TEMA VII - Atividade Final

T emática VII - Atividade Final

Maria Cristina Recco
Col. Est. Alberto Santos Dumont
Cafelandia-PR
NRE: Cascavel/PR

Como princípio para que os sujeitos da escola possam sentir-se inseridos no processo educativo, podemos propor a utilização das ferramentas tecnológicas que estão disponíveis, como o uso de celulares durante as aulas de cálculo, tablets, gravações de apresentações artísticas nas aulas de arte, gravação de apresentações de dança nas aulas de educação física, apresentação de trabalhos e pesquisas audiovisuais, áudios de orientação, utilização de aplicativos para as aulas de língua estrangeira, dicionários on-line. A disponibilização dessas ferramentas, em sala de aula, pode trazer maior respaldo e melhor compreensão dos conteúdos por parte dos educandos, porém faz-se necessário treinamento para os profissionais da escola e maior investimento em políticas educacionais voltadas para essa finalidade. Sabe-se que a maioria dos alunos dominam muito bem o uso da tecnologia em redes sociais; contudo tem-se a necessidade de diversificar o uso desses equipamentos em sala, oportunizando a construção de novos conhecimentos  que ainda são pouco exploradas pelos alunos.

Já em relação às DCEs e às DCNEMs, podemos observar que essas convergem para o mesmo objetivo: a formação humana integral dos sujeitos, através da transmissão dos conteúdos científicos historicamente acumulados por meio das práticas sociais e culturais. As DCNEMs estão organizadas de modo que toda a atividade curricular do ensino médio se organize partindo de um eixo comum: trabalho, ciência, tecnologia e cultura – relacionando-se assim, por esse eixo, à universalidade da estrutura curricular. A partir daí as propostas distinguem-se no que diz respeito à organização curricular, integração dos conhecimentos e ao conceito dado aos conteúdos de cada disciplina ou área. É preciso assegurar que um conjunto de conhecimentos seja garantido, a partir da diversidade dos seus sujeitos. Algumas das sugestões para as DCE PR, não esquecendo a formação integral do aluno, seria repensar os conteúdos específicos de cada série e que esses servissem de parâmetro para todas as escolas; distribuir melhor o tempo na semana pedagógica para o planejamento em conjunto e por série, tratando as disciplinas de modo interdisciplinar, devendo contemplar atividades que possibilitem aos alunos um paralelo entre o seu conhecimento prévio, as problemáticas levantadas e o conhecimento científico que será trabalhado pelo educadores no decorrer do processo educativo. Também precisamos desenvolver técnicas metodológicas para que os alunos participem mais ativamente na construção do conhecimento. Poderia ainda ser assegurado aos professores cursos e/ou palestras com profissionais que nos auxiliem a enfrentar os desafios que se apresentam no cotidiano da escola.

Para que haja a compreensão e memorização dos novos conhecimentos construídos pela ciência, por parte dos alunos, que atualmente os veem de forma fragmentada devido à dinâmica das disciplinas, é preciso que o currículo, a estrutura da escola e principalmente o formato de sala de aula ofertem o conteúdo relacionado ao cotidiano, transpondo a sua realidade e observando a realidade global, lembrando-se de  articular  os conteúdos com as várias  disciplinas, destacando assim a importância do conhecimento científico produzido historicamente e sua relação com a prática social.

Sendo assim, podemos perceber que o trabalho tem um princípio primordial educativo, social e transformador, pois é através dele que o ser humano se apropria do conhecimento com a finalidade de melhorar a sua vida através da aprendizagem. Toda intervenção que o ser humano faz de forma consciente, para que sua realidade melhore, o faz através do trabalho e como resultado tem-se a cultura. O trabalho (práxis), é exemplo de que o aluno aprende melhor fazendo, logo, os conteúdos teóricos complementados com a prática é a certeza de que o educando realmente aprendeu. A prática é processo fundamental para que o desenvolvimento humano se torne completo, devido a isso, necessitamos de uma organização e instrumentos mais completos para fazer essa ligação entre teoria e prática tão necessárias à complementação dos conteúdos escolares.

A organização do trabalho pedagógico, priorizando a interdisciplinaridade e a socialização, engloba conhecimento e compartilha o aprendizado.

Na perspectiva escolar, a interdisciplinaridade tem como foco utilizar os conhecimentos articuladores em cada disciplina para reconhecer a valorização e o estudo de situações trazidas da vivência do aluno e do professor, de forma que os conceitos do cotidiano passem a interagir com os conceitos científicos permitindo a inter-relação e a configuração de novas aprendizagens.

A integração dos diferentes conhecimentos, abordados pelas disciplinas, pode criar as condições necessárias para uma aprendizagem motivadora com metodologias diversificadas e contextualizadas. Uma aprendizagem significativa pressupõe a existência de um referencial que permite aos alunos identificar e se identificar com as questões propostas. Para que tudo isso aconteça, é necessário que a proposta seja bem estruturada, que os professores tenham acesso a uma capacitação que os prepare para essa ação e que o tempo destinado ao planejamento seja efetivamente maior, pois a interdisciplinaridade exige, sem dúvida, um maior diálogo entre os docentes das diferentes disciplinas e um planejamento coletivo. É necessário também uma reestruturação do ambiente escolar, proporcionando um ambiente adequado com um número de alunos ideal para que ocorra a aprendizagem esperada. A junção de novas propostas e reorganização da estrutura escolar é o primeiro passo para a interdisciplinaridade. Além de um ambiente adequado para a aprendizagem é urgente um processo de inserção da comunidade escolar nas tomadas de decisões.

A Gestão Democrática é um processo importante na construção social e de percepção dos princípios básicos na formação de um indivíduo, onde, os mesmo podem ser interpretados teoricamente  e assim colocados na prática, fazendo valer o dualismo: teoria e prática social. Dela devem participar todos as instâncias colegiadas, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa, fiscalizadora e entidades representativas da comunidade, as quais buscam o fortalecimento da comunidade escolar. Por ser  um trabalho voluntário, a escola encontra dificuldades quanto à participação ativa dos integrantes. Porém, se a escola fizer  um trabalho de conscientização através de um diálogo mais preciso e acentuado com  capacitação (há possibilidadede novos participantes) com relação às suas funções e a importância  da participação das pessoas nas tomadas de decisões coletivas e que essas decisões reflitam na melhoria do bem comum e com ação fiscalizadora,  encontraremos melhores resultados na nossa comunidade escolar junto ao desenvolvimento e aprimoramento das ações educacionais.

Segundo Bordignon e Gracindo (2000), a gestão da educação é um processo político-administrativo contextualizado. Sob uma orientação democrática, implica a participação das pessoas nos processos decisórios, tendo em vista a construção e o exercício da autonomia. Como campo de forças que se confrontam e se equilibram (BARROSO, 2000), a autonomia aqui referida não é um fim em si mesma, mas um processo, uma construção.

Em nossa escola, a APMF busca ser atuante na construção do processo  de uma gestão democrática, onde todos participam das escolhas e decisões, quando, por exemplo, houve a mudança para os blocos no ensino médio, foi feito assembleia e colocado em  votação para que a comunidade optasse pelo ensino em blocos. Quanto ao Grêmio Estudantil, ele já foi um pouco mais atuante em semanas culturais e recreativas, mas no momento encontra-se “adormecido”, segundo alguns componentes da diretoria, diz-se faltar gestão democrática dentro do próprio grêmio, falta de professores e demais membros da escola acompanharem e oferecer oportunidades de formação e discussão com alunos do Grêmio. Acreditamos que é necessário uma formação adequada para que os nossos alunos  e nós, também, entendamos primeiramente qual o papel do Grêmio na escola e como ele pode agir de maneira efetiva e democrática sempre com participação dos envolvidos.

O Conselho escolar, como órgão consultivo e deliberativo, convocado de maneira extraordinária, para discutir e tomar decisões frente às problemáticas de ordem pedagógicas e disciplinares, bem como as ações planejadas no interior da escola, constituído por profissionais da educação e integrantes da sociedade, apresenta-se pouco participativo na questão pedagógica e por ser formado por voluntários, não sendo integrantes da escola, e por eles não terem ciência de alguns fatos, essas questões ficam a cargo da equipe pedagógica e  diretiva.

O PPP em nossa escola foi construído de maneira coletiva pela comunidade escolar com o compromisso de proporcionar um ensino e aprendizagem de qualidade , criando condições para a atuação da comunidade escolar, embasada em informações e princípios sistematizados e defendidos coletivamente, oferecendo suporte necessário para o trabalho consciente e efetivo no cotidiano escolar, onde todos os envolvidos com a educação têm como objetivo o ato de educar para o desenvolvimento pleno do ser humano.