Professores e jovens devem estar abertos ao diálogo deixando de lado seus preconceitos. Atualmente ambos culpam-se e os dois lados parecem estar em mundos distantes e muito diverso. Hoje as coisas acontecem em uma velocidade muito acelerada e os professores nem sempre acompanham o ritmo do avanço. Diferentemente do jovem que parece estar adaptado a esta velocidade. Posso citar também que muitas coisas são impostas e cobradas o professor fica restrito e engessado àquela condição de currículo, conteúdos, leis regras. As ações ficam mecânicas e o professor perde a reflexão e a autonomia. Acredito ser interessante debater sobre o sentido da escola e traçar estratégias para o reconhecimento mutuo. Compreender o perfil de juventude que se tem pode ser um bom começo.
Os professores podem ser parceiros dos seus alunos proporcionando o autoconhecimento de seus gostos, preferências e habilidades posteriormente indicar quais são as profissões que requerem tais habilidades. Somente conhecendo o que eles almejam para seus futuros poderemos propiciar a organização escolar de maneira mais atrativa e com real sentido para a juventude.
A vida profissional dos estudantes exerce muita influência na vida acadêmica. No diurno aproximadamente 30% dos alunos trabalham, e no noturno esse número sobe para 75%. Estes trabalham em indústrias e comércios do município. No período diurno todos trabalham apenas 4 horas. Já no período noturno essa carga é de 6 a 8 horas diárias. Os estudantes conhecem os direitos mais alguns mesmo não tendo esses direitos respeitados se sujeitam por não ter opções melhores. Os que não trabalham pretendem primeiramente obter maior qualificação para conseguir melhores empregos.
Enfim, conhecer os estudantes, saber de suas necessidades, de seus planos e ajudá-los a construir um caminho pode ser uma oportunidade de melhorar o relacionamento e construir um ambiente de melhor aprendizagem.