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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO SANTOS DUMONT - ENS. FUND. E MÉDIO
COORDENADORA: SILVANIA TERESINHA MACHADO DE BRITO
SANTA HELENA - PR

NRE - TOLEDO

TEMÁTICA VII

A partir das leituras e discussões realizadas durante os encontros, o grupo chegou a algumas considerações pertinentes para o fortalecimento do Ensino Médio, envolvendo o conhecimento do jovem no mundo moderno, o currículo trabalhado, a integração das áreas do conhecimento, tipos de gestão e formas de avaliação.
A partir do estudo do texto que traz o jovem como sujeito do Ensino Médio, temos que levar em consideração vários aspectos relacionados a eles, ou seja, compreendê-los e conhecê-los em sua totalidade, considerando sua cultura, sua condição econômica, religião e gênero, focados na diversidade brasileira. É necessário e importante conhecer e aceitar a realidade em que vive nosso jovem, dar- lhes oportunidades para que possam participar das ações da escola e assumir responsabilidades durante as atividades desenvolvidas. Desta forma, é necessário que os professores orientem os caminhos para os quais os alunos possam trilhar, porém,na maioria das vezes, mesmo que os professores oportunizem excelentes caminhos para os alunos, estes não conseguem seguir devido à realidade em que vivem ou não demonstram interesse por não terem consciência da necessidade e importância da escola para suas vidas.
  Neste sentido, acreditamos que uma das principais tarefas do colégio é contribuir para que os jovens possam realizar escolhas conscientes sobre suas trajetórias pessoais e constituir seus próprios acervos de valores e conhecimentos. Escolhas livres e não impostas.  E, para que estas escolhas sejam firmes, cabe à escola promover o conhecimento de homem, de mundo e de sociedade que aí está, estabelecendo relações de sinceridade e respeito mútuo e buscar  novas alternativas de vida, de produção e de trabalho, preparando o estudante do Ensino Médio para acompanhar a evolução da sociedade, seu modo de viver e pensar, suas tecnologias e como encarar a sua própria existência.
Em relação ao currículo do Ensino Médio, é importante salientar que ele vive com uma quantidade grande de concepções, mas, muitas não encontramos respostas às exigências do trabalho cotidiano, procuramos inovações no como fazer e lidar com o processo formativo no dia a dia do nosso fazer pedagógico. Sabemos que não existe receita pronta para a prática pedagógica. Pois é na reflexão e reelaboração da concepção, da educação e da formação humana que o educador pode atribuir significados para sua prática pedagógica. Também acreditamos que é na convivência com os sujeitos envolvidos no processo educativo que podemos inovar reconstruir o nosso fazer pedagógico.
Entretanto, faz-se necessário repensar sobre as funções da escola, pois as relações existentes entre as finalidades da educação básica e o que é praticado na escola são, na maior parte, apenas teóricas, deixando a desejar na prática, uma vez que o aluno não consegue assimilar e apropriar-se dos conteúdos estudados na escola com sua vida fora dela. Nesse sentido, aquilo que é praticado em sala de aula, não abrange todas as finalidades da educação básica, considerando que a maioria dos conteúdos e métodos ensinados não faz sentido na vida cotidiana dos educandos.   
Sabe-se, por exemplo, da importância da leitura para compreender melhor o mundo e interagir nele de forma mais crítica e atuante, mas, na grande maioria das vezes, as leituras propostas pela escola não incorporam o “mundo” do aluno, fazendo-o perder o interesse pela leitura.  Desta forma, o meio de relacionar a teoria com a prática, não apenas na escola, como também fora dela, é propor atividades e conteúdos que denotem as experiências de vida e conhecimento dos alunos, é mudar as metodologias em sala de aula fazendo a ligação entre a escola e o mundo do aluno, de tal forma em que aquilo que é abstrato para ele se torne concreto em sua vida.
Além disso, por meio de conversas com alunos da escola, constatou-se que a maioria deles considera o currículo extenso, que a carga horária não é suficiente para cumprir com tudo que é proposto e, também, que boa parte dos conteúdos fica no campo do abstrato, de modo a não fazer sentido algum na vida deles. Os alunos ressaltaram ainda a importância de introduzir no currículo conteúdos que estejam relacionados com os problemas que circundam a sociedade atual e que possam promover o resgate de valores que tenham sido perdidos.
Com base na leitura do caderno IV e das discussões realizadas em grupo sobre as áreas de conhecimento e integração curricular, faz-se necessário tecer algumas considerações sobre os principais aspectos que envolvem os estudos desta etapa. Tais considerações se referem à segurança alimentar, interdisciplinaridade, conceitos de currículo e as dimensões do trabalho, da ciência, cultura e tecnologia.
Sobre a interdisciplinaridade, parte-se da premissa de que ela é indispensável para a produção do conhecimento, pois é responsável para o aprendizado global dos conteúdos, que é o objetivo principal do ensino-aprendizagem, fazer com os alunos compreendam a totalidade dos conteúdos relacionados aos diversos campos da ciência, representados nas disciplinas.
O currículo consiste na sistematização dos próprios conteúdos disciplinares das áreas de conhecimento e, desta forma, abrangem os conhecimentos científicos, técnicos, tecnológicos e culturais, estes que formam uma unidade histórica.
No que diz respeito as dimensões do trabalho, ciência, cultura e tecnologia, compreende-se que, a escola, como espaço curricular, deve planejar práticas para outros espaços, que possibilitam incluir manifestações culturais, projetos e processos que permitam aos educandos participar de diversas experiências, de modo a poder ampliar e preparar o acesso ao mundo do trabalho, da ciência , cultura e tecnologia.
Entre os tipos de gestão aplicadas nas escolas, a democrática é uma das mais faladas nos últimos 30 anos, bem como a participação compartilhada. Contudo, a diferença entre o discurso falado e escrito/pratica, ainda é muito grande, pois embora exista a gestão democrática na teoria, muitas vezes ela é barrada pelas burocracias e formalidades que impedem a participação de todos os envolvidos na escola para as tomadas de decisões.
No que diz respeito à Avaliação, um dos grandes desafios é quebrar o paradigma da tecnologia, a qual está muito inserida no cotidiano dos adolescentes, uma vez que sendo uma ferramenta não utilizada de forma adequada, acaba se transformando numa interferência negativa no aprendizado dos alunos e isto é bastante percebido no momento da avaliação, esta que foi instituída a fim de testar o nível de conhecimento adquirido pelo aluno ao longo de seu estudo.
Desta forma, o docente precisa de um parâmetro para julgar se o aluno está apto ou não para avançar no conteúdo curricular proposto e para tanto, faze-se necessário ter claro os conceitos de avaliação aprendizagem. Em consulta ao PPP e os planos de ensino, podemos citar que a grande maioria define a avaliação da aprendizagem através do conteúdo proposto e pelo rendimento e para isto, utilizam-se de instrumentos como provas avaliativas, trabalhos didáticos, oficinas e seminários. Sobre as instancias delegadas para definir a avaliação da aprendizagem, as escolas contam com o conselho de classe, que é a principal. Além destas situações, podemos citar outras observações relevantes para avaliação da aprendizagem, como fatores externos à escola, tais como, problemas familiares e pessoais de cada aluno que muitas vezes são colocados em pauta nos conselhos de classe.

Referência bibliográfica:
Pacto Nacional pelo fortalecimento do Ensino Médio _ Etapa I- Cadernos I a  VI-   MEC, 2013.