WIKI FINAL - ETAPA II

Colégio Estadual do Campo Carlos Gomes   -     IGUATU/PR
Cursistas: Cleiton Fernandes Santos, Ivete Eliana C. C. Rodrigues, Rosemare Aparecido Alves, Santina Elza Inácio, Sonia Regina Carrasco Oliveira.
Orientadora: Soeli Berton Pantano

WIKI FINAL

Sabemos que a hora-atividade é de fundamental importância para o atendimento aos estudantes, trabalho pedagógico, ou seja, para a melhoria da qualidade da educação. Não podemos esquecer que é um momento para estudo do educador. Diante disso, pergunta-se: Em que momento sobrará tempo para a intensificação de discussões acerca de mudanças? No ensino médio, por exemplo, com uma média de duas aulas por disciplina, computando um número muito grande de alunos com necessidade maior ainda de pesquisas e conhecimentos, as dificuldades tornam-se ainda mais agravante.
Certamente outro empecilho é o espaço físico e as tecnologias, como computadores quase sempre insuficiente para pesquisas que tragam resultados eficiente na sala de aula. Quando não recai no número de professores em disciplinas com apenas um, inviabilizando a troca de experiências.
É evidente também que a grande maioria dos educadores a utilizam de forma responsável enriquecendo suas práticas pedagógicas, contudo ainda não se concretizou um formato ideal para que esta conquista tão importante possa ser compartilhada com todo o corpo docente da escola. 
Quanto à questão de exigir maior capacidade de leitura e interpretação da realidade, acreditamos que estamos lutando para isso já há algum tempo, e às vezes até achamos que conseguimos o nosso objetivo em determinadas aulas e turmas, mas dizer que atingimos cem por cento dos alunos e dos objetivos pretendidos seria querer demais, a verdade é que ainda precisamos batalhar muito para mudar essa realidade, embora saibamos que já obtivemos algum êxito de umas décadas para cá.
Sabedores do papel que ocupamos em nossa sociedade  temos um desafio gigantesco de estarmos antenados constantemente com as mudanças propostas  e saber ouvir as vozes que vem de dentro da sala de aula e transformá-las em ações que melhorem nossas práticas pedagógicas. Essas transformações acarretam em inúmeras mudanças de atitudes que passam primeiramente por nós professores, porém  o fator decisivo sempre passará por aqueles que estão atrás das carteiras de nossas salas de aulas que são os alunos. Somos instigadores, mas os resultados só serão reconhecidos  no futuro.
Ensinar a ler e interpretar deve ser um compromisso de todo educador. Tais conteúdos permitem a integração entre  todas as disciplinas.  Cabendo ao professor desafiar e instigar seus  alunos com problemas contextualizados e atuais, para que os mesmos sintam interesse e se empenhem em encontrar soluções significativas para aquela situação a qual foram desafiados. Ler, interpretar e resolver situações-problemas são saberes necessários para a compreensão da realidade e atuação nos diversos contextos sociais, pois são instrumentos que ampliam a nossa visão e o nosso entendimento sobre o mundo em que vivemos.
É papel da escola preparar o aluno para dar continuidade aos estudos  e oportunizá-lo a ingressar no mercado de trabalho após o término do ensino médio. Portanto é preciso direcioná-lo a uma gama enorme de conhecimentos, os quais lhe fornecerão uma base sólida e completa capacitando-o a interpretar e analisar criticamente a realidade.
As propostas sugeridas pelos cadernos de se trabalhar com a interdisciplinaridade, nos parece ser muito eficaz e tentadora, mas a pergunta que nos fazemos é: Como? Se mal conseguimos nos reunir para outros assuntos pedagógicos? E para que a Interdisciplinaridade aconteça é preciso que trabalhemos juntos, em consonância. E ainda, todos estarão aptos ou preparados para atuarem seguindo a proposta? Conseguiríamos fazer os planejamentos todos juntos?  Todas estas dúvidas nos levam a refletir sobre  a intensidade  que as mudanças na educação acontecem,   e como  profissionais temos que nos adaptar a elas, contudo  teremos que nos reeducarmos, pois somos frutos de um sistema tradicional que nos formou   para se trabalhar  de forma disciplinar. No entanto esse processo de assimilação terá de ser planejado, evitando como em outras situações  que se transformaram  apenas em mais uma de tantas políticas de governo.
O processo de ensino e aprendizagem, através da interdisciplinaridade, deve essencialmente trabalhar com a construção do conhecimento baseado na realidade e sem fragmentação. Para isso o conceito de interdisciplinaridade e os direcionamentos que amparam esta proposta educacional deve evidenciar que o saber continua dividido, mas que o aluno compreende que a ramificação do saber é apenas uma forma facilitada de se estudar a parte de um todo; e que o mesmo vale para as disciplinas, onde cada conteúdo destas faz parte de uma totalidade.
Certamente que a interação entre as áreas facilita a aprendizagem de nossos educandos, o diálogo é parte fundamental em todas as relações humanas e em nossas práticas pedagógicas tem se tornado essencial, pois a troca de experiência enriquece nossas aulas e nos faz sentir mais confiantes.  Contudo ainda existe um abismo grande entre  o ideal  e o  que é praticado em nossas salas de aula. Muito disso se deve ao mecanismo arcaico  que  não favorece essa prática na organização das aulas e também por que não desgrudamos de nossos próprios métodos.
Leitura e problematização são os eixos que deveriam nortear o trabalho e desenvolvimento de todas as disciplinas, ou melhor ainda, de todas as áreas, pois é a partir desses dois elementos que todos os conteúdos deveriam ser desenvolvidos.
Os PCN (Brasil, 2006) argumentam que a leitura deve ser vista como um instrumento de inclusão, de participação efetiva, fomentando o desenvolvimento de leitores autônomos, críticos, proficientes frente à  linguagem e às práticas sociais de produção de sentido.
Diante da referência acima, podemos inferir que a leitura precisa ser uma atividade engajada com o conhecimento e não uma mera recepção passiva, outrossim, uma descoberta que produz sentido, despertando a imaginação, a crítica, não pode ficar apenas como mera decodificadora.  Temos que ter o cuidado, para que o uso da internet, das tecnologias, os textos digitais e hipertextos produzem, cada vez mais, leituras rápidas e pouco reflexivas, visto que muitos estudantes não procuram por materiais que realmente façam significado para seus estudos e cada vez mais apenas procuram por leituras despropositais, ou ouvir música, ou simplesmente bater papo.
Ele precisa transformar essa leitura  em uma atividade ativa ou em resultado de uma problematização sugerida pelo professor, que mobilize conhecimentos linguísticos, interacionais e de mundo, para que ele possa ser um sujeito ativo e responsável pela sua própria aprendizagem. Uma atividade que envolva conhecimentos culturais e ideológicos, interiorização e reflexão, um processo de descobertas e de desafios.  É claro que para que tudo isso aconteça também é necessário que os professores estejam abertos e vivendo neste mesmo mundo e acompanhar o processo para dar suporte aos alunos, planejar, organizar, dar testemunhos vivos, para poder transformar.
O celular já faz parte da vida de nossos educandos, sua utilização na sala de aula deve ser tomada pelo professor em conjunto com os alunos quando e como utilizar o celular como instrumento de estudo em sala de aula. Porque o celular está cada dia que passa mais aprimorado com vários aplicativos que poderão tornar as aulas mais interessantes com maior interesse por parte dos alunos.
Temos que conduzir nossos alunos a autonomia intelectual, quando tornamos o ato de ler uma constante na vida dele, esse é o objetivo da área de Linguagens. As aulas de leitura podem ser entendidas como uma atividade rotineira. Como a prática nas diferentes disciplinas, com as análises de textos científicos ou simplesmente em uma paródia. É necessário que professor e aluno descubram e entendam que a leitura pode ser divertida e enriquecedora; poder ser atrativa e desafiadora; pode ser lazer e confiança, e que está presente ao seu redor no seu cotidiano e com diferentes formas.
Segundo o caderno do Pacto, uma das finalidades da Matemática é a de desenvolver as capacidades de formular e resolver problemas, comunicar, de analisar criticamente uma situação, considerando suas diferentes possibilidades ou restrições.  Diante do exposto temos a seguinte constatação, de que, se focada nisso, ela (a matemática) favorece a formação de cidadãos aptos a realizar as intervenções na realidade a partir da compreensão de problemas e situações da sociedade atual. A começar pela construção histórica, como por exemplo, com as perguntas: Por que ensinar? Como? Para quê? Provocar discussão do papel da matemática, priorizar o conhecimento prévio do aluno, partindo de suas relações sociais e contexto de vida, suas visões de mundo, seus espaços sociais, suas características e desejos, ter conhecimento de suas vivências.
Fazer articulações da história da matemática com a proposta do eixo leitura e problematização, perceber o processo de transformação, fazer levantamento de hipóteses, ter compreensão dos fenômenos naturais, articular com os conteúdos das outras disciplinas (ex: geometria com geografia) e raciocínio lógico, conduzi-los a processos investigativos, formular questões, ler, interpretar, argumentar, dar condições de resolução de problemas, instigar a curiosidade para que ele seja protagonista das suas ações e sistematize em conhecimento, tudo isso mediado pelo professor, para que ele possa transformar ações em conhecimento.
O principal objetivo da matemática é desenvolver o raciocínio lógico dos alunos auxiliando-os a resolver e formular problemas, preparando-os para aplicar tais conhecimentos aprendidos na sala de aula em ocorrências do seu cotidiano. Para fundamentar e tornar mais compreensíveis os conteúdos da matemática é importante fazer articulações com outras disciplinas, desta maneira os alunos percebem a abrangência, importância e a utilidade da matemática, percebendo desde então a aplicabilidade dela na sociedade tornando-os capazes de resolver os desafios aos quais eles serão submetidos.
E a abrangência dessa disciplina é tão complexa que ultrapassa o mundo dos  números e invadindo vários outros campos, desde raciocínios simples até os mais amplos. A Matemática está presente em fórmulas, textos, gráficos sem levar em consideração a mecânica e a engenharia, enfim tudo tornou-se um núcleo em que as inúmeras disciplinas estão presente. O importante é sabermos retirar de cada uma a sua utilidade e cada vez que saímos do teórico e invadimos o prático essa distância diminui e conhecimento torna-se mais interessante. Longe de nós educadores de matemática ou não nos prendermos a meros  contextos soltos, pois estaremos privando nossos alunos de um mundo de interpretações e possibilidades.
Em todas as atividades que realizamos no nosso dia a dia temos sempre um questionamento a fazer relacionado à matemática, realizamos cálculos mentais  o tempo todo relacionados a quantidade necessária de tempo para concretizar determinadas atividades, compras, medidas dentre muitas outras, que não estão relacionados exclusivamente com a forma matemática concreta (matemática com o uso de números, teoremas), mas que temos que aprender para aplicá-lo em nosso cotidiano.
A Matemática quando trabalhada com material concreto realmente dá  mais resultado, a partir dele o aluno desenvolve o raciocínio para seguir nos estudos e tudo mais que precisa de conhecimentos no seu dia a dia.

REFERÊNCIAS
BRASIl. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, Etapa II - Caderno II: Ciências Humanas / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores: Alexandro Dantas Trindade... et al.]. – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2014
______. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, Etapa II - Caderno III : Ciências da Natureza / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores : Daniela Lopes Scarpa... et al.]. – Curitiba : UFPR/Setor de Educação, 2014.
______. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, Etapa II - Caderno IV: Linguagens / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores: Adair Bonini... et al.]. – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2014.
______. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, Etapa II - Caderno V: Matemática / Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica; [autores: Ana Paula Jahn... et al.]. – Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2014. 49p.
_______.Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio: Formação Continuada para os Professores do Ensino Médio do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica. – Curitiba: SEED - Pr., 2014.
______. Orientações Curriculares Nacionais. Brasilia: MEC/SEB, 2006.