A VALORIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO

SISMÉDIO
Autores: Sirley Kremer Luiz Koenig Veiga
                Suellen Barbosa da Silva Onofre

     Escola Des. Guilherme Maranhão.
                                                           A VALORIZACACAO DO ENSINO MÉDIO

       Na trajetória da educação em geral , muito se tem falado em respeitar a criança e suas especificidades, porém conforme ela vai crescendo, nós adultos vamos impondo nossas vontades, e simplesmente exigindo condutas de adultos em jovens e adolescentes . Não nos damos conta que essa fase na qual se encontram também é importante, e precisa ser passado e vivida.
       A partir do momento que respeitarmos nossos jovens como sujeito, é que podemos começar a pensar de que forma podemos melhorar e intervir no nosso ensino médio e assim podemos analisar que tipo de vínculo queremos construir com nossos jovens, e que escola queremos e realmente desejamos.
       Ao fortalecermos esse pensamento é que poderemos trazer mudanças significativas para nossa escola no nosso Ensino médio dando voz ao nosso jovens sem perder a qualidade  do ensino, oportunizando  trocas de experiências.
       A educação básica tem por finalidade, segundo o artigo 22 da LDB, “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. Esta última finalidade deve ser desenvolvida de maneira precípua pelo ensino médio, uma vez que entre as suas finalidades específicas incluem-se “a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando”, a serem desenvolvidas por um currículo, que destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania.
      Ao entender os desafios que nos cerca como educadores, poderemos desafiar nossos educandos propondo desafios reais e que envolvam –no  por completo.
       Em relação a questão tecnológica, o que precisa nos compreender é que o nosso papel não precisa ser o de um repressor do celular, ou qualquer outro meio de comunicação, mas podemos  ensina-los a usar em beneficio para que seja uma ferramenta que vem agregar ao ensino cientifico, e que nossos alunos não se tornem refém dessas tecnologias pois o que elas trazem não são verdades absolutas e acabadas.
        Nesse sentido, o ensino médio deve ser planejado em consonância com as características sociais, culturais e cognitivas do sujeito humano referencial desta última etapa da Educação Básica: adolescentes, jovens e adultos. Cada um desses tempos de vida tem a sua singularidade, como síntese do desenvolvimento biológico e da experiência social condicionada historicamente. Por outro lado, se a construção do conhecimento científico, tecnológico e cultural étambém um processo sócio-histórico, o ensino médio pode configurar-se como um momento em que necessidades, interesses, curiosidades e saberes diversos confrontam-se com os saberes sistematizados, produzindo aprendizagens socialmente e subjetivamente significativas. Num processo educativo centrado no sujeito, o ensino médio deve abranger, portanto, todas as dimensões da vida, possibilitando o desenvolvimento pleno das potencialidades do educando.
         O que precisamos analisar enquanto educadores professores, é que em nossa sociedade é que muitas coisas mudaram, a maneira de ver as coisas, até a forma das pessoas se comunicarem mudou, então porque nossas escolas, e nossa sala de aula continua a mesma? É importante refletir a respeito e analisar quais pontos necessitam de mudanças, e buscar essas mudanças.
         No atual estágio de construção do conhecimento pela humanidade, a dicotomia entre conhecimento geral e específico, entre ciência e técnica, ou mesmo a visão de tecnologia como mera aplicação da ciência deve ser superada, de tal forma que a escola incorpore a cultura técnica e a cultura geral na formação plena dos sujeitos e na produção contínua de conhecimentos. As relações nas unidades escolares, por sua vez, expressam a contradição entre o que a sociedade conserva e revoluciona. Essas relações não podem ser ignoradas, mas devem ser permanentemente recriadas, a partir de novas relações e de novas construções coletivas, no âmbito do movimento sócio-econômico e político da sociedade.
          Imaginamos que esse adolescente, esse jovem consiga se ver como parte integrante desse processo de ensino aprendizagem, e não somente como um objeto receptor, é que  ele vai conseguir enxergar um significado nessa etapa do ensino.
          A partir do momento que isso passa a ocorrer a sua visão de vida e de mundo também se amplia, e ele a estabelecer metas em sua vida, a criar projetos.
          Com este referencial, propomos discutir as possibilidades de se repensar o Ensino Médio na perspectiva interdisciplinar. Consideramos importante que cada escola faça um retrato de si mesma, dos sujeitos que afazem viva e do meio social em que se insere, no sentido de compreender sua própria cultura, identificando dimensões da realidade motivadoras de uma proposta curricular coerente com os interesses e as necessidades de seus alunos. Afinal, a escola faz parte do conjunto social em que está inserida e deve se comprometer, também, com seus projetos. Sem nunca esgotar-se em si mesma, a dimensão local pode ser uma dimensão importante do planejamento educacional, integrado a um projeto social comprometido com a melhoria da qualidade de vida de toda a população.
         Segundo Machado (2004) ,o traçar os planos , estabelecer metas é o vai nos permitir fugir dos determinismo  que existem na nossa sociedade.
         Por exemplo um jovem vindo de uma família pobre, para que ele trace um caminho diferente da dos seus pais, é necessário que ele estabeleça metas, projetos, ainda que no percurso coisa sejam modificados, somente e assim ele poderá se preparar para o que quer.
        E muitas vezes cabe a  escola mostrar a esse jovem que ele pode trilhar um caminho diferente para si. Nós podemos e precisamos ajudar esse estudante a refletir e não somente repassar conteúdos  pois o puro e simples repasse de conteúdos , ele pode pesquisar na internet, nós precisamos ser mediadores e não detentores de conhecimento.
        Nós enquanto escola temos um papel fundamental até mesmo na construção da autoimagem que os alunos da escola a qual pertencemos não se imagina nem capaz de estudar em uma universidade.