Um dos primeiros temas estudados durante a primeira etapa do Pacto foi sobre o levantamento histórico ao longo do tempo tendo como pressuposto os desafios que ainda permanecem no ensino médio dentre os quais destacamos: gestão eficiente, e participativa, professores capacitados, bem remunerados. Além disso um redesenho curricular, onde este dialogue com os anseios e necessidades da juventude.
Associado à todos esses desafios, ser profissionais comprometidos de fato com a qualidade do ensino médio significa aumentar oportunidades educacionais para os jovens brasileiros tornando-os sujeitos de direitos prática pedagógica significativa decorre de uma reflexão sobre o mundo de trabalho, da cultura desse trabalho, das correlações de forças existentes, dos saberes construídos a partir do trabalho e das relações sociais que se estabelecem na produção. O trabalho e o jovem do ensino médio estão interligados pois esse jovem tem seu trabalho, cabe á escola trabalhar esse eixo tendo em vista:
Trabalho como princípio educativo deve buscar a superação de trabalho/capital, aproximação da teoria e prática.
Trabalho como princípio educativo, não se reduz ao "aprender trabalhando" ou trabalhar aprendendo.
Trabalho como princípio educativo no sentido histórico quando considera as diversas formas e significados que o trabalho vem assumindo nas sociedades humanas.
O trabalho e princípio educativo no sentido antológico quando compreendido como mediação entre o homem e a natureza.
A implantação da escola unitária de currículo integrado que tenha por princípio a dialética entre sociedade/trabalho, cultura, ciência e tecnologia.
Universalização ao atendimento escolar para toda a população de 15 à 17 anos.
Universalização para a população de 4 à 17 anos, aos estudantes com deficiência
Os jovens que frequentam o ensino médio hoje são de uma geração de tecnologias, da informação rápida e a escola não está conseguindo acompanhar essa evolução. Exemplo disso é o fracasso e o abandono escolar onde os jovens acabam se evadindo da escola para satisfazer os desejos momentâneos gerando assim o jogo dos culpados: jovens X escola. É preciso inventar espaços de conversação com os jovens estudantes para tentar apreender sobre os sentidos que estes atribuem à escola e para que surjam alternativas que venham promover a qualidade das relações que se estabelecem no cotidiano escolar e, porque não nas relações que se estabelecem com os diversos segmentos da sociedade.
Outra questão tratada foi o Currículo e suas áreas do conhecimento.O currículo nos propõe uma forma de conectar trabalho, ciência e tecnologia. No entanto estamos amarrados a tantas outras coisas que são necessárias dar ênfase durante o período que estamos em sala de aula. Buscamos relacionar todos estes conteúdos na vida prática do aluno para que o mesmo possa se inserir no mercado de trabalho consciente dos avanços científicos e tecnológicos de maneira satisfatória, ou seja, que ele possa ser parte integrante e de suma importância em todo esse processo. A questão mais complicada se passa em torno da questão "o currículo deve ser construído de forma coletiva". Isso não acontece, pois nota-se que muitas vezes recebemos o currículo de forma "engessada", no qual não podemos realizar nenhuma mudança. Desta forma encontramos dificuldades em trabalhar os conteúdos em paralelo com as relações de trabalho, tecnologia e ciência que nos são propostas nas DCNEM. Aqui no Estado do Paraná segue-se a mesma proposta, o currículo foi pensado pelo conjunto de educadores cada qual em sua disciplina.
GESTÃO DEMOCRÁTICA: A escola não deve ser um ambiente de autoritarismo.
O conselho escolar é um órgão que deve fiscalizar tudo o que se refere a questão administrativa e financeira da escola a todos os recursos que a escola recebe, no que vai ser investido, todos os encaminhamentos feitos com este recurso e a execução deste recurso. Tudo deve ser registrado em ata e colocado em um local visível para que se torne público.
Geralmente as decisões tomadas pela escola são repassadas para os órgãos imediatos, onde normalmente você fica informado das situações recorrentes da escola nas reuniões pedagógicas.
A avaliação é vista como o instrumento que serve para verificar o nível de alcance de cada aluno em relação a determinados objetivos previstos nos diversos planejamentos em variados níveis escolares.
Um problema destacado no âmbito escolar sobre a avaliação é seu foco positivista e classificatório, o que torna difícil identificar certos aspectos do conhecimento.
Outro desafio é ainda fazer com que a avaliação seja de fato organizada e que venha auxiliar a aprendizagem.
O PPP de cada escola define seus critérios e instrumentos de avaliação. No entanto,muitas vezes não é colocado em prática tudo o que consta no documento,como por exemplo, a aprovação de alunos por conselho escolar com média anual inferior 6,0 pontos.
São utilizadas várias formas de avaliação: provas escritas, provas orais, trabalhos escritos, seminários, apresentação de trabalhos, cartazes entre outros. Os valores estabelecidos estão de acordo com o PPP, 60% da nota deve ser provas e 40% de trabalhos.
O sistema educacional cobrado das escolas visa quantidade, no intuito de satisfazer os índices de aprovação, reprovação e evasão escolar. Em contrapartida as avaliações nacionais como o ENEM,SAEB e os estaduais como o SAEP, requerem conhecimentos científicos com qualidade, contradizendo as metas exigidas pelo próprio sistema.
Orientadora:Lauri Aparecida vanelli
Profº cursistas: Jorge Rafael Bach
Luzia Salete Rizzo Maschio
Carlos Cezar Camilotto
Daniele Schons
Marcia Lopes de Oliveira
Brasil,Secretaria de Educação Básica.Formação de professores do ensino médio, etapa I