individuais, assinalar os espaços de lazer e sociabilidade e os espaços que eles gostariam de conhecer. (50 min.)

Assim que todos os alunos finalizarem os seus mapas, peça que se agrupem em grupos de 4 ou 5 pessoas e peça que discutam os seus mapas individuais nos grupos e que após essa discussão condensem em um só mapa (em uma cartolina ou folha grande de craft) os percursos individuais, utilizando uma cor diferente para cada pessoa.

Importa, neste momento, discutir os espaços que eles conhecem e não conhecem na região. Caso haja pontos de intercessão, que eles sejam observados e assinalados também. Peça que visualizem em conjunto o mapa e discutam sobre a localização de seus colegas e façam um levantamento do que mais chamou a atenção em relação às localizações. Não é necessário se preocupar com a escala real das distâncias e sim buscar incluir os elementos que são importantes para cada um. Solicite que os participantes inclua nesse mapa mais dois parâmetros:

1- Os lugares que o aluno frequenta na vida social, cultural, espaços de lazer.

2- Os lugares que ele não conhece na região, mas gostaria de conhecer.

Pode-se utilizar símbolos para marcar esses lugares no papel.

4º momento: Apresentacão (50 min.) Assim que todos os grupos consolidarem os seus mapas, peça que apresentem o mapa para o restante da turma, destacando os pontos que foram observados pelo grupo. O educador deve mediar as apresentações e estar atento para aspectos como: diiversidade cultural, assuntos de interesse comum, pontos de convergência e divergência nas escolhas, direito ao ir e vir e ao acesso aos bens coletivos, indagar sobre circuitos mais e menos frequentados. O mais importante é fazer com que eles possam reconhecer o espaço onde vivem, compreendendo as questões que interferem na sua vida cotidiana, se percebendo em relação ao território que habitam, circulam e gostariam de conhecer. Além de suscitar, também, a vontade de conhecimento e de trocas.

5º momento: Postagem e relato (50 min.) Fazer um relato das conclusões que cada grupo chegou a partir do mapa, fazer um registro fotográfico e postar na comunidade Juventude e Território, comentando também como foi a experiência de produzir o mapa. O educador poderá reunir todos os mapas e relatos e postar a atividade na Galeria de Experiências.

Sugestões:

1) Caso haja possibilidade na escola, sugerimos que a turma escolha o/os lugar/es que mais desejam conhecer e que se organize uma excursão, com um projeto de estudo de campo e materiais de apoio.

2) Outra atividade que pode se desdobrar da pesquisa cartográfica e dos mapas é a criação de um jogo de tabuleiro ou de cartas sobre as informações recolhidas nos mapas coletivos.

Quais recursos podem ser utilizados para a realização desta atividade? E por que estes recursos?: 

O contúdo do portal poderá ser utilizado para fomento das discussões:

http://www.emdialogo.uff.br/content/juventude-rural-identidade#comment-5021

Outra referência é o trabalho que o coletivo artístico PORO realizou em Brasília, para se pensar o território dessa cidade com intervenções.

http://www.emdialogo.uff.br/content/coletivo-artistico-poro-discute-o-te...

Autor desta proposta: 
Equipe do Portal EMdiálogo