Texto da Wiki Final
Secretaria de Estado da Educação do Paraná
Núcleo Regional de Educação de Assis Chateaubriand
Colégio Estadual Getúlio Vargas – Ensino Fundamental e Médio
Iracema do Oeste – Paraná
Formadora Regional: Tânia Regina Casado
Orientadora de Estudos: Luciana Luli Braga
Cursistas: Iara Suyama Ferrari
Ivete Munaro Facchin
Maria Aparecida de Oliveira Lopes
Maria Helena Zago Bragueto Moreira
Mirian Seren Panini
WIKI FINAL
Sabemos que hoje o nosso maior desafio é resgatar a real função da escola, como local de acesso ao conhecimento historicamente e cientificamente construído e entendendo o “Ser Jovem”. É nesse momento de escolhas, que nosso aluno começa a construir um futuro onde ele tenha o seu espaço enquanto cidadão, trabalhador e agente transformador da realidade social. Nós professores precisamos conhecer o jovem que temos em sala de aula, para que possamos desenvolver uma prática docente que realmente faça a diferença para esses jovens, uma docência que faça sentido para suas vidas, desfazendo o conceito de que a escola seja uma “obrigação necessária”. A escola deve, então, buscar desenvolver e aprimorar no aluno suas potencialidades verbais, mentais e sociais, oportunizando trabalho em grupo, dando-lhe liberdade de ação e integração. Nesse processo, o professor deve ser o mediador do processo ensino e aprendizagem, respeitando o contexto social no qual o aluno está inserido. Ele deve procurar estabelecer laços de afetividade que vai influir no processo de ensino possibilitando a aproximação e troca de ideias, experiências, opiniões e, desta forma criar situações para a melhoria em sala de aula, onde a parceria firmada permita a elaboração coletiva das regras de funcionamento e de seu posterior controle, para que o processo ensino e aprendizagem realmente se efetivem.
Para atender essa demanda a instituição escolar foi organizada em níveis de ensino, onde o Ensino Médio é o nível de transição entre o Ensino Fundamental Anos Finais e o Ensino Superior. Sendo, então, de sua competência, possibilitar conhecimentos aos alunos para que pudessem prosseguir em seus estudos e ao mesmo tempo inseri-los no mundo do trabalho, tendo uma visão para além do capital.
No entanto, parece-nos que o Ensino Médio se encontra sem identidade, não dando conta do que lhe é proposto, uma vez que se constata sérios entraves, tais como: abandono, repetência e um alto percentual de aprovações por Conselho de Classe. Diante das fragilidades apontadas a Comunidade Escolar, tem analisado o disposto nas Diretrizes Nacionais para o Ensino Médio e nas Diretrizes Orientadoras para a Rede Estadual de Educação no Paraná, constatando que ambas mostram preocupação em conhecer o sujeito do Ensino Médio e em um ensino que se prime em proporcionar aos alunos, principalmente aos oriundos das classes menos favorecidas, acesso aos conhecimentos para que possam ter um projeto futuro, vislumbrando trabalho, cidadania e uma vida digna, por meio de uma formação que dê possibilidades em atuar na transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo histórico.
Desse modo, as mazelas pelas quais o Ensino Médio vem passando, tem levado todos os envolvidos com a Educação a repensar sua oferta. Para tanto a escola deve estar preparada para transmitir os conhecimentos historicamente construídos com condições favoráveis e motivadoras, com espaços específicos e adequadas de integração do jovem com o trabalho, mas principalmente com a pesquisa. Que seja viabilizado nos estabelecimentos escolares espaços afins para aprofundamento de pesquisa com equipamentos, materiais e profissionais capacitados necessários para juntos desenvolver um novo modelo de educação em que proporciona ao mesmo tempo formação humana, profissional e tecnológica.
Através da reorganização e reestruturação do Ensino Médio brasileiro tendo como prioridade a interdisciplinaridade como forma integradora do currículo, deve-se estabelecer parâmetros favoráveis ao fortalecimento e a conscientização que o trabalho desenvolvido de forma articulada nas mais diversas áreas do conhecimento deve ocorrer, mas sem que as especificidades de cada área sejam afetadas ou submissas, devem dialogar entre si valorizando o aprofundamento dos conhecimentos organizados que são condições necessárias para se estabelecerem tais relações no sistema educativo. É necessário também que os profissionais da educação fundamentem-se nos princípios teóricos metodológicos, propondo-se a desenvolver esse novo modelo curricular e propicie, aos estudantes, formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo.
Para a efetivação do proposto, é preciso que a escola seja um espaço democrático. Não democrático somente pela sua pratica administrativa, mas por toda sua ação pedagógica educativa. É preciso apontar que a gestão democrática e participativa é um dos possíveis caminhos para a democratização do poder na escola, conferindo-lhe autonomia nas decisões tomadas junto às Instâncias Colegiadas. É uma forma de superar os paradigmas enraizados na cultura antidemocrática na história da educação brasileira.
É fato que a melhoria da qualidade do ensino passa pela melhoria da qualidade da gestão. De nada adianta discutir a Gestão Democrática sem que esta esteja respaldada numa gestão eficiente, comprometida com a aprendizagem e articulada com todos os envolvidos. Através da autoridade, da responsabilidade, da decisão, da disciplina e da iniciativa, o gestor escolar pode buscar o equilíbrio entre os aspectos pedagógicos e administrativos, na convicção de que o primeiro constitui-se na essência de seu trabalho, sempre privilegiando a qualidade, dessa forma, interferindo diretamente no resultado da formação dos alunos e o segundo deve dar condições necessárias para o desenvolvimento pedagógico. .A educação não pode estar a serviço de interesses de uma minoria, somente assim poderemos garantir que a escola seja realmente um espaço democrático. Onde a educação deve ser comprometida como um espaço de formação ampla ao educando, permitindo que ele se potencialize como seres humanos ao aprimorar as dimensões e habilidades que faz de cada um de nós seres humanos. Que a escola possa através da participação dos indivíduos de forma consciente garantir acesso significativo aos conhecimentos, às relações sociais, às experiências culturais diversas e que esses possam contribuir como apoio no desenvolvimento do educando como sujeito sociocultural, e no aprimoramento da sua função social. Ela precisa estar em contato com a realidade que a norteia, deixar-se permear pelo meio social onde ela se encontra, pois do contrário, a instituição escolar estará isolada de tudo que pode vir a influenciar diretamente em suas ações e ser alheia a todos os possíveis fatores, só estará prejudicando o processo educativo e de construção da cidadania. Pensando em uma escola democrática e inclusiva a avaliação é essencial desde que tenha perspectiva de ser problematizadora e que vise questionamentos e reflexões sobre as ações e o repasse desses resultados a todos do colegiado, que após analise e discussão das dificuldades encontradas, juntos buscarão estratégias para possíveis intervenções, com metodologias especificas que visem superar os problemas detectados. De forma organizada que envolva todos os profissionais da educação sendo parte integrante de um projeto pedagógico ou de qualquer outra atividade que deve ser tão dinâmica quanto essas, pois ela fornece as bases para as novas decisões necessárias ao longo do processo de realização.
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