Wiki Final - Cadernos I, II, III, IV, VI, Núcleo Foz do Iguaçu CEEBJA - Professor Orides Balotin Guerra - Foz do Iguaçu

1 - Pacto

De acordo com os apontamentos do grupo, constatamos que houve um aumento desorganizado de vagas na rede escolar. Com isso, priorizou-se a quantidade de alunos não garantindo a qualidade do ensino. Entretanto, surgiu a necessidade de professores  qualificados para atender a demanda. Assim, profissionais de diversas áreas ocuparam cargos docentes. Por outro lado, o aluno não se sente atraído pelo currículo escolar, pois percebe que não há relação entre sua vivência e o conteúdo apresentado na escola. Outro aspecto relevante é que não há uniformidade curricular entre as escolas. Quando um aluno muda de escola, encontra conteúdos diferentes dispostos em outra grade curricular. O perfil dos nossos estudantes é bastante variado e sofre a interferência da  tríplice fronteira. Temos alunos estrangeiros, muambeiros, idosos, donas de casa, com  necessidades especiais diversas, em liberdade assistida etc. Os perfis sociais são  bastante diferentes, bem como os aspectos culturais e econômicos.  A grande maioria dos alunos que chegam a nossa escola trabalha e estuda. Como a  necessidade financeira é mais premente do que a formação escolar, é rotineiro ver alunos desistindo dos estudos para ampliar sua carga horária no emprego e/ou por um segundo  emprego. Na EJA, a desistência é grande por diversos motivos, na maioria das vezes,  financeiro.  Há necessidade de adaptar o currículo à realidade da Tríplice Fronteira (Brasil,  Paraguai e Argentina), considerando as etnias, linguagens e grupos sociais e econômicos.

2 - O Jovem

Construir em conjunto com os próprios jovens um perfil social, cultural e afetivo, é fundamental, assim como conhecer a realidades dos alunos, como vivem, qual o interesse, onde moram, o que gostam, dialogar sobre a diversidade, as condições desiguais da sociedade, os valores familiares, religião, enfim, sobre o contexto histórico em que vivem nossos alunos. Os alunos do CEEBJA são pessoas que não tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino na idade apropriada, são pessoas que tem cultura própria e uma riquíssima vivencia. Considerando o contexto que o CEEBJA se insere, a organização de atividades, as metodologias, as ideologias e as estratégias a serem utilizadas, são tarefas que devem acontecer de forma integrada especificas e diferenciadas de acordo com a organização e modalidade de ensino
Salientamos que a Educação de jovens e adultos é para aquelas pessoas que não concluíram a educação básica na faixa etária correspondente. Devido a isso, para muitos a tecnologia não faz parte do seu cotidiano, muitos nunca acessaram a internet e nem sabem manusear o computador. Um dos principais desafios em trabalhar as tecnologias de informação e comunicação digital com os alunos  jovens e adultos, é superar resistências. Percebe-se que os jovens sentem-se  mais familiarizados e tem um maior domínio sobre a máquina. Já os adultos e idosos utilizam-se das mais diversas desculpas, fazem de tudo para não usá-la, porém, considerando a demanda do mundo contemporâneo, a EJA, não pode desconsiderar a importância da informática no mundo atual. Para conseguir introduzir nossos alunos no mundo conectado temos que aguçar a curiosidade, o prazer de inventar e de explorar as novidades. É fundamental o dialogo aberto com o aluno sobre a cultura a qual estão inseridos, sobre as desigualdades e hierarquias sociais. Os sentidos coletivos, comuns, partilhados e tradicionais, se entrelaçam com os sentidos tecidos por cada individuo (aluno EJA), de forma singular o que nos faz pensar nas inúmeras experiências que jovens adultos e idosos tem a compartilhar no processo de escolarização.
A maioria dos alunos do CEEBJA são adultos e tem responsabilidade familiares. A diversidade é uma das principais marcas dos alunos EJA: diferentes idades, diferentes experiências de vida, diferentes bagagens e culturas. Destes uma grande maioria são mulheres, que ainda sofrem com uma sociedade desigual, e que são responsáveis pelo sustento da família. Há adolescentes e idosos que também buscam esta modalidade de ensino. O CEEBJA em todas as situações oportuniza escolarização apropriada, considerando suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações pedagógicas coletivas e individuais. Uma grande parcela de nossos alunos não tem conhecimento dos seus direitos trabalhistas e muitas vezes são explorados e trabalham desprotegidos.
Carta ao estudante.
Olá jovem e adulto  estudante!  Resolvi escrever esta carta, para dizer o quanto você é importante para minha vida profissional e pessoal. Estamos juntos, num mesmo espaço físico, mais não nos conhecemos, nosso diálogo é distante e isso não é bom, precisamos nos aproximar mais, nos conhecermos melhor. Por isso, estou escrevendo esta carta.  Não conheço quase nada de você e você também deve não me conhecer, então, gostaria que juntos começássemos a ir além do conteúdo de matemática. Eu sei das dificuldades de todos quando voltam à escola, mais é você em particular que me interessa. Eu quero conhecer mais de você, de sua vida, e relatar algumas vivencias minhas. Entender melhor seus desejos, medos e anseios, o que espera de mim enquanto professor. Você pode estar passando por uma dessas fases importante da vida, e eu quero compartilhar com você as minhas experiências, porque eu já passei ou irei passar por isso e juntos somos mais fortes. Venha vamos superar as dificuldades juntos e transformar a nossa escola em um lugar prazeroso e feliz.

3 - O CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO, SEUS SUJEITOS E O DESAFIO

            As relações existentes do que ensinamos e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia e da cultura é a ligação direta com o cidadão da cidade de Foz do Iguaçu, um dos integrantes da tríplice fronteira.
            O ensino tem o objetivo de instrumentalizar o aluno para que compreenda o mundo a sua volta. Portanto o currículo deve estimular o interesse, a curiosidade e o espírito de investigação do aluno desenvolvendo nele a capacidade de resolver problemas. A integração do trabalho e cultura acontece pela convivência com estrangeiros, assim a tecnologia utilizada na metodologia de ensino realiza-se através da utilização de filmes, fotos, mapas. Por sua vez, a ciência e tecnologia dão-se pela pesquisa investigativa, levando em conta o contexto social e as relações de poder permitindo ao aluno aplicar a sua aprendizagem criativamente em uma nova situação. A maior parte  dos conteúdos deve fazer sentido ao aluno, e estar relacionado com as demandas do mundo do trabalho. Isto é, qualquer atividade que seja realizada deve ser relacionada com a prática destacando a sua aplicação em determinada área de trabalho demonstrando assim que, a ciência vem sendo desenvolvida a partir das necessidades da evolução da  humanidade.
            As DCNEM abordam em vários textos a questão da interação do sujeito do Ensino Médio e as relações de trabalho, para isso tem o trabalho como princípio educativo e a pesquisa como princípio pedagógico que envolve quatro dimensões: ciência, cultura, tecnologia e trabalho. O texto ressalta ainda que, não é permitido fragmentar essas dimensões e que é preciso haver interação entre as áreas do saber. Essa é uma das proposições que gera polêmica, pois isso se deve ao fato das DCNEM citarem o trabalho como uma das dimensões DA FORMAÇÃO HUMANA INTEGRAL que compõem a proposta, como se fosse algo que realmente acontecesse no ambiente escolar, na prática esse conteúdo não se concretiza. A maioria das escolas públicas não está equipada ou preparada para a inserção do aluno no mundo do trabalho. Assim, ao se discutir a construção de um Currículo inovador para tal modalidade de ensino, há muitos aspectos que precisam ser revistos para que sejam efetivados. Em relação às DCE para o estado do Paraná, observa-se a ênfase dada para a interação do sujeito com seu contexto, o homem como ser histórico e crítico. No entanto, as DCNEM propõem um debate acerca das áreas do conhecimento, o que demonstra um caráter interdisciplinar. As DCE do Paraná estão mais próximas da realidade dos nossos alunos por apresentarem o currículo separado por disciplinas de base comum e a parte diversificada, os conteúdos organizados dentro de eixos específicos e estruturantes.
            Evidentemente, o ensino propicia uma imensa riqueza no processo criativo, no desenvolvimento da autonomia intelectual e moral dos alunos e ainda tem como papel principal o de construir o conhecimento como um todo.
            A educação deve ser parte formadora do intelecto do aluno, através de cada disciplina e equipe pedagógica enquanto conjunto, assim, o aprendizado será apenas uma consequência dessa união com o mesmo objetivo. Ao professor compete instrumentalizar  seus alunos para que alcance seus objetivos.
            A sociedade atual nos leva a refletir sistematicamente sobre nosso trabalho junto aos alunos da EJA. As mudanças são grandes e alteram nosso olhar sobre nosso dia a dia. Uma aula preparada no período anterior necessita de alterações para o período seguinte: as exigências, o ritmo, o aluno e o professor mudam de forma muito rápida. A diversidade é uma marca da EJA. A EJA é formada por Homens, mulheres, adolescentes e idosos que voltaram a freqüentar escola por diversos motivos: o aluno mais velho que deixou a escola por motivos particulares que vão desde o trabalho, o casamento e até a necessidade de cuidar dos filhos, vem à escola porque têm objetivos a atingir; o aluno jovem, que deixou a escola por motivo de:  reprovação; custódia da justiça; obrigados pela a família. Dessa forma os objetivos são diferenciados, nem todos têm a intenção de ter sucesso no mundo do trabalho, alguns desejam apenas conhecer os conteúdos escolares para ajudar seus filhos nas tarefas.

4 - ÁREAS DE CONHECIMENTOS E INTEGRAÇÁO CURRICULAR
No Estado do Paraná, atualmente a política da merenda, tem levado em conta a cultura alimentar da região. Grande parte da merenda escolar é oriunda da agricultura familiar regional. A escola oferece, portanto ao estudante um alimento saudável e que faz parte, ou fazia culturalmente, de seu cardápio. Atualmente as famílias, pela facilidade apresentadas em relação a alimentação, vem mudando seus hábitos alimentares, consumindo cada vez mais alimentos industrializados, portanto a meu ver é necessário que, pelo menos no ambiente escolar, se resgate a alimentação saudável e que fazem parte da cultura da região. E para citar o filme Ponto de mutação, a individualidade está tão enraizada na sociedade que as vezes não enxergamos solução, mais é necessário que nós professores estejamos cientes e busquemos a partir da escola a mudança necessária. O texto, Cartas a Théo de Vincent Van Gogh , mostra os instrumentos utilizados pelos pintores de diferentes épocas para compor as suas obras. O homem tem desde sua origem, agido na natureza com o intuito de produzir para si os objetos e as condições de que precisa para existir ( os pintores citados no texto, ou talvez outros antes deles, buscaram na natureza objetos para retratar através de pinturas como viam o mundo. E apropriaram-se de determinada tecnologia que produziu trabalhos tão excelentes que talvez a nova tecnologia “Fabber” não produziria). No fragmento do texto (“Mas se alguém inventasse uma boa pena para trabalhar ao ar livre, com tinteiro, o mundo talvez visse mais desenhos à pena.” “Mas é preferível que eu faça isto daqui a um ano e não agora. É o que digo a mim mesmo, pois não quero que a beleza se deva a meu material, e sim a mim mesmo” ) vemos que a tecnologia promove mudanças na constituição do homem, influenciando seu comportamento, sua cultura, suas relações sociais e sua subjetividade. Contextualizando para os dias atuais poderíamos discutir em sala de aula com os alunos o uso do Celular/internet na educação, tendo em vista eles já fazem parte do cotidiano de praticamente todos os alunos. Indagando sobre o seu papel na educação, nas relações sociais e como fator alienador da sociedade. A aprendizagem só acontece por meio da linguagem, pois esta formaliza todo conhecimento produzido nas diferentes disciplinas e trata de explicar a maneira como o universo se organiza. O estudo da linguagem verbal traz a ampliação da modalidade oral, por meio dos processos de produção de textos, de escuta, bem como o desenvolvimento da modalidade escrita, que envolve o processo de elaboração de textos e de leitura. Além desse sentido mais voltado às práticas sociais do uso da linguagem, o estudo da linguagem abrange, também, a reflexão acerca de seu funcionamento, isto é, dos efeitos de sentido que produz e recursos estilísticos. Fazemos parte de um mundo que lê, fala, escreve, escuta e discute o uso desses atos de comunicação. Para entendê-lo melhor, é necessário ampliar competências e habilidades que fazem parte do uso da palavra, isto é, ampliar o discurso nas diversas situações comunicativas, para entender a lógica de como a sociedade é regida, bem como interpretar o seu funcionamento. O trabalho com a oralidade e a escrita dinamiza a explicação, o senso crítico e a contemplação da realidade, pois as palavras são instrumentos essenciais para a compreensão e o admirável. Em várias situações, a necessidade do uso da linguagem se manifesta desde a leitura do nome das placas nas ruas à leitura de textos científicos, poemas, revistas, jornais e romances; da elaboração de um simples bilhete à comunicação e expressão dos próprios pensamentos. Por isso, a importância de um curso da EJA que permita ao aluno uma vasta experiência na elaboração de textos, um curso que discuta o papel da linguagem verbal, tanto no plano da expressão como no conteúdo. É indispensável que o aluno perceba que a língua é um instrumento dinâmico, facilitador, vivo com o qual é possível participar ativamente na construção da mensagem de qualquer texto. As experiências conquistadas por meio da escuta e da leitura de textos, bem como do contínuo exercício de expressar ideias oralmente e por escrito, são grandes fontes de energia que estimulam novas descobertas, elaboração e disseminação do conhecimento. Um texto é, antes de tudo, uma prática social que se dá na interação com o outro. Conscientizar o aluno da EJA sobre esse processo é estabelecer a cumplicidade entre ele e a palavra. Como proposta de atividade semelhante ao documentário, Em busca de Joaquim Venâncio, poderia produzir um documentário sobre a biografia de Orides Balotin Guerra, que nomeia nossa escola. A produção pode ser feita através dos aparelhos celulares que os alunos possuem e outros recursos tecnológicos acessíveis aos alunos. Essa produção envolvera pesquisa quantitativa e qualitativa e análise de fotografias junto á família, colegas de trabalho, e outras pessoas que conviveram com ele. O trabalho objetiva conhecer sua história de vida e sua importância na educação. Em relação a atividade sobre a noticia Ligações clandestinas causam risco de incêndios, é possível a produção de curtas metragens que denunciem o descaso do poder público em relação aos “gatos”, ligações clandestinas de fios de eletricidade, sem licença da concessionária de luz. Para isso é possível usar os recursos tecnológicos disponíveis, na escola e dos próprios alunos: gravando imagens e entrevistas dos moradores das próprias instalações clandestinas, ouvindo as autoridades competentes a respeito do problema. Por fim, como prática social final, a apresentação do documentário para a comunidade escolar.
5 - ORGANIZAÇÃO E GESTÃO  DEMOCRÁTICA DA ESCOLA
No CEEBJA, ouvindo as angústias e necessidades dos alunos, resolvemos preparar apostilas em cada disciplina priorizando o contexto social da fronteira.  Essa proposta não levou em conta a realidade da fronteira, o que deveria ser analisado antes, pelos consultores de elaboração das DCE’s adaptando os conteúdos aos específicos contextos.
Ao debatermos com o grande grupo acerca do levantamento de situações vividas na escola, com relação à gestão democrática, percebemos que não ocorre efetivamente. Segundo relatos de participantes, são poucas as discussões sobre sistematização e a aplicabilidade dos recursos oriundos dos órgãos federais, estaduais e recursos da própria escola. As decisões nem sempre são tomadas no coletivo e sim, separadamente. Os professores e demais funcionários raramente são convocados para sugerir a aplicação dos recursos.
Talvez a razão pela qual isso ocorra seja a falta de cobrança, pois, pode-se observar que não é de costume os funcionários e professores exercerem o dever de cobrar prestações de contas e ou outros aspectos relativos à gestão democrática.
Ao discutirmos com os colegas sobre tal tema, sentimos um “novo olhar”, um despertar de questionamentos. Sendo assim, surgiram algumas possibilidades de propor mudança nesse pensamento e atitudes, tais como solicitar com maior frequência a apresentação da prestação dos recursos recebidos, oportunizando a todos opinarem sobre a aplicabilidade. A participação no processo de compra de material pedagógico é um dos pontos mais fortes nas reclamações, bem como, a discussão e deliberação de outras ações.
Os Conselhos Escolares têm função de aprimorar a gestão democrática como espaço de decisão e deliberação das questões pedagógicas, administrativas, financeiras e políticas da escola. Dessa forma, o Conselho Escolar se torna um aliado na luta pelo fortalecimento da unidade escolar e na democratização das relações de ensino.
Compete ao Conselho Escolar debater e tornar claros suas atribuições, objetivos e valores que devem ser coletivamente assumidos, definindo prioridades e ajudando o cotidiano escolar; suas reuniões devem ser de estudos e reflexões contínuas, que incluam, principalmente, a avaliação do trabalho escolar. Em nossa escola existe o Conselho Escolar, porém, necessita de aprimoramento em algumas situações.
Os alunos são representados por um aluno convidado pela gestora da escola para compor o Conselho Escolar.
Não temos Grêmio Estudantil  e segundo a definição encontrada no site da Secretaria de Educação, o grêmio é uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos estudantes e tem como finalidade o exercício cívico, cultural, educacional, desportivo e social. É o órgão máximo de representação dos estudantes da escola. O grêmio estudantil representa os estudantes da escola. Seu maior objetivo é unir e movimentar os estudantes para a discussão de seus direitos e deveres, debatendo assuntos diversos sobre escola, comunidade e sociedade.
Dessa forma percebemos que é necessário que a escola construa essa entidade representativa. A Lei Estadual nº 11.057, de 17 de janeiro de 1995, em seu Artigo 1º diz: É assegurada nos Estabelecimentos de Ensino de 1º e 2º graus, públicos ou privados no Estado do Paraná, a livre organização de Grêmios Estudantis, para representar os interesses e expressar os pleitos dos alunos.
6 - AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
  Conforme está determinado no PPP do CEEBJA Professor Orides Balotin Guerra as avaliações devem ser feitas de modo individual totalizando 6,0 pontos (avaliação escrita, oral) e coletiva totalizando 4,0 pontos (debates, trabalhos em classe e extraclasse, pesquisas em grupos, participação em sala de aula, entre outras) de acordo com o Regimento Escolar.
Uma avaliação individual quantitativa deve demonstrar o quanto dos conteúdos estudados foram realmente apreendidos. Esse tipo avaliação é também diagnóstica na medida em que o professor deverá ajustar a avaliação e/ou metodologia usadas.
O desafio está no fato das turmas serem heterogêneas os conteúdos trabalhados devem contemplar tantos níveis quanto possíveis.
A concepção de avaliação está no fato de analisar o desempenho individual da aprendizagem do aluno, observando o seu desenvolvimento na disciplina desde o inicio até o momento em que se determina o que ele assimilou dentro do que se espera.
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios: investigativa ou diagnóstica; contínua; sistemática; abrangente e permanente.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas/aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo ensino-aprendizagem.
A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor, que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos desenvolvidos.
Os procedimentos e critérios para atribuições de notas são: as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa; para fins de promoção ou certificação, serão registradas de 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito no regimento escolar.          A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero); em:
•          cada disciplina de acordo com a Resolução nº 3794 – SEED e freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;
•          o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;
•          para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);
•          os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando;
•          o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver.
Para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
Quanto a Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo, na nossa escola não existe conselho de classe para esse fim, quando surge algum problema, resolve-se cada caso individualmente juntamente com a equipe pedagógica da escola. É importante ressaltar que, quando o aluno não consegue atingir média suficiente para terminar o coletivo de determinada disciplina, ele pode ainda ter aproveitamento do que já fez e continuar cursando até completar a média, ou até que aconteça de fato aprendizagem. Para os estudantes com Necessidades Educacionais Especial há o acompanhamento individual por uma equipe de professores especializados nessa área. Nesses casos especiais as avaliações podem ser de diversas formas, por exemplo, em braile, com auxilio de ledor-transcritor, com maior tempo de duração feita em sala de aula com acompanhamento, e quando necessário em separado. Os professores regentes de sala também desenvolvem algumas estratégias para poder adequar-se às necessidades dos estudantes. Assim, oportunizando para que a aprendizagem ocorra de maneira tranquila e acessível, promovendo a igualdade e a acessibilidade para todos.
Não há como identificar ou levantar os dados devido à forma de estudo que é por disciplina. O rendimento do aluno é satisfatório, sendo o maior problema a evasão temporária dos alunos, embora exista um controle detalhado da evasão semestral.
O resultado revela o bom trabalho do professor, na aprendizagem e inserção do aluno na sociedade. Há uma preocupação por toda a equipe pedagógica e docente devido ao abandono temporário, sendo algumas das causas o trabalho, dificuldades financeiras e problemas pessoais.
Constantemente existe a preocupação, levanta-se o problema e logo busca-se uma solução para a recuperação na disciplina. A preocupação da escola é de caráter social possibilitando ao aluno ser sujeito de suas próprias ações.
A última a avaliação institucional realizada pela SEED-PR ocorreu em 2012. Nossa escola não faz avaliações institucionais próprias. Inteiramo-nos sobre o bom ou mau funcionamento da escola através dos comentários dos alunos. As questões que chegam até ao professor são rapidamente levadas à equipe pedagógica para que sejam logo resolvidas. Porém, acreditamos que seria interessante para a instituição usar com mais frequência esse instrumento, para ter indicadores de qualidade, nos diversos setores da escola.
Em relação ao ENEM, os alunos fazem comentários, mostram os cadernos e discutem os resultados. Muitos temas que até então não abordávamos, com a leitura dos cadernos de provas, passamos a incluir em nossos planos.
Em nossa escola, não preparamos os alunos para o ENEM, pois nem todos os alunos têm interesse em prestar o exame, porém, as questões são resolvidas na sala de aula, mostrando aos alunos a importância da leitura, interpretação e aprofundamento do conhecimento.