SÍNTESES DAS REFLEXÕES DO CADERNO 3

 

COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO CARLOS GOMES          TERRA ROXA     PARANÁ

ORIENTADORA DE ESTUDOS: CÉLIA BARBOSA VILELA

TEMÁTICA 03

TEXTO COLETIVO

As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio aponta reflexão sobre o contexto e finalidade a etapa final da educação básica. Vinculadas ao Parecer 05/2011, este documento possui elementos bem definidos e aprofundados descrevendo os conceitos que são utilizados e o que significa cada princípio da educação, destacando as quatro dimensões: ciências, cultura, tecnologia e trabalho. Essas quatro dimensões não podem ser trabalhadas de forma fragmentada, precisam estar inter-relacionadas, integradas.
     O Estado do Paraná, propõem nas Diretrizes Curriculares do Paraná (DCEs) que, embasado na pedagogia histórico, tem o propósito de nortear as ações enquanto concepção de homem, de mundo, de sociedade, o papel da escola, visando trabalhar as necessidades do homem enquanto ser histórico em construção, as DCEs trazem orientações de como se dá o conhecimento dentro das diversas disciplinas que compõe o Currículo Escolar.  Assim o currículo esta dividido entre as disciplinas da base Nacional comum (obrigatória) e as disciplinas da Base Diversificada (a cargo da escola). Para isso trata da importância da interdisciplinaridade e prevê uma divisão de conteúdos por conta da organização - conteúdos estruturantes (saber maior) desdobrando os conteúdos básicos (específicos). E dessa forma, com esta estruturação, os currículos para o ensino médio, apresenta um caráter fragmentado, o que não tem dado conta dessa formação integral do estudante, que é proposta pelo mesmo documento orientador que preconiza que “Um currículo coerente só faz sentido quando envolve o conhecimento intelectual, ético e cidadão, na formação total desse indivíduo. Que tenha  por finalidade atingir em sua totalidade, integrando os conhecimentos pré-estabelecidos e o científico em todas as suas dimensões”. E isso se converte em árdua tarefa e cabe ao conjunto da escola ser efetivo e participativo na suas ações de trabalho coletivo entre a prática pedagógica, interdisciplinaridade e o conhecimento sistematizado. Todavia repensar o currículo, requer antes de tudo, uma análise critica da formação do jovem que temos ofertado em nossas escolas. Haja visto, que esta formação nem sempre tem propiciado ao educando condições necessários para o exercício efetivo de sua cidadania.
A elaboração desse currículo  para ser  construído de forma mais adequada e “atraente” deve manter ou levar em conta a base (raiz), trazida pelo educando e pertence ao seu cotidiano, desta forma, ele consegue aprender, absorver os conteúdos e estes se tornam mais atrativos e são apreendidos com maior facilidade, por fazer parte de sua realidade, para então, a partir desse, chegar ao conhecimento cientifico mantido nos currículos. Porém para que isso seja possível, a escola necessita de autonomia, o que, infelizmente, ainda não é uma realidade. Segundo os Documentos das Diretrizes, toda essa reflexão produzida na elaboração do currículo, assim como seu constante acompanhamento, busca suscitar no professor a reflexão sobre a própria prática, incentivar sua formação continuada e dar-lhe acesso à fundamentação teórico/prática, pra que tenha subsídios consistentes é úteis ao cotidiano da sala de aula.
Já possuímos clareza que é necessário elaborar um Currículo Integrado que supere as projeções fragmentadas, todavia este é um desafio muito complexo, na medida em que recebemos uma formação acadêmica fragmentada, direcionada a uma área do saber, como então propor um currículo articulador do saber? Diante deste questionamento, podemos inferir que o currículo escolar tanto do Paraná, quanto do Brasil só será realmente integrado conforme as universidades também elaborarem currículos integrados, por isso a alteração no currículo escolar, pressupõe necessariamente a mudança radical no modo de se produzir e fazer ciência. 
Nesta perspectiva, a Formação Continuada pode ser um recurso importantíssimo para orientar e auxiliar o trabalho dos professores. Mas também, temos a clareza de que essa forma de capacitação que a Seed nos oferece, não tem atendido todas as nossas expectativas. Além disso, não basta somente reformular o Currículo se este não for capaz de atender todas as necessidades vigentes. O mesmo deve ser seguido, de forma a conduzir/orientar o trabalho e  as práticas escolares tanto do professor quanto do aluno.
Sabemos que a prática interdisciplinar permite ao aluno relacionar diversas áreas do conhecimento tornando ao mesmo tempo uma aprendizagem significativa.