TEMÁTICA DO CADERNO 2- COLÉGIO ESTADUAL JUSCELINO K. DE OLIVEIRA – FOZ DO IGUAÇU - PR
Caderno ll- O jovem como sujeito do Ensino Médio - Reflexão e ação
Geograficamente, território é definido pelo uso que as sociedades e comunidades humanas fazem do espaço ou vivem, produzido socialmente em ações englobando a produção e a vida. Em um deles é inserido a escola, ambiente de aprendizagem no qual engloba educador e educandos exercendo papéis distintos seja em nível não elaborado, conhecimento espontâneo de senso comum para científico, filosófico, compreendendo o mundo nas suas múltiplas relações e portanto passar da visão empírica, fragmentada do mundo para concreta, articulada.
Para tanto há uma construção de relacionamentos entre professores e jovens estudantes pois, a responsabilidade é mútua no tocante ensino-aprendizagem e a anexação se dá a partir da elaboração de mapas das identidades culturais seja elas pela promoção de jogos de apresentação em sala como o xadrez na obtenção do cálculo, banco imobiliário, formas geométricas através da confecção de bolas ou jogos de trilhas, transformando assim a escola em um ambiente agradável na produção de conhecimento mútuo, desmistificando a idéia que há uma questão histórica nos países subdesenvolvidos na América Latina que culpam os colonizadores pelo seu inferior avanço econômico e cultural e que na escola a situação seria semelhante. É necessário criar iniciativa, para ampliação do campo de conhecimentos em que os jovens estão inseridos buscando compreender que eles constroem o seu modo próprio de ser a partir de suas experiências, necessidades e expectativas, que para educar hoje, é preciso assumir que o contexto mudou e que os jovens são diferentes: pensam, relacionam-se e aprendem de novas maneiras. A internet é um desses exemplos onde aponta que o aluno atual faz parte da geração Z: crianças e jovens que nasceram quando o planeta já estava repleto de tecnologias digitais, vivem com fones de ouvidos e controles nas mãos. Zapeiam sem parar em busca de novidades, sem se aprofundar no que encontram, não lêem manuais de instruções: aprendem just-in-time, à medida que precisam do conhecimento, preferem fazer várias coisas ao mesmo tempo e em alta velocidade.
Esses alunos não chegam à escola com curiosidade para conhecer coisas novas, porque já têm no dia a dia múltiplas oportunidades para aprender. No entanto, como qualquer outra criança e jovem têm muita energia e são capazes de mergulhar de cabeça em projetos que lhe valham a pena. Desejam ser acolhidos e compreendidos, trazendo em si um modo de potencialidades, mas o foco principal é imprescíndivel que seja a aprendizagem significativa e uso crítico das tecnologias pois, o essencial é que o conhecimento científico veiculado ao empírico, não forma somente para o mercado de trabalho e sim formação do individuo integralmente.
Nós professores somos parceiros co-construtores de projetos para o futuro dos jovens através de estratégias metodológicas como a troca de correspondência entre estudantes sendo mediação para possibilidade de diálogo sobre expectativas juvenis frente a vida, considerando que é função da escola,além de socializar seus educandos, prepará-los para o mercado de trabalho dando condições de concorrência democrática e justa.
Através de sua história de vida, seu convívio social dentro de seu território
pode-se focalizar os projetos futuros para nossos educandos, uma vez que acenda sua realidade regional.
Muitos estudantes já estão inseridos no mercado de trabalho a maioria desenvolvendo atividades remuneradas como estagiários, outros em ramos nada condizentes com suas expectativas ou projetos futuros.
Através de uma parceria entre escola e trabalhadores de comunidade, poderia evidenciar mão-de-obra com potencialidades de alguns educandos e projetaria a prolificação para os interessados nas determinadas atividades de trabalho assim apresentados dessa forma, poderiam ser desenvolvidas habilidades nos diversos ramos.
Os educandos teriam mais facilidade em projetar seu futuro no mercado de trabalho, mas independentemente dessa ação é de primordial importância que esses jovens estudantes pensem sobre a escola de Ensino Médio como abertura dos crônicos problemas de relacionamentos e realização da vida escolar que afetam o cotidiano de muitas escolas e a carta é uma boa alternativa de comunicação, interação e conhecimento mútuo abordando anseios, expectativas para que as partes interagem de forma que se unifiquem em suas identidades.
Exemplo: - Carta ao jovem estudante:
Querido estudante
Tenho refletido sobre nosso relacionamento, como nem sempre conseguimos nos comunicar na sala de aula ou fora dela. Essa falha de comunicação acontece por diversos motivos, entre eles a falta de tempo, falta de interesse da sua parte, que já se comunica com seus colegas e através da internet, e além disso, ela acontece pela minha ansiedade em vencer o conteúdo. Estou ciente da minha parcela de culpa, pois às vezes me torno distante de você por pensar na matéria, nas avaliações e no pouco tempo que temos para realizar tudo isso.
Por isto quero que essa carta seja para você um convite. Quero saber de você, seus sonhos, seus desejos e angústias. Sei que pode parecer difícil conversar comigo, mas coloco-me a sua disposição, prometo te ouvir e tentar compreender seus problemas. Sei que às vezes você pensa que não gosto de você, pois brigo, chamo sua atenção e digo que precisa se esforçar mais. Mas peço à você que tente entender, que isso acontece porque quero que você atinja o máximo de seu potencial, pois na escola sempre há uma recuperação, mas no futuro, em seu trabalho e em sua vida particular dificilmente haverá uma segunda chance.
Às vezes meus puxões de orelha são para te desafiar, espero que assim você queira mostrar para mim e para o mundo o melhor que você pode fazer.
Enfim, como já falei antes, faço dessa carta um convite, vamos melhorar nosso relacionamento? Me ajude a te entender e fazer da nossa escola o ambiente mais propício para você descobrir e construir seus sonhos.
