“A juventude mudou! Tornou-se juventudes, no plural, assim como plurais são as formas de viver essa fase da vida nos dias atuais. O Ensino Médio precisa mudar para responder aos novos desafios da juventude. A mudança é um desafio” (Cavalcante e Souza.Ensino Médio- mudanças e perspectivas, 2010 p.7).
Devemos nos perguntar quais os objetivos do Ensino Médio? Deve ser mais voltado à qualificação profissional? Ou deve educar para a vida, numa perspectiva integral?
Conforme a LDB, no artigo 205, o Ensino Médio não se restringe a uma passagem para o Ensino Superior nem um caminho para a inserção profissional, mas tem uma função formativa, que visa ao pleno desenvolvimento da pessoa.
O sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas também é um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar (DCE, 2008). Esse sujeito, portanto, se constrói também nas relações sociais que ocorrem no ambiente escolar. Para ser capaz de compreender o mundo em que está inserido, o sujeito necessita de oportunidades de aprendizagens que, na educação formal, ocorrem a partir das aulas e das outras experiências educativas desse espaço.
Como nos adverte Brandão (2011, p.204), o grande desafio é trazer os jovens para a escola, fazer com que nela permaneçam e que concluam com sucesso o ensino médio. A educação precisa, cada vez mais, estar voltada para a formação e promoção do ser humano, o que implica tornar a pessoa mais capaz de conhecer os elementos da sua realidade para nela intervir. Enfim, uma educação socialmente inclusiva e de qualidade, que possa ensinar ao estudante que ele precisa "aprender a aprender", para que tenha condições de buscar o que necessita em diferentes lugares e contextos.
Realmente nos encontramos com um grande desafio!