A juventude se faz pela fase da adolescência e é marcada por transformações biológicas, psicológicas e de inserção social. Os jovens sujeitos do Ensino Médio nos trazem cotidianamente desafios para o aprimoramento de nosso ofício de educar. Entre esses desafios, encontra-se a difícil tarefa de compreensão dos sentidos os quais os jovens elaboram no agir coletivo, em seus grupos de estilo e identidades culturais.
A escola coloca-se, então, diante de um dilema, ao ser interpelada pela pluralidade das manifestações culturais juvenis, porem cabe a ela inserir essas culturas, respeitar, ser cidadã democrática.
E um dos maiores desafios que a escola está enfrentando hoje é que os jovens, em sua maioria, estão imersos na internet e ligados em seus celulares, redes sociais digitais o que são um capítulo especial nesse cenário e parecem ocupar boa parte das práticas sociais contemporâneas. De um modo geral, os jovens possuem maior familiaridade com as tecnologias do que os seus professores. E isso coloca em xeque a relação de poder e as hierarquias do saber na sala de aula.
As manifestações culturais juvenis, notadamente as que se fazem notar pelas mídias eletrônicas, podem e devem ser utilizadas como ferramentas que facilitem a interlocução e o diálogo entre os jovens, profissionais da educação
e a escola, usar as redes sociais como objeto de aprendizagem, inserindo assim a tecnologia entre muitos outros modos em sala de aula de forma saudável e produtiva.
Assim, à medida que nos aproximamos o contexto escolar, percebemos que há
muitas possibilidades de interação e compartilhamento com relação à escola, aos professores e aos próprios jovens que podem ser exploradas. Atividades interativas, além do estímulo ao diálogo, à organização autônoma e à produção coletiva também devem fazer parte do cotidiano escolar.