Somente o novo reconhece a novidade

Nem toda juventude, é só jovem.

Nem toda velhice, é só velho.

Que as aparências enganam, isto é um fato. Agora, reconhecer a aparência do nosso estado interior, isto sim não é tarefa fácil. Caso resolvesse fazer um teste, será que você, jovem de idade, é também, jovem em espírito? E você, não tão jovem assim em idade, qual seria sua idade em espírito?

Mário Quintana é quem dizia:

"Qualquer ideia que te agrade, por isso mesmo é tua.

O autor nada mais fez que vestir a verdade que, dentro de ti, se achava inteiramente nua.”

Veja, portanto, se as ideias nos versos do poema abaixo te agradam, e faça um teste acerca da idade do seu espírito.

Supomos que depois de ler a poesia, você também poderá perceber que somente quando se faz o novo, dentro de nós, conseguimos estar em alerta novidade, assim como a criança, para todos os milagres e maravilhas da vida, que nos rodeiam a todo instante.

Ser Jovem

A juventude não é um período da vida: ela é um estado de espírito, um efeito da vontade, uma qualidade da imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto da aventura sobre o amor ao comodismo.

Não é por termos vivido um certo número de anos que envelhecemos; envelhecemos porque abandonamos o nosso Ideal.

Os anos enrugam o rosto; renunciar ao Ideal, enruga a alma. As preocupações,
as dúvidas, os temores e os desesperos são inimigos que lentamente nos inclinam para a terra e nos tornam pó antes da morte.

Jovem é aquele que se admira, que se maravilha e pergunta, como a criança insaciável: e depois? Que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida.

És tão jovem quanto a tua fé. Tão velho quanto a tua descrença. Tão jovem quanto a tua confiança em ti e a tua esperança. Tão velho quanto o teu desânimo.

Serás jovem enquanto te conservares receptivo ao que é belo, bom e grandioso. Receptivo às mensagens da natureza, do homem, do infinito.

E se um dia teu coração for atacado pelo pessimismo e corroído pelo cinismo, que Deus então, se compadeça de tua alma de velho.

(Gen.  Mac’Artur)