Temática 4 -Áreas de Conhecimento e Integração Curricular - Colégio Estadual Esperança F. Covatti - Orientador: Vilson Lorenzetti

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TEMÁTICA 4 – ÁREAS DE CONHECIMENTO E INTEGRAÇÃO CURRICULAR

Os estudos da reforma curricular do Ensino Médio no Brasil, empreendida desde o início dos anos 90, busca a necessidade de se encontrar as razões das mudanças propostas, o modo como tem se processado a composição do discurso oficial que tem orientado a reforma, bem como refletir sobre os prováveis impactos que as proposições têm causado e ainda poderão causar sobre a escola e sobre a formação humana que se processa nesse nível de ensino.

A leitura do caderno IV, Áreas de Conhecimento e Integração Curricular e os princípios pedagógicos da interdisciplinaridade e da contextualização para a estruturação do currículo, nos mostra que dentro da nova proposta de reforma curricular do ensino médio, pretende-se um ensino interdisciplinar e contextualizado em oposição a um ensino com enfoque disciplinar, fragmentado e, segundo alguns teóricos citados, “sem contexto”. No entanto,muitas discussões poderiam surgir de um estudo analítico-comparativo desses documentos, pois alguns pressupostos desses documentos permanecem pouco claro aos professores. Um deles é em relação à construção do conhecimento e a adaptação do indivíduo ao meio que se confundem, pois a nosso ver isso poderia levar a um esvaziamento dos conteúdos escolares e, esse esvaziamento ocorreria na medida em que há um deslocamento da valorização atribuída à aprendizagem realizada pelo indivíduo sozinho em detrimento da aprendizagem pela apreensão dos saberes elaborados. Essa visão ainda não é esclarecedora para que possamos elaborar um plano de forma articulada entre os componentes curriculares, conforme proposta de ação do caderno IV, página 17. Ainda há que se estudar a relevância dessas práticas com base em uma abordagem didática, pois nesse caso são questionados os saberes escolares bem como as finalidades da escola, especialmente ao serem identificados com a necessidade de se colocar a escola em perspectiva. Ou seja, de pensar o projeto escolar para uma etapa posterior, para quando o aluno não estiver mais sob a tutela do professor.

A principal questão a ser discutida nesse momento, e para esclarecer dúvidas quanto ao que se espera do professor no ensino médio é a seguinte: O professor ao trabalhar com estes temas estruturadores pode eleger conteúdos que sejam significativos? Outra questionamento pertinente: nem todos os professores do ensino médio estão envolvidos nesse estudo, pois temos muitos professores PSS que não fazem parte do objeto de estudo, então, como uma minoria fará um projeto que será elencado à maioria? Como fazer um projeto como o sugerido anteriormente no cadenos de estudo na página 17 se temos um grupo mínimo de professores que não abrange a todas as disciplinas. Todos concordamos que nesse momento é necessário mais reflexão, não há como construir uma nova proposta para o ensino médio que não contemple uma análise crítica dos documentos oficias e das possíveis mudanças desencadeadas por esse estudo.