Sujeitos do Ensino Médio Caderno II do Pacto
Colégio Estadual João Zacco Paraná – EFMP Município de Planalto – Paraná
Núcleo Regional de Educação de Francisco Beltrão
Participantes da formação do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
Caderno II – O jovem como sujeito do Ensino Médio
Reflexão e ação
A questão referente tema 1 - Construindo uma noção de juventude nos leva a refletir sobre “jogo de culpados” na escola e de como “virar este jogo” construindo novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes e questionando ainda se faz sentido a afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje, sugerindo algumas atividades que podem colaborar para o melhor relacionamento entre educadores e educandos, levando-nos a pensar quais outras iniciativas podemos pensar para ampliar o campo de conhecimento sobre quem são eles e elas que estudam e vivem a escola para buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser jovem é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas, o grupo coloca que a escola desde o seu princípio é um espaço para adquirir e transmitir o conhecimento e no tema em si, reflete preocupação em se saber administrar as diversas funções humanas neste ambiente escolar.
É nesse sentido que nos deparamos com o(a) jovem que procura sua real identidade com o conhecimento que lhe é oferecido durante a escolaridade do ensino médio.
Pensamos que a culpa pelos erros ou acertos independem da vontade, pois é um fator comum e sempre será daquele que gerencia o conhecimento e aqueles(as) que precisam adaptar-se ao ambiente oferecido. O jovem é um ser em formação, e portanto, cabe-nos saber lidar e administra o conflito que se instala diante do convívio das gerações.
O mundo evolui a cada dia e todos os envolvidos devem acompanhar e participar dessas mudanças culturais e a escola não deve ficar presa somente às normas institucionais, mas oferecer e compreender práticas diagnosticadas, por estes seres (jovens) que buscam crescer ou criar formas de aprendizagem mais simp´les e coerentes.
Para haver uma harmonia entre professor e aluno deve-se oportunizar várias atividades que integrem de maneira geral todos os educandos de forma concreta.
Nesse sentido propomos criar “uma trégua harmoniosa entre professor e aluno. Instigar os alunos sobre qual é a opinião dele referente ao que é necessário criar para haver um ambiente propício e produtivo para o ensino e a aprendizagem. Organizar oficinas que incentivem o protagonismo juvenil (teatro, coral, dança, música). Oportunizar gincanas com grupos mistos de professores e alunos para interagirem.
No entanto, sabemos de que essa transformação perpassa por vários fatores, tais como a cultura instalada por muitos de a escola é somente um espaço de passagem, ficando a importância da aquisição do conhecimento para segundo plano; todos os educandos deveriam freqüentar a escola em Tempo Integral, o que de fato possibilitaria oportunizar as atividades acima citadas, o que não se torna possível na atual estrutura do currículo.
Quanto ao Tema 2 – Jovens, culturas, identidades e tecnologias, nos relata que as pesquisas apontam que uma das coisas que os jovens mais fazem na internet é conversar e sobre a importância de propormos um diálogo com os estudantes na escola sobre as conversas na internet. Saber deles que o que se conversa pela internet tem “menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente.
O grupo considera que conversas sobre esse assunto é um exercício de aproximação com os estudantes e que é uma proposta interessante dialogar sobre as conversas que os estudantes estabelecem desde que seja no sentido de instigá-los a refletir quais sobre quais os conteúdos abordados, qual a necessidade e importância dessa forma de comunicação para a sua vida. Questioná-los sobre se o conteúdo da conversa pela internet ou na forma presencial pode ser de igual importância, por mais que nós acreditemos que a interação e o olhar nos olhos sempre tem mais valor.
Discutimos ainda sobre quais são as atividades além dos conteúdos trabalhados em cada disciplina que são desenvolvidas para que os estudantes sintam-se atraídos pela escola e além das que já acontecem na escola que outras atividades poderiam acontecer para que os educandos participem com mais ânimo da escola, ao que constata-se que são realizados Jogos, Festa Juninas, Shows Artísticos, Palestras Feira do Conhecimento. Ainda deveremos programar gincanas envolvendo alunos, profissionais da educação e famílias
Em relação ao Tema 3 – Projetos de vida, escola e trabalho, ao nos ser indagado de como nós, professores e professoras, podemos ser parceiros e coconstrutores de projetos para o futuro dos jovens e das jovens estudantes o grupo coloca que podemos sim ser parceiro e coconstrutores dos nossos jovens auxiliando-os a se conhecerem melhor, incentivá-los a experimentar suas potencialidades, descobrindo o mais gostam de fazer, aumentando sua capacidade de projetar e acreditar nos seus sonhos e desejos e também contribuir para que desenvolvam as capacidades para realizá-las.
Para incentivar os jovens estudantes a falar sobre si no presente e de seus projetos de vida futura, podem ser utilizadas diversas estratégias metodológicas entre eles o teste vocacional, que os leve a refletir sobre o que deseja ser, aproximar-se dele para ouvi-lo e valorizar o que exprime.
Consideramos bastante interessante a sugestão da troca de correspondência entre os estudantes com a mediação docente para abrir a possibilidade para o diálogo sobre as expectativas juvenis frente a vida, inclusive abordando a questão do trabalho que é um assunto da vivência cotidiana da maioria dos nossos estudantes, percebendo-se que a relação dos jovens com o mundo do trabalho não se estabelece de maneira igualitária e nem se resume a dimensão da necessidade. Para alguns a inserção no mercado de trabalho é considerado algo positivo, pois, observa-se que conseguem conciliar o mesmo com as atividades da escola começando a ser até mais responsável quanto a sua organização e aproveitamento enquanto outros priorizam o trabalho e não os estudos.
Referente ao tema 4 - Formação das Juventudes, participação e escola ao refletirmos sobre “e se todos os professores e professoras se perguntassem sobre o que os jovens e as jovens estudantes pensam e sentem sobre a escola de Ensino Médio? Seria possível surgirem desta abertura à escuta e ao diálogo, alternativas para a superação dos crônicos problemas de relacionamentos e realização da vida escolar que afetam o cotidiano de muitas escolas?”, o grupo conclui que acredita que sim. Certamente a abertura ao diálogo sempre traz muitos benefícios e não somente entre professores e alunos, mas em todos os relacionamentos. Através desta abertura é possível resgatar a confiança da maioria dos nossos educandos, ouvindo seus anseios, dificuldades, objetivos. Precisamos demonstrar que somos parceiros e buscamos os mesmos objetivos.
Consideramos bem interessante a ideia da carta, endereçada aos alunos. Pensamos que ao efetivar essa prática, conseguiremos resgatar a confiança, a parceria e a afetividade de grande parte dos adolescentes e jovens. A sugestão é usar o modelo publicado, dar a nossa cara à carta e elaborá-la pelo coletivo escolar numa reunião pedagógica. Ser lida nas salas de aula por um professor e após isso expô-la no quadro mural da escola.
Quanto a outros meios para abrir o espaço de diálogo entre educandos e educadores no sentido de encurtar distância entre os mesmos, sugerimos dar oportunidade para os alunos se manifestarem durante a entrega de boletins e/ou reunião de pais. Isso poderia ser através dos representantes de alunos orientados a manifestar-se sobre seus anseios, seus objetivos em relação aos estudos, para a vida..., inclusive, sugerindo mudanças que eles vêem como benefícios à todos.
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