SINTESE GERAL DAS ATIVIDADES DO PACTO PARTE 1

SINTESE GERAL DAS ATIVIDADES DO PACTO PARTE 1
Conhecendo a Realidade Escolar

O professor para conhecer seu aluno ou sua clientela, deve vivenciar no mínimo de dois a três anos aquele aluno, para que se possa detectar os problemas do seu aluno, o baixo rendimento, abandono escolar, índice de aproveitamento é uma somatória.
A realidade há um grande fluxo de professores no dia a dia, assim como alunos em todas as cidades de médio e grande porte nesse país. “Nosso ponto de vista como professores, percebemos que a negligencia do aprendizado do aluno em primeiro lugar, já vem de família, onde a maior parte dos pais acham que sua responsabilidade perante o menor acaba ao assinar o termo de matricula do ano letivo.”
Passando para a irresponsabilidade do Estado e dos seus gestores que acreditam que a escola é responsável por inserir esses jovens na sociedade e principalmente no mercado de trabalho com um investimento ínfimo.

A padronização do Currículo.

Outro grande problema verificado nesse processo de educação está vinculado à padronização dos currículos e conseqüentemente esperar o mesmo resultado, em escolas inseridas em realidades diversas umas das outras.
Principalmente quando comparamos a educação brasileira com a educação em outros países mais desenvolvidos ou com uma realidade e compromisso maior por parte dos governantes e gestores.
As padronizações de currículo, por mais que pareçam uma excelente solução para a quantificação dos índices escolares, na pratica não refletem essas especificações pois, sevem apenas como índices classificatórios das instituições e dos estudantes. Servindo para qualificar a educação brasileira frente aos organismos internacionais.

O uso das mídias na escola.

O uso consciente da tecnologia na escola e nas salas de aula como material pedagógico de apoio é de extrema importância, pois, auxilia as disciplinas para apresentar conteúdos e discutir questões especificas do aprendizado, facilitando o entendimento por parte do aluno.
As aplicações praticas do uso da tecnologia contribui no ensino aprendizado da cultura, da história e auxilia a conhecer a realidade local dos Alunos, para entender e demonstrar como foi o processo de inserção das tecnologias na produção e reprodução cultural nas escolas.
Entender como e por que a tecnologia pode melhorar o acesso e o entendimento do conteúdo escolar voltado para a inclusão social, compreender as formas mais eficientes para uso das tecnologias em sala para apresentar a diversidade cultura brasileira, paranaense e local.

Os jovens e a diversidade das sociedades atuais.

Os Jovens do ensino médio possuem características físicas e biológicas de formas diversas, como ainda podemos afirmar uma diversidade social, política, cultural e genética.
Podemos afirmar que hoje existem diversas identidades étnicos raciais nas sociedades, como ainda uma grande quantidade de reconhecimento e auto reconhecimento de si mesmo e dos demais colegas.
Como podemos lidar com toda essas diversidades existentes no colégio e nas salas de aula? podemos afirmar que isso exige um exercício aprofundado de concentração e leitura social, para percebermos e aceitarmos essas diversidades, analisando pelo ponto de vista sociológico, filosófico e antropológico.
Portanto, afirmamos que as dificuldades estão postas, pois apenas reconhecer as diversidades já exige bastante empenho. Ainda mais se buscarmos compreender um exercício de direitos e igualdades onde a sociedade sempre existiu e configurou-se de uma forma desigual. Diferenciando os membros da mesma sociedade.
Mas hoje, uma das tarefas principais dos cidadãos é reconhecer as diversas identidades raciais, culturais e sociais. Para que haja de fato um reconhecimento dessas diversidades e desigualdades, para que ocorra de fato uma inserção desses indivíduos nas sociedades.
Não se trata apenas em identificar as desigualdades, mas sim compreender as diferenças para promover uma inclusão, uma igualdade entre os jovens. Essas desigualdades apresentam uma ordem social, mesmo que já superadas historicamente, precisamos perceber que as desigualdades ainda persistem.
Importa para nós Professores (as) Equipe Pedagógica e Funcionários Públicos da Educação e da Escola, perceber como essas diferenças são tratadas e valorizar as diferenças, mas enfrentar as desigualdades e propor uma igualdade de direitos.

As Diretrizes do Ensino Médio: E a Educação integral emancipadora.

Acreditamos que o processo formativo e educativo esteja alem das salas de aula, no entanto o ensino deve estar centrada na realidade do estudante, para que este possa utilizar os conhecimentos acumulados quando necessário. Sabemos ainda que o professor é um dos responsáveis pelo processo de repasse dos conteúdos historicamente denominado como fundamentais pela LDB, DCNEM e DCEs.
Em 2011 o Conselho Nacional de Educação divulga um parecer que aponta as finalidades do ensino médio no Brasil. Entre eles, podemos destacar o eixo interligador do currículo voltado para o trabalho, ciência, tecnologia e cultura, devido possibilitar um dialogo entre as diversas áreas, a escola, o estudante e a sua realidade social. Levado em consideração a questão de trabalho, direitos humanos, da consciência ambiental e social.
Ao longo de 2004 e 2008 os profissionais da educação do estado do Paraná debatem e organizam as Diretrizes Curriculares de Educação do Estado. (DCE) apontando como delineador a função social da escola publica orientada como uma organização político-pedagógica com o objetivo de construir uma sociedade mais justa, onde oportunidades educativas sejam iguais para todos.
Ou seja, a escola hoje tem como objetivo contribuir na construção de uma sociedade mais justa servindo para transmitir o conhecimento acumulado e garantir a perpetuação do sistema educacional, voltada basicamente para a integração das diversas áreas do conhecimento. Onde as integrações entre as disciplinas e o conhecimento pratico, se faz de estrema importância.
Complementar a isso ainda temos as Propostas Pedagógicas Curriculares (PPC) como uma ação coletiva disciplinar, um Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola definido coletivamente pela equipe escolar e um Plano de Trabalho Docente (PTD) que leva em consideração esses aspectos, como uma tentativa por parte de alguns profissionais na formação do estudante. Preparando os alunos, estudantes para uma ação real na sociedade.
Pensar uma educação voltada para a ação real dos estudantes frente a uma formação humana integral, necessariamente pensamos na autonomia intelectual e moral do estudante, mas para isso, devemos propiciar uma educação/formação critica e emancipatória, partido das bases da educação, promovendo e incentivando a disposição para buscar conhecimentos e o gosto pelo saber.
Ou seja, devemos fazer grandes mudanças no sistema educacional, partido das leis regimentais até os materiais de apoio pedagógico e própria consciência da função social da escola. Coisas talvez difíceis pelo atraso educacional que estamos inseridos, pelo descaso dos nossos governantes e ainda pela indisposição do Estado para que isso de faro aconteça. Pois, sujeitos esclarecidos e críticos questionariam certas coisas que nossos representantes que norteiam a educação e o processo educacional ficariam apreensivos.
Na pratica, a teoria de integração curricular a partir das dimensões do trabalho, da ciência, da tecnologia e cultura na pratica escolar, tende a ficar apenas na teoria. 

Interação entre indivíduos nas sociedades.

Sabemos que as interações entre alunos e indivíduos das sociedades para que ocorra um avanço pessoal, profissional e cultural.  Mas acredito que este currículo interdisciplinar possa prejudicar ainda mais os avanços da educação.
Pela falta de domínio do conteúdo de alguns profissionais da educação. Sei que é uma tarefa desafiadora, mas será que estamos preparados para assumir mais esse papel dentro da estrutura educacional?
Sinceramente acredito que a educação precisa de reformas urgentes e isso pode servir de pretexto para as possibilidades de reformas. Mas, não podemos esquecer que essa visão de totalidade vem sendo exposta como proposta de reforma do sistema educacional já viciada na partição fragmentada dos conteúdos. Ainda que esse total domínio dos conteúdos sugerem um nivelamento por cima ou bastante esforço do professor para fazer um bom trabalho educacional formativo.
Sabemos que é praticamente impossível para o aluno do ensino médio desligar-se dos problemas do dia a dia ao adentrar no colégio. pois, muitos destes estudantes já são responsáveis pelo sustento da família onde o trabalho se faz extremamente necessário para a vida social.

A imposição da gestão colegiada e democrática.

A gestão colegiada é em muitos casos por sua vez democrática, mas em alguns casos essa questão da democracia fica apenas no papel ou na vontade individual dos nossos representantes.
Sabemos que a gestão democrática contribui para o melhor andamento do processo de ensino dentro da escola, mas tenho duvidas se essa gestão sendo aplicada de forma universal possa contribuir para a melhoria do processo educacional como um todo.
Algumas decisões possuem mais importância para um grupo que outras decisões. Portanto, algumas dessas decisões devem ser priorizadas por um grupo colegiado daquele setor preferencialmente. E quando acreditamos que gestão democrática é a união de todos os indivíduos em prol de uma única decisão caímos na contradição dos interesses dos membros dos colegiados
O que parecia ser uma solução acaba sendo um grande problema de discussões internas se esquecendo das reais intenções de nossos governantes em impor uma suposta gestão democrática, ao mesmo tempo que suprimiu um processo de consulta democrática dos nossos “diretores” representantes das escolas, eleitos pela vontade popular da comunidade escolar
Parece meio estranho que nesse momento histórico do Paraná que a gestão democrática seja impositiva pelo governo não democrático. Ou não aberto a conversações relevantes ao processo educacional

Função da avaliação interna e externa.

Enquanto a avaliação interna tenta diagnosticar o processo de aprendizagem do aluno com meios coercitivos de sujeitos a reprovação caso não atinjam a média proposta. A avaliação externa, sem essa obrigação ou compromisso do aluno,  vem para contribuir ou regulamentar equiparando o ensino de varias partes do Brasil. Estão querendo atribuir ao sistema avaliativo de hoje o fracasso do aluno. Mas sabemos que o suposto fracasso do aluno, está muito alem dos diagnósticos escolares apresentados na avaliação a larga escala.
Sabemos que avaliar bem os alunos é um dos maiores desafios para o trabalho educacional, uma vez que esta avaliação pode demonstrar os avanços do processo educacional. As avaliações internas estão sujeitos a uma gama de valores que o professor da disciplina elenca para verificar se o estudante tem condições de aprovação devido ao processo de medição realizada na avaliação interna e diagnostica. Podendo ser oral, escrita, por atividades de acompanhamento, por questões abertas que refletem a capacidade de argumentar ou por questões fechadas que medem a capacidade de memorização e acompanhamento da aprendizagem.
As avaliações externas ou a Larga Escala podem ser: ENAD; ENEM, INEP; PROVA BRASIL; SAEB; Provas como essas, não medem o que os alunos sabem nem o que eles aprenderam no decorrer do período, o propósito delas é determinar e estabelecer uma suposta ordem de aproveitamento entre os indivíduos e processo educativo das escolas examinados. Este tipo de avaliações com pouco empenho dos estudantes por não ser em sua maioria obrigatória, medem a capacidade de recordar procedimentos matemáticos ou de reconhecer um resultado quando existem múltiplas escolhas.
Pois seus resultados servem para medir como o sistema educacional está estruturado. Percebendo a diferença entre ser avaliador e ser executor dentro dessa tarefa educacional do estado.
Mas sugerem uma forma educacional diferente com conteúdos diferenciados para os diversos públicos principalmente referenciando a questão financeira como sendo uma das primeiras caracterizações para diferenciar o estudo e métodos utilizados.
Percebendo a LDB, fica claro o papel da escola como processo formador do estudante voltado para a Cidadania e Para o Trabalho, principalmente referenciando a formação tecnicista.
Portanto, a atuação do avaliador e da avaliação escolar com seu retorno é imprescindível na ajuda aos professores no seu desempenho na sala de aula, na formação educação do estudante. Portanto, sua função é contribuir no processo pedagógico. E avaliativo acompanhando o processo avaliativo com parâmetros e controles de forma mais padronizada.
Por outro lado se avaliar de forma superficial que nos cobrará será a sociedade em geral quando esse aluno ingressar na universidade As avaliações são os organismos capazes de possibilitar o entendimento dos avanços obtidos e corrigindo os equívocos encontrados no processo de ensino e aprendizagem. Melhorando o sistema avaliativo diagnóstico e consequentemente o processo educacional. Mas de ambos os lados estamos errados e somos considerados culpados pelo fracasso escolar.
Se avaliarmos com seriedade o rendimento escolar, nos deparamos com um grande numero de alunos sujeitos a reprovação pelo pouco aprendizado demonstrando os limites da educação publica. Por outro nos deparamos com baixos índices comparados com o ensino particular e os aproveitamentos para nível superior.