WIKI - CADERNO 1 - ETAPA 2
A instrução nº 02/2004 orienta que a hora atividade priorize o trabalho coletivo dos professores que atuam na mesma área do conhecimento, ou coletivo dos professores que atuam na mesma turma, ou ainda na formação de grupos de professores para o planejamento e enfrentamento dos problemas. Mas chegou-se a conclusão que não é possível realizar a hora atividade de forma concentrada, pela dificuldade de conciliar o horário dos professores, pois muitas vezes um professor precisa assumir aulas em várias escolas para fechar sua carga horária. Raramente se consegue concentrar os professores de uma mesma disciplina.
A hora atividade veio amenizar a sobrecarga do professor e é um espaço de formação continuada. Segundo a lei a hora atividade configura-se em duas dimensões. Uma como trabalho individual do professor, como planejamento das aulas, elaboração e correção das provas. Uma segunda dimensão como trabalho coletivo através de leitura, estudo e discussão sobre o processo pedagógico. Como concepção de trabalho coletivo para a elaboração e discussão do Plano de Trabalho Docente, quando o professor tomará conhecimento do seu conteúdo fundamentado na Proposta Pedagógica Curricular, contemplado nas Diretrizes Curriculares.
A segunda dimensão tem sido secundarizada, entre os fatores que contribuíram para esta secundarização está a impossibilidade de concentrar os professores e também o fato de que o pedagogo, que deveria ter como prioridade a gestão pedagógica, acaba assumindo outras funções que não é de sua responsabilidade, como por exemplo o atendimento em problemas de indisciplina dos alunos, que seriam resolvidos com a contratação e capacitação de outros profissionais responsáveis. Ficando assim comprometida a mediação e interação do pedagogo com os professores na hora atividade.
Concluindo, diante de tanto impasses e impossibilidades. Como o pedagogo é o articulador do processo pedagógico, poderíamos amenizar o problema, com ações coletivas em hora atividade concentrada por área do conhecimento, por algumas disciplinas, pois nem todas as disciplinas teriam possibilidades de grupos de estudo, pelo numero reduzido de professores na escola, por a mesma ser de pequeno porte.
REFERÊNCIAS
CURY, Carlos R. J. Educação e Contradição: elementos metodológicos para uma teoria crítica do fenômeno educativo 4ª edição. São Paulo: Cortez: Autores Associado, 1984