Texto final dos 6 cadernos

Colégio Estadual do Campo Coelho Neto
Orientadora de estudos: Dione Elenice Mohler Martelo
AYALA REJANE GUERREIRO THEISEN
ELIS REGINA CAPELIN DORNELES
JACINTO VAGNER RUPP
LEONI BARBOSA DA SILVA SCHOMMER
LUCIANA GARLINI
MARCELO THEISEN
MARIA DEL CASTANHEL PERON HUBNER
ROSEMERI APARECIDA DA SILVA SANTOS
SALETE GALVAN ZANATTA

O objetivo deste texto é apontar alguns problemas e soluções que levantamos no decorrer desses cinco  meses de estudo  do Pacto, abordando os temas O Jovem como Sujeito do Ensino Médio; Dimensões da formação humana: trabalho, ciência, tecnologia e cultura e os sujeitos do ensino médio e a integração curricular a partir destas dimensões; O projeto curricular e a relação entre os sujeitos e desses com suas práticas e Gestão Democrática.
O sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está  inserido, mas também é um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o  compreende e como dele lhe é possível participar (DCE, 2008). Esse sujeito, portanto,  se constrói também nas relações sociais que ocorrem no ambiente escolar. Para ser capaz de compreender o mundo em que está inserido, o sujeito necessita de  oportunidades de aprendizagens que, na educação formal, ocorrem a partir das aulas e das outras experiências educativas desse espaço. O principal problema que levantamos é que hoje a maioria dos  nossos jovens estão em busca do imediatismo, que estes não param para pensar quem sou eu? O que eu quero? Que rumo devo dar à minha vida? Pois quem se questiona busca respostas, pensa à longo prazo e pensar a longo prazo é investir em educação, é saber posicionar-se. Devido ao excesso de pressa, da falta de projeção para o futuro e da busca imediata é que o jovem vem se afastando do ambiente escolar ou dos bancos escolares. Para esses problemas apontamos alguns direcionamentos como: primeiro admitir criticamente, sobre profundas reformulações na educação seja elas tecnológicas ou pedagógicas. Por outro lado, é preciso reconhecer que a educação é um fator importante e necessário (embora não suficiente) para o desenvolvimento humano. O papel da escola diante desta realidade se faz necessário restabelecer os limites e as possibilidades da instituição escolar, desmistificando sua imagem de promover a formação do cidadão consciente, explicitando junto aos alunos os inúmeros obstáculos perante as diferentes realidades socais, e o alcance de determinadas metas e de alguns objetivos específicos que, com certeza, se encontram delineados do idealismo cultural de quem quer ser alguém na vida. Ao  professor cabe direcionar (dentro das possibilidades), o caminho, para isso necessita ser conhecedor do sua disciplina e sempre fazer correlação com a realidade dos educandos e a importância dos conteúdos para a vida toda.
E aos órgão gestores assumir o seu papel com eficiência e eficácia destinado as verbas necessárias para que a escola possa gerir adequadamente seu espaço físico e ainda mais pensamos que poderia ser criado “a bolsa estudo e produtividade”, onde o aluno passasse a ser um pesquisador e pudesse receber por isso para poder manter-se.
Quanto as dimensões norteadoras e a integração curricular entendemos que o problema maior encontra-se na forma da construção de tais documentos, pois estes seguem critérios pré-estabelecidos pelo sistema gestor no nosso caso Núcleo Regional e Seed, eles impedem uma autonomia maior para uma construção sólida e real de cada Colégio especificadamente. Então a solução iniciaria pela necessidade  de uma desconstrução total do nosso currículo para podermos colocar em prática essas concepções tão necessárias para a melhoria da qualidade da Educação como um todo em nosso país e reconstruir um currículo que seja ideal para os dias atuais e não remontar fórmulas que já deram erradas.
Então acreditamos que o nosso currículo  da forma como está é um problema então precisamos resolvê-lo e partimos para a simulação da construção de um pré-curriculo pautado dentro de um contexto que acreditamos que pode ser o melhor “ideal”, para a atualidade e mais uma vez nos debatemos na questão de tempo para fazermos isso, até conseguiríamos fazer isso individualmente, mas coletivamente compreendemos que é quase impossível já que não dispomos de momentos contínuos de estudos como equipe (dentro de uma mesma escola), então como construir um novo currículo? Ele é possível, mas antes teremos que encontrar situações viáveis para ser posto em prática. A solução seriam horas de estudos semanais com todos os professores em conjunto das diferentes áreas do conhecimento.
Então passamos para a questão da gestão democrática? Muitos problemas encontrados, primeiro que a  gestão democrática ainda é muito pequena principalmente no que tange aos órgãos gestores mantenedores. Como falar em gestão democrática quando grande parte das decisões são tomadas a revelia da maioria dos componentes do sistema escolar? Partindo dos órgãos governamentais até a escola propriamente dita. E ainda quando  muitos profissionais das diferentes áreas de ação do espaço escolar  confundem gestão democrática (liberdade de expressão), com falta de compromisso, ética... o fazer o que eu quero, o que eu acho... Muitos são os entraves para acontecer a verdadeira gestão democrática e a pouca abertura e outras vezes o pouco interesse para/da   comunidade em geral talvez possa ser citada como um dos grandes entraves deste processo. Então algumas das  soluções  poderiam  ser:  - Levar ao conhecimento dos Professores que chegam à escola o PPP
- Promover reuniões que deem conhecimento do PPP a todos os envolvidos, pois as reuniões que raramente acontecem os assuntos são apenas pincelados sem tempo para discuti-las e pôr em prática e muitos não aparecem e nem tem interesse, então deve-se criar mecanismos que façam todos tomarem conhecimento do PPP e reconstruí-lo ano a ano levando a construção de uma identidade própria da escola e,
- Promover práticas que levem os alunos dos primeiros e segundos anos a serem mais reflexivos e responsáveis com o ensino-aprendizagem reformulando algumas ações no PPP.
- Outras ações seriam as de os órgãos colegiados atuarem efetivamente na escola, para promover melhorias no relacionamento entre a comunidade e a escola, corpo docente e dicente.
É preciso colocar novas teorias em prática, para transformar a educação e que a escola democrática é o caminho para um ensino de qualidade para todos.