Atuamos em uma escola de EJA, um ambiente que atende a diversidade, que tem uma relação harmoniosa e próxima com os alunos. Precisamos ver o jovem como sujeito de direitos – para reconhecê-los como alunos, saber das suas necessidades e atende-los com qualidade. Compreender o porquê dos enfrentamentos em sala de aula – entender suas angústias, os conflitos entre gerações, tecnologias e informações – imediatismo, a falta de interesse pelo estudo – pois o aluno não entende o conteúdo e não vê significado no que faz na sala de aula, para que se atinjam as expectativas de vida e melhora social – através do estudo e que este nosso aluno perceba que podem romper o círculo da pobreza e da classe proletariada – deixando de reproduzir o ciclo de pobreza ao qual, geralmente, são relegados. Faz-se necessário, portanto, que seja resgatada a função real da escola – repasse de conhecimentos . Portanto, é preciso cuidar com a perda do foco da função da escola e assumindo a função assistencialista.
As vivências que são retomadas na sala de aula tornam as aulas contextualizadas e favorecem o aprendizado dos alunos, pois as contribuições que trazem refletem sua realidade e enriquecem as aulas. Por vezes alguns alunos acabam por se “perder” no processo ensino-aprendizagem, faz-se necessário também, modificar sua prática de acordo com as necessidades de seus alunos.
Não precisamos buscar culpados, precisamos buscar sanar os erros no processo educativo e formar cidadãos conscientes e participativos, que tenham condições adequadas de trabalho e de exercer uma profissão, pois a maioria dos alunos tem empregos “pesados” e repetitivos, que percebam que tenham possibilidade melhorar sua condição socioeconômica através do estudo. A maioria dos alunos sabem de seus direitos, porém acabam esquecendo, muitas vezes seus deveres – falta de conscientização e isso é necessário.