Temática 1: Os desafios que permanecem para o EM

PACTO DO ENSINO MÉDIO
Colégio Estadual João Manoel Mondrone – Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal.
Medianeira – PR
NRE – FOZ DO IGUAÇU

Temática 1: Reflexão X Ação para os desafios que permanecem para o EM.
Com base no estudo da temática 1, observa-se que as atitudes e  os acontecimentos históricos, no campo educacional, ante as transformações necessárias para que o progresso do país se concretiza-se. Sendo que somente quando os filhos de abastados precisaram de uma escola, é que nasce o EM, principalmente pela necessidade de formação de mão de obra barata, surgindo com isso os cursos técnicos, e assim as evoluções e o desenvolvimento do mesmo.
A partir da reconstituição histórica comprova-se que no momento em que se abriu a Escola para todos surgem as dificuldades como: evasão escolar, repetência, problemas familiares e sociais estourando na escola, a interferência profissional precoce ante a necessidade de sobrevivência imposta por uma sociedade capitalista, que estimula ao extremo o consumo.
Hoje o nosso desafio permanece na presença com comprometimento do aluno na e, com a escola com perspectiva para o futuro, para a formação profissional qualificada (tecnológica e ciência) e pessoal; deixando de lado a preocupação com dados, números e centrando-se na qualidade do profissional que é enviado ao mercado de trabalho. Faze-se necessário, também a urgência na aprovação no Congresso do Projeto de Lei 6.840/03 que reformula o EM. O que se espera hoje da escola segundo as DCNS é a formação humana integral do educando, pois o grande desafio é avançar na direção de garantir a educação de qualidade como direito igualitário de forma gratuita.
Salientando que os investimentos educacionais entre o passado e o presente são enormes (transporte escolar, material didático, tecnológico, profissional...) e mesmo assim, não há uma motivação para o interesse educacional, deduz-se que a forma como lhes é apresentada; não é atraente aos olhos do educando. Desta forma a escola se torna monótona e ultrapassada para uma juventude sem disciplina e objetivos; alienados ao capitalismo que prioriza o ter ao ser, nossos jovens não pensam e abdicam desse direito para o lazer e a comodidade.
Fato este que é facilmente comprovado após analise das planilhas de notas dos três turnos, sendo que: no período matutino, são alunos, na sua maioria, que não trabalham fora e com perspectiva de entrar no curso superior, são filhos de pais com melhores condições sociais e uma estrutura familiar estruturadas.
Já no período noturno, na sua grande maioria, são alunos que trabalham e destes com objetivo de frequentar o curso superior, mas se preparando para financiar ou pagar um curso superior pelo fato de concorrer a uma vaga para a universidade estadual, pois a concorrência é grande e não estão preparados, com conteúdos, segundo eles para disputar uma vaga.
Estamos muito atrasados em termos de qualidade, muito se cobra quanto aos resultados, mas poucos se importa com o que os alunos realmente estão aprendendo e como eles estão chegando às universidades.
Ofertar com maior frequência cursos de formação continuada com temas que favoreçam o trabalho interdisciplinar. Oferecer a educação em tempo integral, oportunizando um maior tempo de envolvimento entre os sujeitos e os saberes.
A contextualização com o conteúdo, com o cotidiano do ano, praticar a interdisciplinaridade com disciplinas afins, trabalhar com métodos de pesquisa científica. Preparação, adequada, do ambiente escolar. Investimento e aperfeiçoamento do profissional que trabalha com o EM. Reestruturação da educação no Brasil, começando pelas estruturas básicas desde a pré-escola, locais adequadas e investimentos nos profissionais sejam: professores, pedagogos, gestores e agentes educacionais. Amparo na regulamentação específica, na pré-escola, estrutura física e familiar...Somos reflexo da sociedade. Como mudar a educação se não tem projetos de mudança social? E assim sucessivamente até o EM.
Quando toda a sociedade “colocar” a educação em primeiro lugar, no grau de importância,como se comprova facilmente no discorrer dos discursos políticos e, sempre é a primeira méta nos projetos de campanhas eleitorais, na formação do cidadão para torná-lo em Sujeito.
Quando o governo cumprir com as promessas e as leis de melhorias educacionais, como por exemplo, a falta de livros didáticos, bolsas para estudantes na área da educação e formação e educação integral; quando à Hora Atividade, se der na pratica, para a preparação de aulas, Reformulação do EM sem retalhação. Para alcançar a formação  omnilateral  muito precisa ser feito, começando pela construção de novas escolas cujo ambiente físico seja adequado para a formação científica, tecnológica, humanística, política e estética. Dentro das escolas, nós educadores devemos trabalhar com base numa educação fundamentada nos saberes, visando também uma formação integral dos sujeitos e, não apenas para o mercado de trabalho. O educando precisa perceber-se sujeito de transformações, mudanças que irão remetê-lo a um futuro promissor construído por si e por suas escolhas.
Participantes:
Maria de Fátima Camargo Canavese,
Maria Helena Colin,
Mariana R. da Silva Martinelli
Patricia Zanesco,
Rafaela Reis,
Sandra Carra,
Solange Busato,

Medianeira – Pr  12/08/14