Tematica Caderno 6

Nucleo Regional de Foz do Iguaçu

Colegio Estadual Indígena Teko Ñemoingo - São Miguel do Iguaçu

Por muito tempo, a avaliação foi usada como instrumento para classificar e rotular os alunos entre os bons, os que dão trabalho e os que não têm jeito. O fato de ter uma prova bimestral, por exemplo, servia como uma ameaça à turma. Felizmente, esse modelo ficou ultrapassado e, atualmente, a avaliação é vista como uma das mais importantes ferramentas à disposição dos professores para alcançar o principal objetivo da escola: fazer todos os estudantes avançarem. Ou seja, o importante hoje é encontrar caminhos para medir a qualidade do aprendizado e oferecer alternativas para uma evolução mais segura.

A finalidade da avaliação além de verificar o conhecimento dos nossos alunos, se os objetivos do ensino-aprendizado foram atingidos, serve também para o professor analisar suas práticas pedagógicas e fazer as modificações necessárias. Nesta perspectiva, a avaliação possibilita ao educador compreender as dificuldades de seus alunos e diversificar suas metodologias.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas”.

Deste pressuposto, vale frisar o que Grizzi e Silva (1981) assinalam, isto é, que grande parte dos docentes não se preocupa em refletir sobre o método que empregam em sala para ensinar seus discentes e, depois apenas criticam os alunos por não conseguirem interpretar e produzir textos. Como profissionais, não podemos apenas pensar na reprovação como forma de concerto, nem na aprovação como forma de “desencosto”. Se o aluno for reprovado, o professor precisa estar convicto de que tudo fez para o estudante aprender e se caso passar (contra a vontade de outros colegas), é necessário que sustente sua opinião. Isto também é viável e é totalmente aceitável, pois estudamos para isso. Só o professor saberá se o aluno é capaz de seguir ou precisa repetir o ano para melhorar. É preciso ter coragem, sabedoria, paciência e reflexão para assumir a resposta em um conselho de classe. Muitos colegas não a fazem, não “batem o martelo” por ter insegurança no trabalho ou por não gostar das possíveis críticas.

Isso é muito importante, pois não devemos olhar para nossos alunos e dizer: - Nossa mas ele é tão "querido" não merece reprovar e a partir dai dar sua nota, ou até mesmo dizer ele merece pelo simples fato de me respeitar. Precisamos analisar nossa maneira de dar aula, e do aluno em compreende-la  a partir dai nos questionarmos se o aluno realmente esta interessado em aprender ou só a fazer um tour pela escola, sabemos que nem todos se destacam em todas as matérias, mas vemos o esforço que fazem para aprender.

Outro ponto importante é entender a avaliação como um processo capaz de avaliar o desenvolvimento intelectual em varias habilidades, e nao somente em forma escrita. Desta forma, utilizar de outras formas avaliativas se faz necessário e analisar também a questáo da autonomia no estudo.

Cipriano Luckesi diz que, "enquanto é avaliado, o educando expõe sua capacidade de raciocinar". Essa é a razão pela qual todas as atividades avaliadas devem ser devolvidas aos autores com os respectivos comentários.

REFERÊNCIAS GRIZZI, D. C. S.; SILVA, A. L. da. A Filosofia e a Pedagogia da Educação Indígena: um resumo dos debates. In: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO. A Questão da Educação Indígena. São Paulo: Brasiliense, 1981.

Texto Extraido da Internet

http://revistaescola.abril.com.br/formacao/avaliacao-aprendizagem-427861...