Universalização Do Ensino Médio
Ao discutirmos como alcançar a universalização do ensino médio, temos obrigação, enquanto educadores, de pensarmos nos alunos enquanto sujeitos com necessidades imediatas, que muitas vezes não é de conhecimento, mas sim, de alimentação, vestuário, moradia, transporte, saúde, etc.. Como podemos, com a ampliação do espaço físico, transformar as escolas em espaços educativos mais atrativos que tenha como um dos objetivos a promoção e mudança da realidade desse aluno?
Quando o aluno chega para nós e é inserido na comunidade escolar, o mesmo é colocado ante uma série de mecanismos para que haja sucesso na sua vida e seus anseios sejam alcançados.
Alunos que vêem de “Ns” situações sociais: do bem posicionado na vida ao paupérrimo seja de família ou a quantidade de sorte que a sociedade “democrática e igualitária” a ele será disposta...
A importância da família no aprendizado do aluno; de seu envolvimento e interesse, em seu desempenho, convívio, participação no âmbito escolar. A inclusão de recursos tecnológicos, que estão presentes no cotidiano do educando, e que muitas vezes relutamos em aceitar, sem tentar aproveitar a oportunidade e trazer para a sala de aula essa potencial ferramenta.
Alunos que conviveram com os processos de transformações, evoluções no sistema escolar, souberam aproveitar melhor e deram o devido valor ao que foi conquistado e lhes foi oferecido.
Os alunos que não passaram por essas transformações e, que hoje lhes é “normal”, foi conquistado com muita dificuldade (transporte escolar, merenda, livro didático, estrutura das salas de aula, biblioteca, recursos tecnológicos, bolsa família, etc.), e considero que, fato posto, os alunos não valorizam o que foi conquista à duras penas, e desvirtuam os mecanismos oferecidos nas avaliações, dando prioridade para as recuperações.
A qualidade da aprendizagem também foi deixada de lado, sendo considerada importante apenas a aprovação, sem levar em consideração a importância do aprendizado em detrimento do resultado a todo custo. Isso contribui para com que os objetivos almejados em longo prazo, sejam deixados em segundo plano, priorizando os objetivos em curto prazo. O IMEDIATISMO.
E o pior que continuamos batendo no mesmo erro: não perguntamos aos jovens o que desejam? O que necessitam?Sempre impomos o acreditamos que seja o melhor para os mesmos ante as exigências do mercado; ante o que a sociedade necessita no momento.