TEMÁTICA 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS - Professora Rosângela Gonçalves Silva - Colégio Estadual Lindoeste
Os estudos sobre o Pacto Nacional do Ensino Médio ocorreram no sentido de instruir, identificar, analisar e buscar soluções para a modalidade de Ensino Médio, no cenário atual brasileiro. Após as leituras propostas e discussões acerca de variados assuntos, algumas questões levam a pensar sobre a manutenção dos jovens no ambiente escolar a partir do entendimento das realidades deste alunado e da identificação das necessidades de vivência e trabalho nas quais estes passam.
Neste sentido, o Governo Federal aprecia o ensino integral, que contemple ciência, cultura, tecnologia e trabalho, dentro de uma perspectiva humanitária, garantindo os direitos educacionais e sociais a uma grande parte de estudantes brasileiros, principalmente nas regiões mais humildes do país.
moradia, á responsabilidade com filhos.
Em relação à formação integral do estudante do Ensino Médio, esta deve contemplar a realidade desse alunado. Problemas como a evasão escolar, a defasagem idade/serie e os indicadores da baixa qualidade do conhecimento adquirido são pontos relevantes neste processo.
Neste sentido, a prática pedagógica deve pautar na direção a resolver esses conflitos: uma educação que contemple o trabalho, ciência, tecnologia e cultura devem garantir subsídios para o seu desenvolvimento. As políticas públicas devem primar pelas garantias do cidadão em sua formação integral. A legislação deve permear pela real situação da educação, sem mascarar ou subtrair os erros históricos e atuais no processo educacional brasileiro.
A equipe pedagógica deve estar bem preparada, atuante e disponível, oferecer resistência as mudanças nada mais é do que um entrave para as potencialidades a serem adquiridas.
Outro aspecto a ser ressaltado denota ao futuro desses estudantes: garantir a continuidade dos estudos, boa formação e condições de construção de um futuro mais qualificado são importantes para criar nos discentes o desejo e mentalidade da educação enquanto aspecto norteador ao futuro do cidadão.
É fundamental conhecer as expectativas, anseios e dificuldades dos educandos os seus problemas, o que esperam da escola, dos professores. Trabalhar as diferenças com respeito as suas formas de comportamento vestuário, grupos, gostos, além de valorizar experiências, conhecimentos e suas individualidades, integrando com o educando na busca pelo entendimento das particularidades de cada um e tentar aproveitar de forma positiva suas atitudes e habilidades. Introduzir no educando a concepção de motivação na área educacional para que o mesmo se desenvolva no campo educacional e profissional.
Grande parte dos alunos do ensino médio pretendem cursar o ensino superior, com expectativas de obter uma carreira promissora, pensando em um futuro melhor. Porém, existe uma minoria que não tem expectativa em cursar uma faculdade pensam e conseguir um emprego ou ingressar em um curso técnico acessível e mais rápido. Neste sentido, é importante identificar alguns pontos que devem ser repensados e melhorados tanto na parte pedagógica quanto estrutural, no intuito de atender às necessidades destes estudantes.
A prática do professor vem de encontro aos anseios dos educandos, através da observação do meio , da leitura de mundo e do conhecimento prévio o qual oportuniza o professor selecionar os conteúdos que venham de acordo com o interesse e a realidade em que os jovens estão inseridos. Conteúdos significativos para sua formação plena, o PTD exerce seu papel articulador oportunizando reflexões, debates, diálogos permanentes, palestras, entre outros que permite reconstruir a relação do fazer pedagógico a partir de uma concepção mais ampla.
Dessa forma o educando e o professor relacionam os estudos com o trabalho viabilizando a interação com a ciência e as novas tecnologias, articulando vida cidadã com o mundo do trabalho, mantendo sempre formas de diálogo entre conteúdos ensinados por diferentes docentes e disciplinas.
Compreendemos que trabalho, ciência, cultura e tecnologia se instituem como um eixo a partir do qual se podem atribuir sentido a cada componente curricular e a partir do qual se podem conferir significado a cada conceito, a cada teoria, a cada ideia.
O trabalho interdisciplinar se apresenta como uma necessidade imperativa pela simples razão de que a parte que isolamos ou arrancamos do contexto originário do real para poder ser explicada efetivamente, isto é, revelar no plano do pensamento e do conhecimento as determinações que assim a constituem, enquanto parte, tem que ser explicitada na integridade das características e qualidades da totalidade. É justamente o exercício de responder a esta necessidade que o trabalho interdisciplinar se apresenta como um problema crucial, tanto na produção do conhecimento quanto nos processos educativos e de ensino.
Diante disso, sentimos a necessidade de implementar o currículo com atividades esportivas, artísticas, laboratórios de Química, Física, Biologia, com modernização e ressignificação dos ambientes educativos, melhoria dos equipamentos tecnológicos e de informática, realização de eventos como: Feiras, Mostras, Festivais, Olimpíadas, estabelecer aprofundamentos de temas, conteúdos, bem como realizar atividades externas à escola, como visitas a museus, zoológicos, dentre outros espaços, desde que as ações sejam decorrentes de objetivos e conteúdos curriculares e contribuam para o processo de ensino e aprendizagem e, consequentemente, à melhoria dos índices educacionais do Ensino Médio.
No cotidiano escolar, apesar da existência de muitos discursos e variada legislações que recomendam e amparam a gestão democrática das escolas, tem se observado na prática alguns distanciamentos maiores ou menores entre o que é proposto e o que ocorre de fato nas unidades escolares.
Dentre as ações de caráter patrimonialista presentes no interior da escola ou na relação desta com os pais e a comunidade, dois casos ganharam enfoque nos últimos tempos: recurso de reprovação e pedido de reclassificação. Em ambos os casos, os envolvidos nas ações - por possuírem maior esclarecimento acerca da legislação escolar vigente – recorreram junto a instancias superiores por decisões do colegiado referente aos alunos. Neste sentido, a autonomia da escola ficou em segundo plano, pois a legislação abre brechas e permite a reformulação das decisões, desconsiderando a informações prestadas pelos profissionais da educação.
Em relação a autonomia concedida e efetiva, alguns exemplos também podem ser identificados no ambiente escolar, tais como a questão financeira e o repasse de recursos, uma vez que a escola recebe do Estado os recursos necessários ao seu funcionamento. Entretanto, essa verba vem previamente destinada e estipulada à setores já definidos, não podendo ser empregada em situações condizentes com as necessidades gerais do contexto no qual a escola está inserida.
Já na questão da autonomia administrativa, a tomada de decisões nas escolas ocorre democraticamente, com participação coletiva, mas condicionada às determinações das legislações e diretrizes pré-estabelecidas pelos governos. O mesmo ocorre na autonomia pedagógica, onde o trabalho do professor pode ser planejado de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com as características da turma e com o contexto no qual tanto alunos quanto professores estão inseridos, devendo estar em consonância com as Bases Curriculares Nacionais e sendo por essa regido sem maiores flexibilizações.
A participação dos pais e da comunidade no contexto escolar, dentro da gestão democrática, se torna pequeno ao considerar as dificuldades que os mesmos tem em relação aos compromissos com as atividades escolares. Muitos justificam a pouca participação por falta de tempo, outros pelos trabalhos e alguns - numa visão cultural - não se sente importantes para participar das tomadas de decisão dentro da escola.
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