TEMÁTICA 7 - ATIVIDADE FINAL
COLÉGIO ESTADUAL OLIVO FRACARO - PROFª NEIRE MARIA MARCANTE
TEMÁTICA SETE - ATIVIDADE FINAL
Do processo inicial até o fechamento da primeira etapa do curso Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, muitas questões relevantes foram apresentadas e discutidas visando melhorias da qualidade do ensino para os alunos bem como sua permanência na escola. Assim, coube aos cursistas, antes de tudo, conhecer na primeira parte do curso o que era e a que se propunha o pacto, na sequência discutir quem são e como pensam os jovens que temos hoje em sala, rever o currículo como ferramenta base de ensino, as áreas ou disciplinas envolvidas e como podem interagir para fortalecer o nível da aprendizagem, conhecer e discutir a gestão escolar e como ela pode influenciar no bom andamento da comunidade escolar e por fim a avaliação ou as avaliações utilizadas no percurso como forma de visualizar a evolução do aluno.
Partindo do de uma visualização global do ensino público no Brasil, avaliamos a situação pessoal/familiar dos jovens. Se antes grande parte das famílias brasileiras eram o que chamamos de estruturas em torno de um núcleo composto pela presença do pai como progenitor do bem estar da família e em alguns casos a mãe surgia também com trabalho remunerado, e ao adolescente em idade de estudar caberia a tarefa de estudar e garantir uma vaga na universidade antes de pensar em trabalho. Hoje o quadro observado, principalmente no ensino médio noturno é bem diferente e possui aspecto irreversível. Grande parte dos lares brasileiros é formada pela figura da mãe e dos filhos. Os jovens se obrigam a ingressar no mercado de trabalho cedo para ajudar a manutenção do lar, e essa fase do início de trabalho coincide exatamente com o ingresso no ensino médio. Perante o cansaço de uma jornada de trabalho exaustiva e a possibilidade de continuar os estudos, normalmente o apelo imediato do salário fala mais alto.
A questão da necessidade de começar a trabalhar cedo para ajudar a família e o abandono escolar tem sido constantemente pauta de discussões e debates dentro da escola. Há ainda a necessidade de percebermos e levarmos em consideração as diferenças humanas e de que forma essas diferenças interferem no ensino-aprendizado dos alunos, pois muitas vezes precisamos descobrir e utilizar novos formas ou métodos de ensino para que a aquisição dos conteúdos de fato ocorra, porém, no cenário atual de turmas superlotadas, sobrecarga de professores e funcionários e ferramentas precárias e ultrapassadas na escola pública, torna-se quase impossível atender de forma adequada as individualidades de nossos jovens, ou seja, reconhecemos a necessidade de trabalharmos com a diversidade dentro da escola e estamos arduamente batalhando para que essa diversidade seja reconhecida como parte integrante da formação humana, porém não conseguimos ainda atender de forma digna as características individuais de nossos alunos.
Estamos vivendo um momento crucial na educação, em que muitos valores e aspectos estão sendo agregados ao ensino. Sabemos que a função primordial da escola é construir com os alunos métodos de ensino que desenvolvam seu conhecimento científico e o preparem para o mundo acadêmico e, posteriormente, deem possibilidades de desenvolvimento e suporte para que se tornem autossuficientes em suas escolhas, não podemos deixar de lado o aspecto humano do ensino, a importância de levar o aluno a reconhecer-se como um ser não somente racional, mas também emocional, capaz de compreender a trajetória do homem até os dias atuais e todas as escolhas que foram feitas para que chegássemos ao patamar da sociedade em que nos encontramos, assim como devemos sempre associar o que é ensinado em sala com o mundo do trabalho, de que forma os conteúdos ministrados terão relação direta nas funções desempenhadas por eles no trabalho e de que forma os conteúdos curriculares estão interligados entre as várias disciplinas escolares, sem que nenhuma delas possa ser dispensada.
Para a realização de todo trabalho exige-se material adequado e, quanto maior a qualidade do material utilizado, melhor o resultado, certo? Não necessariamente, pois além do material (tecnologias), é imprescindível o conhecimento de causa, ou seja, o saber, o domínio do que se faz e qual o objetivo a ser alcançado com o que se faz, e isso se aplica em qualquer âmbito da sociedade, em qualquer área de trabalho, porém se pudermos unir ambas ferramentas: tecnologia e cultura (conhecimento), provavelmente o resultado será de excelente qualidade.
A escola, como qualquer outra instituição pública ou privada, tem suas diretrizes e todo um complexo sistema de normas e regras, e, apesar de ser feita para contemplar seres humanos com toda sua heterogeneidade, acaba sendo “engessada” por tantos atropelos burocráticos que se torna difícil responder até onde podemos de fato interferir na escolha do que deve ser ensinado, já que muitas vezes as normas que orientam ou regem o sistema escolar já vêm prontas e não nos resta outra alternativa senão executá-las.
Com relação aos processos avaliativos houve já muitas mudanças, pois até pouco tempo atrás não se falava em adaptações curriculares, em observar o tempo e o limite dos alunos e avaliá-lo de acordo com sua própria evolução, então, acredito que já demos um grande salto no sentido de observar as especificidades individuais de nossos alunos, apesar de que ainda estamos distantes de uma avaliação ideal, em que possamos realmente medir o grau do avanço individual do aluno dentro de determinado prazo, observando como ele se encontrava quando o recebemos e qual o seu aproveitamento pessoal até o momento da avaliação, ou seja, toda avaliação, para ser real, deveria ser individual no sentido de única para cada aluno, observando suas habilidades e seu progresso, pois a forma massacrante como as avaliações são realizadas até hoje apenas cumpre o papel de preencher tabelas e formulário
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