Colégio Estadual Castro Alves – Ensino Fundamental e Médio – Enéas Marques
Professor Orientador: Daniella Renata P. Balotin
Professores Cursistas: Angela B. Cataneo, Angelita Cristine dos Santos, Cassiane dos Santos, Chana B. Marques, Charlene Meurer, Edson Luiz Flores, Elizangela Marcos, Evanize B. Gesser, Marlene Herculano Silveira, Thais Schmitz, Vilma B. F. de Souza, Viviane Zambon Romani.
Ao analisar a relação entre educação e juventude, não podemos esquecer que a educação é um direito e uma exigência para que os jovens possam compreender as transformações enfrentadas pela sociedade em que vivem e atuam. A representatividade desta população e sua participação no mercado de trabalho deve ter como parâmetro fundamental o acesso à uma educação de qualidade, pois sendo de grande importância para a formação dos novos cidadãos e de profissionais capacitados, inventivos, sujeitos capazes da transformação da prática social. No entanto, esta educação ainda não é garantida a todos os jovens, visto que muitos ainda não terminam o Ensino Fundamental e nem todos têm a possibilidade de concluir o Ensino Médio ou de chegar à Universidade.
Por isso, há um grande desafio a vencer em relação a educação, em especial no Ensino Médio, porém não adianta persistirmos em bater na tecla de procurar culpados, mas sim encontrar formas de resolver os problemas existentes. E aqui cabe discutir a relação professor-aluno, relação que nos dias de hoje está abalada, alguns jovens cada vez mais não tem consciência da importância da escola, do professor. O professor por sua vez, fica cada dia mais confuso, sem saber se desenvolve seu papel de “ensinador” (conhecimento científico, cidadãos críticos formadores de opinião) ou de educador de valores éticos, morais e sociais, o que até algum tempo atrás era dever e responsabilidade dos pais. A relação professor-aluno encontra-se em um problema até o momento em que os jovens entendam e reconheçam a escola como um marco na sua vida, seja na esfera acadêmica como na vida social. A problemática persiste até que professores busquem entender os jovens no seu modo de viver e quais são as suas expectativas em relação ao estudo. O diálogo, é essencial para conhecermos melhor nossa rede de jovens estudantes.
E de acordo com os resultados dos diálogos na sala de aula, a maioria dos alunos do Ensino Médio afirmam gostar da escola a reconhecem sobretudo como um espaço de socialização. É importante recordar que fazer parte de um grupo é um marco decisivo da juventude, representando um corte com a família enquanto única unidade grupal e de relacionamento. Porém, para alguns desses alunos a escola não é uma instituição que os seduza para o conhecimento e para o saber. Nestas circunstâncias, além de aumentar os índices de abandono e repetência, de alguns tempos para cá, soma-se a eles o desinteresse e expectativas de melhorar sua situação. Nossos alunos não tem resiliência, principalmente os menos favorecidos.
Por outro lado, a maioria destes alunos afirmam confiar na escola, sabem da importância da mesma para seu aprimoramento e projetar seu futuro, bem como conquistar seu espaço na sociedade. Também citaram que se sentem respeitados e acolhidos na escola e que esta instituição tem papel fundamental na sua formação humana, mas que o conhecimento deve ser mais contextualizado.
Ouvindo os relatos desses jovens podemos concluir que para superar estes problemas principalmente o desinteresse demonstrado pelos alunos é necessário repensar o currículo, o que é essencial e secundário, reformular as metodologias adotadas por nós nas salas de aulas, lembrando de que além de conteúdos, a escola precisa formar jovens para enfrentar desafios reais e garantir a universalização, igualdade de acesso, permanência e sucesso na sua aprendizagem.