Uma breve descrição do pensamento do jovem do Ensino Médio do Colégio Estadual “Marcílio Dias”, Ensino Fundamental e Médio da cidade de Guaraqueçaba. Orientador de estudos: José de Morais Pereira
Cada localidade tem sua singularidade, suas características marcantes e em nosso Colégio os jovens pensam em seu futuro como algo que pode ser alcançado com força de vontade, dedicação e principalmente com os estudos. Todos sonham e aspiram dias melhores em suas vidas. Foi realizado um mapa mental com as turmas do Ensino Médio, nas quais destacamos em ordem de maior frequência: Família, Amizade, Amor, Deus, Música, Aplicativos da Internet, Futuro, Paz, Dinheiro, Viagem, Saúde, Emprego, Faculdade, Felicidade, Casa, Igreja, Carro, Futebol, Sonhos, Casamento, Sexo, Comida, Televisão, Celular, Escola, Sorte, Filhos, Drogas, Moto, Barco, Pesca, Roupa e Livros. Refletindo sobre os gostos, nossos alunos preservam bastante a família, respeitam seus pais, são pessoas amigáveis, usam a internet para suas comunicações, querem ter um bom emprego e fazer uma faculdade e principalmente viajar, pois muitos não têm a oportunidade de conhecer outros lugares. Um fato interessante foi que a droga não esta tão fortemente presente na cabeça de nossos alunos, mas existem em qualquer lugar.
Em relação aos colegas cursista, a mesma dinâmica foi aplicada, ou seja, o que os professores pensam de nossos alunos e destacamos os resultados em sua ordem de maior frequência: Família (pai e mãe), Esporte (futebol), Festa (diversão), Tribo (relacionamento com um grupo), Emprego (arrumar um serviço), Sexo, Namoro, Drogas, Amigos, Igreja, Redes Sociais, Viagem, Casamento, Filhos, Futuro e Carro. Ao final da dinâmica, foi construído uma carta do pensamento do jovem: Como escolher os amigos? Como posso me destacar? Estudar? Para que? Serei cientista ou jogador de futebol. E agora, se eu tivesse um emprego? Acho que ela está me dando bola, está olhando para mim, é do tipo beijinho no ombro. Bem, onde eu estava mesmo? Assim, tenho que fazer um tarefa, vou pegar o meu celular. O professor está olhando, vai bater o sinal, vou jogar bola.
Como sugestão de outra atividade referente do caderno 2, construímos um mapa conceitual e como fonte geradora era o jovem. Pensamos em sua Identidade (onde mora, usa transporte, condição social, sua diversidade), Cultura (que estilo adota, pertence a alguma tribo, usa que tipo de roupa, qual é a música que gosta, qual é a forma de lazer), Tecnologia (usa celular, faz parte de uma rede social), Ação (participam de alguma entidade, gentileza gera gentileza) e em seu Futuro, na qual deixamos como ponto de interrogação, pois devido às condições financeiras e sociais, poucos devem continuar seus estudos, chegar a fazer um curso superior.
Com a devida permissão descrevo a produção de um texto elaborado em sala de aula por um aluno usando as reflexões do caderno 2. Sou J.O.K., tenho 17 anos e estou no Ensino Médio. Sou uma pessoa muito simpática e comunicativa, gosto de conversar e tenho poucos amigos. Coleciono sapatos, sou compreensiva e gosto de ajudar as pessoas. Meu sonho é ser jornalista, mostrar a verdade das famílias brasileiras para o mundo todo. A pessoa que mais admiro é o meu pai, pois o mesmo sendo morador de rua quando criança, agora alcançou seus objetivos e sonhos. Ele é meu companheiro, na verdade, meus pais são os meus companheiros e melhores amigos. Muitas vezes enfrento dificuldades em todas as áreas da minha vida, pois sou filha de pastor, com isso mudo muito de cidade, não tenho muitos amigos e quando faço amizade logo vou embora. Ajudo muito meus pais e quero ser alguém na vida para poder sempre ajudar eles e ter eles sempre ao meu lado.
Ao invés de elaborar uma carta para os alunos, usamos o slogan: Gentileza gera Gentileza, um projeto que está presente na escola para melhorar a socialização dos alunos, na qual a idéia é respeitar o próximo, sua diversidade, pois pequenas ações proporcionam um relacionamento mais harmonioso entre a comunidade escolar. Essa iniciativa teve reflexo, na qual alunos da mesma série estão tendo comportamento diferente e quando fogem da regra a palavra gentileza é solta no ar e o aluno aponta para o cartaz que está acima do quadro negro. Com isso é possível estender para todas as outras salas, pois pequenos gestos geram transformações.
