TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E SUAS IMPLICAÇÕES NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E SUAS IMPLICAÇÕES NA ESCOLA CONTEMPORÂNEA

Abilene Hosana Rodrigues Bianchi
Alice Mara Ferreira
Cibeli May Villalba
Daniele Souza
Fabiano Colman Barbosa
Lucas Chibinski
Prisciane L. Silvveira Teixeira
Rosy Mery Olveira
Telma Mara Bueno de Melo da Costa

INTRODUÇÃO

É difícil desenhar as tecnologias do futuro, mais quaisquer que sejam, caminham na direção da integração, da instantaneidade, da comunicação audiovisual e interativa. Vejo as tecnologias dos próximos anos com a facilidade com que repórteres e apresentadores de televisão, falam e compartilham uma tela a distancia, professores falarão e ouvirão os alunos, navegarão com facilidade de navegação e pesquisa que a internet nos permite, e terão a mobilidade que a telefonia celular, pequena e onipresente já nos propicia hoje.
Teremos aulas mais expositivas e outras mais participativas. Poderão ser feitas pesquisas em tempo real a distancia, visualizando os resultados e discutindo-os instantaneamente. O professor terá alguns recursos a mais de gestão, de apresentação, de acompanhamento dos alunos (gestão administrativa) e de avaliação.
Vejo o professor do futuro como alguém que poderá estar vinculado a uma instituição predominantemente, mas não exclusivamente. Participará de inúmeros momentos de cursos e outras organizações, de orientações de pesquisas em diferentes lugares e níveis.
Haverá programas que facilitem a gestão de grupos grandes e de grupos menores a distancia. O professor será multitarefa, orientará grupos de alunos, dará consultoria a empresas, treinamento e capacitação on-line alternando momentos, com aulas, orientações de grupos, desenvolvimento de pesquisas com colegas e outras instituições. 

DESENVOLVIMENTO

Podemos destacar algumas profissões que serão de extremo destaque em um futuro próximo, são elas: Engenheiros de rede, Gestor de segurança na internet, consultor de carreiras, especialista na preservação do ameio ambiente, especialista em ensino a distancia (EAD), entre outras. Embora tenhamos profissões distintas, todos os futuros profissionais das áreas destacadas, entre outras, deverão desenvolver competências, de maneira que possam estar integradas, suas habilidades serão testadas e exigidas em sua amplitude.
A junção de teoria e pratica será inerente em sua formação, à busca pela práxis será incessantes, assim como já ocorre, porém, com muito menos afinco por determinadas áreas de atuação, seja por falta de interesse ou por falta de apoio e estrutura em sua formação.
Os trabalhos em grupo terão destaque, o domínio de diferentes idiomas, das novas mídias, além de uma formação contínua e extensiva. As tomadas de decisões serão muito mais rápidas, extraindo dos profissionais alta capacidade de síntese e nova formatação de recursos na resolução de problemas.
A dinâmica nas relações interpessoais sofrerão consideráveis mudanças, as quais já estão em curso, à capacitação para trabalhar em grupo com indivíduos com perspectivas distintas será uma realidade cada vez mais intensa e real. As novas mídias interativas serão inseridas dentro do processo educacional, algumas já existentes serão ampliadas e desenvolvidas a partir de nova demanda e perspectivas didático-pedagógicas.
Computadores de mão, os chamados palmtops, serão cada vez mais comuns, aumentando consideravelmente a inserção de novos usuários utilizando essa ferramenta e todas as outras que possibilitem não só um maior armazenamento, rapidez, capacidade de processamento, mas também maior possibilidade de aquisição com preços acessíveis.
A partir da proliferação de novos moldes de interação através da informática, o compartilhamento de informações, e a integração de membros de um coletivo será cada vez mais rápida e precisa, onde as trocas serão algo permanente e em constante trânsito.
Essas novas possiblidades, sem dúvida alguma possibilitarão uma nova dinâmica na troca de informações, seja em redes coletivas ou individualizadas, onde a produção do conhecimento terá novos vetores para sua criação e desenvolvimento.
Teremos mais serviços disponíveis, redes criadas a partir de novos pontos de interação, laboratórios específicos, tecnologia inserida de maneira efetiva dentro dos espaços educacionais, onde o dinamismo das relações de troca de informação selecionada e processada levará a capacitação direta de novas produções acerca de vários conhecimento de maneira muito mais precisa e relevante.
Será inerente a todo professor consciente de seu papel enquanto mediador do conhecimento, traçar uma linha histórica a partir do inicio da sua formação até os dias atuais, para assim ter subsídios teóricos sustentáveis para que possa repensar sua atuação constantemente.
Só assim poderão observar e absorver a enorme gama de mudanças tecnológicas as quais precisam se adequar, é crescente a expansão de novas formas, sejam didáticas, metodológicas e de gestão, além de novas plataformas de interação pela qual os professores deverão estar capacitados para trabalharem.
Essa analise prévia ao longo de seu percurso como professor lhe possibilitará procurar novos modelos que estarão sendo oferecidos e assim domina-los. A quebra de vários paradigmas será de extrema importância, pois só assim estarão cientes da novas atitudes a serem tomadas.
Sabe-se que tal processo levará certo tempo, não conseguiremos pensar na quebra de tais paradigmas de maneira abrupta, precisaremos de trabalho conjunto, professores amparados pelas instituições educacionais, as quais também terão que rever suas atitudes acerca da politicas públicas efetivas para que tais mudanças aconteçam de qualitativa.
Muitos desses modelos já estão em pleno curso, onde observamos relações com muito mais abertura no que tange as possibilidades de interacionismo entre os membros participantes do processo educativo.
Deveremos pensar coletivamente que todas as mudanças tecnológicas relacionadas ao processo ensino aprendizagem passam pelo homem, e que tais recursos educacionais devem ter como principio a melhoria na produção do conhecimento e não apenas ligadas a atitudes isoladas e unilaterais.
O espírito de colaboração deverá ser radialmente revisto e ampliado, professores deverão trabalhar de maneira interdisciplinar, procurando associar os conhecimentos, principalmente nas áreas de correlação. Tais procedimentos só serão possíveis com a alteração na grade de formação das licenciaturas, atitude que já vem sendo feita por algumas universidades, adequando a formação dos professores em consonância com as novas demandas.
As distâncias serão encurtadas no que diz respeito à acessibilidade e troca de informação entre os envolvidos no processo de construção o conhecimento, o que exigirá de todos os profissionais envolvidos maior preparação.
É importante pensarmos historicamente como a escola no Brasil vem sendo tratada, desde os seus métodos didático-pedagógicos, até a formação dos professores e priorização de um ensino tradicional e quantitativo.
Essa barreira embora esteja sendo transposta de maneira gradual, ainda nos oferece grandes entraves no que diz respeito à implementação de novos modelos educacionais evolutivos e consequentemente qualitativos.
A massificação de conteúdos já é sabida por todos que ainda impera na escolarização dos alunos nos Brasil, essa dificuldade precisar ser repensada.
Esbarramos na severa falta de fomento efetivo na aplicação de recursos tecnológicos nas escolas, em alguns casos ela chega de maneira impropria e não é usada, pois muitos professores não tem a devida capacitação para sua inserção no meio escolar, além de vários entraves burocráticos que impossibilitam seu uso.
A ideia de mudança estrutural deve estar no cerne dessas alterações, politicas públicas efetivas precisam ser implantadas para que os professores, alunos, comunidade e todos os envolvidos no processo educacional tenha ciência da importância do seu papel dentro desse processo.
As escolas precisam de autonomia para a tomada de decisões, seja na realização de projetos, seja nas devidas alterações ou permanências físicas e orgânicas que o espaço escolar necessita. Será necessário um dialogo intenso entre todas as instancias envolvidas no processo, maior aproximação da academia, a qual ainda é feita de maneira insipiente. A inoperância do estado deixa claro o tempo que se perde em relação à implementação de uma politica educacional antenada com as novas tecnologia, não se trata de desumanizar a atuação do professor, mas sim dar-lhe uma gama maior de subsídios para que possa atuar no mundo contemporâneo.
A não efetivação de políticas públicas associadas a melhor formação dos profissionais da educação, acabará criando uma imensa lacuna entre o mundo tecnológico, as ferramentas proporcionadas por ele, e professores desmotivados e despreparados para atuar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebo que ainda há um grande “vão” a ser preenchido entre minha formação enquanto professor e as novas tecnologias, as quais se apresentam como reais possibilidades de dinamismo e melhoria qualitativa.
As mesmas devem ser apreendidas como um processo gradual e contínuo. Cabe a nós também lembrarmos que tais mudanças podem ser vistas como imposições de um mundo globalizado e também como exigências para uma nova tomada de decisão e quebra de modelos ultrapassados.
Porém, esses novos rumos só poderão ser tomados com apoio conjunto, o qual não é realidade nas escolas, salvo raras exceções, onde infelizmente o individualismo e a diluição das relações sociais, a qual em boa parte pode ser vista como um efeito colateral negativo do mundo globalizado, onde as pessoas não mais priorizam o afeto presencial.
Não podemos cometer o grande erro de achar que tudo o que foi feito até aqui deve ser drasticamente descartado, mesmo porque novas realidades só se apresentam a partir de releituras.
A organização hibrida, onde o ensino semipresencial já é uma realidade dentro das escolas e universidades, porém, devemos ter o cuidado com a desumanização do professor, algo de extrema relevância, não precisamos de profissionais robóticos, desprovidos de seus afetos e humanização, mas sim de pessoas devidamente preparadas para o enfrentamento o qual o mundo pós-moderno nos impõem, seja na área educacional como em outras áreas.

 

REFERÊNCIAS BILBILOGRÁFICAS
MORAN, José Manuel. Perspectivas (virtuais) para a educação.