TEMA: DROGAS NAS ESCOLAS

FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO
ETAPA II – CADERNO III
Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio

 

ARTIGO
TEMA: DROGAS NAS ESCOLAS

 

COMPONENTES:
Fabíola Ibiapina da Silva
Joana D’arc Costa Cunha Romildo
Jonas Rodrigues de Moraes
Luciana Ximenes Costa
Maria do Socorro Neves Loiola
Ricardo Andrade de Sousa
Risoleida Mauria Aragão Barbosa

 

 

CAMPO MAIOR-PI, FEVEREIRO DE 2015
INTRODUÇÃO

O período que constitui a adolescência se intensifica principalmente nas séries escolares que compõem o Ensino Médio. Dessa forma, podemos lembrar que é um período da idade humana, em que o adolescente está à procura de uma identidade, que possa representá-lo
como pessoa, sendo alvo de várias influências e novas experiências que poderão definir sua personalidade por muitos anos.
O contato com as drogas nesse período pode mostrar-se prejudicial, haja visto que estão por se conhecer ainda. O consumo de álcool, cigarro e maconha são os mais comuns neste período, não podendo esquecer que o consumo de crack, não apenas entre adolescentes do Ensino Médio, mas também nos mais novos, vem aumentando assustadoramente no contexto brasileiro das escolas públicas. A família tem a função de inserir seus membros na cultura, tendo direta relação de como o adolescente reage à variada oferta de drogas na sociedade, mais especificamente no âmbito escolar.

DROGAS NAS ESCOLAS

Durante um longo período, a abordagem do tema drogas foi considerada tabu nas es-colas brasileiras. A escola não é afastada da maior parte da sociedade e é preciso construir caminhos que aproximem ainda mais a escola e a sociedade.
Dos vários ambientes que requerem prevenção no uso de drogas, a escola de ensino fundamental e médio tem sido indicada como um dos mais propícios para ações desta natureza considerando-se diversas particularidades.
Primeiramente, o público atendido pela escola encontra-se em uma faixa de idade que corresponde, segundo as estatísticas, ao período da vida onde grande parte das pessoas começa a experimentar alguma droga. Desse modo, uma intervenção preventiva neste momento será muito mais eficaz no sentido de se interromper a tendência do usuário em prosseguir para outros níveis de utilização da droga em maior frequência.
Diversas características da adolescência têm sido elencadas como fatores de risco para o início do uso de drogas entre as quais podemos destacar a tendência de contestar o que é definido como correto e a necessidade de inserção no grupo social, de ser aceito.
Um outro aspecto importante é que a escola se constitui em um ambiente onde o adolescente passa grande período do seu dia e ali está ávido por coisas novas e aberto ao aprendizado, disposto a canalizar as efervescências pessoais para novas experiências.
Se por um lado estas constatações podem funcionar como fatores de risco ao uso de drogas, por outro, ao conseguir interceptá-las podemos encontrar formas objetivas de prevenir o uso de drogas.
A simples realização de eventos informativos como palestras por especialistas de fora, portanto alheios à realidade escolar não basta, pois já está provado que o simples fato de conhecer que determinado comportamento é nocivo não é suficiente para que o indivíduo abandone essa prática. Além disso, estas palestras esporádicas e descontextualizadas podem despertar curiosidades desnecessárias e funcionar como uma "droga" entorpecendo a direção escolar, anestesiando suas consciências e trazendo urna falsa sensação de "dever cumprido".
O trabalho com drogas pode vir a ser feito em três níveis: prevenção, repressão e tratamento. A prevenção divide-se em duas etapas: prevenção primária que procura desestimular a primeira experiência dos não iniciados e a prevenção secundária que busca prevenir o aprofundamento do uso experimental.
A prevenção coloca-se, portanto como imperativo desse processo já que o tratamento de pessoas já em dependência é longo difícil, aleatório e caro. Quanto mais precoce, de preferência antes do contato do jovem com a mesma, maiores são as possibilidades de eficácia da mesma.
Quando se considera a prevenção no contexto escolar deve-se dar ênfase no investimento da formação de profissionais qualificados, bem treinados e habilidosos para lidar com as demandas da instituição. Deve também buscar envolver o corpo escolar inteiro e colocar o adolescente como participante ativo do processo de elaboração dos projetos utilizando linguagem acessível e escutando o que ele tem a dizer sobre sua realidade.
Na impossibilidade de excluir as drogas do domínio social há que se trabalhar visando à construção de sujeitos mais preparados para enfrentar os problemas causados por elas.  A prevenção entraria, portanto como parte da formação dos sujeitos dentro do ambiente escolar.
As informações, como meio mais importante de prevenção, devem focar a qualidade de vida e não as drogas, o produto em si. Isso poderia surtir o efeito contrário, excitar a curiosidade dos adolescentes, tão ligado a situações desafiadoras. O processo de prevenção deve buscar abranger a qualidade de vida ligada aos hábitos dos adolescentes, englobando seus problemas e interesses.
O adequado enfrentamento dessas problemáticas exigiria políticas públicas que viabilizassem a construção de soluções que fossem colocados em contraponto com o “modelo do medo” e a “pedagogia do terror” que silenciam e excluem sem de fato proporcionar a devida formação de consciência relativa aos problemas aos quais as drogas podem estar ligadas.
O jovem acaba sendo colocado numa posição de fragilidade e muitas de suas capacidades e possíveis contribuições vem a ser ignoradas. Dessa forma, os trabalhos realizados no sentido de evitar o envolvimento destes com as drogas acabam sendo desvalorizados e perdem muito nos seus objetivos finais.

CONCLUSÃO

A iniciação dos jovens no mundo das drogas lícitas e ilícitas ocorre geralmente neste período da idade, quando a curiosidade e a necessidade de se ter uma identidade, levam os jovens a procurarem novos modos de se interpretarem, mudando seu consciente, para que, dessa forma, possam se identificar com variadas formas.
Outro fator importante para o consumo indiscriminado de drogas na adolescência é a formação dos grupos na escola, onde há, de forma clara, a influência gerada entre esses grupos para que haja, de certa forma, uma aceitação maior do adolescente para drogas tais como: cigarro, maconha, crack e cocaína, mas principalmente esta, ligada ao consumo do álcool, porta de entrada para esse novo mundo, o mundo das drogas.
Podemos entender que os fatores de proteção são de suma importância para o acompanhamento do adolescente na fase inicial da vida. Desde a convivência com os parentes, sendo aconselhado e apresentado ao mundo de forma a entender os efeitos nocivos das drogas, até a fase de “libertação” do adolescente, que consiste na fase do Ensino Médio, em que o adolescente torna sua atenção aos seus amigos na escola; sendo eficaz neste caso, o acompanhamento familiar, as amizades de seus parentes, e principalmente o acompanhamento escolar, visando observar possíveis condutas errôneas entre os jovens.