Síntese final
Col. Est. Orlando Luiz Zamprônio - Santa Lúcia - Pr.
Orientadora: Ivone Tristone. Professores: Adelia Liris Simon, Catiane dos Santos, Jaimer Tonidandel, Ionara B. Valdomeri, Marli A. de Marchi, Odete Preto Defante, Oneide Maria Maldaner, Renato Tonidandel e Sirlei Maria Valdomeri.
Síntese final das atividades da 1ª etapa
Após refletirmos sobre o histórico do Ensino Médio no Brasil, percebemos que o jovem educando é sujeito na construção de sua própria história e tem como função, se preparar para a vida, seguindo regras e disciplinas, porém por viver numa fase de conflitos onde às vezes é tratado como adulto e outras como criança, confundindo assim sua própria identidade.
Alertas a isso, nós professores precisamos ser instrumentos de apoio para que as novas descobertas sejam pontos positivos para que os jovens sujeitos do Ensino Médio nos tragam novos desafios para o aprimoramento de nosso trabalho.
No dia a dia o jovem está diretamente ligado à tecnologia e essa revolução tecnológica, traz uma enorme quantidade de informações, mas nem sempre se transformam em conhecimento e, por isso, é importante nos aliarmos à tecnologia e assim aprimorar os conhecimentos e poder interagir melhor com os alunos.
Outro problema que percebemos é que muitos de nossos alunos precisam conciliar o trabalho com o estudo devido a classe econômica, sendo que, por esse motivo, principalmente no período noturno já chegam cansados e sem ânimo para estudar, onde muitos abandonam a escola, dando prioridade ao trabalho para garantir sua própria sobrevivência.
Percebemos ainda, que a organização curricular do Ensino médio é caracterizado pela fragmentação do conhecimento nas disciplinas de modo a valorizar algumas áreas do conhecimento, esta deveria estar voltada para a formação humana integral, englobando o trabalho, ciência, cultura e tecnologia. No Paraná, as diretrizes também contemplam esses eixos, tendo como principal objetivo a formação humana e integradora para a compreensão de todos os eixos independentemente da sociedade, fazendo da pesquisa eixo norteador do Ensino Médio. As DCE constituem-se no principal documento orientador do currículo. Estas concebem os fundamentos curriculares para total inserção da função social da escola expressa mediante uma práxis pedagógica determinada e intencional. Segundo as DCE, essa práxis deveria ser orientada para assegurar aos sujeitos da escola pública o acesso pleno e democrático ao conhecimento historicamente construído e sistematizado, assim como aos meios necessários para a elaboração de novos conhecimentos.
E com isso a evolução dos resultados somente será possível a partir de um envolvimento de todos os envolvidos na escola, trabalhando de maneira integrada e ainda, criando na escola uma forma de premiação a alunos e professores, mas especialmente a todos os alunos que atingirem os objetivos propostos, procurando assim despertar mais o interesse e a dedicação de todos os educando e como consequência também dos professores. Mas a separação do conhecimento em grandes áreas foi impulsionada pela visão mecanicista de mundo, de Descartes. Ao propor o problema do conhecimento, determina dois campos de conhecimento totalmente separados, totalmente distintos. Tais campos distintos foram reconhecidos como sujeito e objeto, e neles, “Descartes baseou sua concepção da natureza na divisão fundamental de dois domínios independentes e separados – o da mente e o da matéria.” Essa separação dualista influenciou os processos de aquisição, construção e disseminação do conhecimento, e a separação entre sujeito e objeto permaneceu como forte característica do desenvolvimento científico. A formação de um currículo separado em disciplinas foi impulsionada também pela política de fragmentação do processo de produção industrial ocorrida no final do século XIX.
É pela ação vital do trabalho que os seres humanos transformam a natureza em meios de vida. Essa é a condição imperativa, socializar o princípio do trabalho como produtor de valores de uso, para manter e reproduzir a vida. Na sociedade cada vez mais complexa em que vivemos, cabendo à escola formar pessoas com condições para nela atuar, e parece que a educação pela pesquisa pode ser um meio de promover no sujeito aprendizados que possibilitem o “desenvolvimento da autonomia intelectual, da consciência crítica” (DEMO, 2003, p. 86), envolvendo também a capacidade de questionamento e de intervenção na sua realidade.
A gestão democrática deve ser participativa, sendo que todos devem acompanhar o processo, pois os mestres, os agentes educacionais e a APMF, auxiliando o gestor a definir as melhores ações dentro do ambiente organizacional e escolar.
A escola precisa agregar as redes de apoio, principalmente a família, criando ambientes e momentos que motivem a participação dos pais e alunos, com suas opiniões quanto à forma de avaliação, didática e metodologia em sala de aula, administração dos recursos visando a participação de todos na gestão.
Fazendo uma análise com professores de outras disciplinas como educação física e português, entendemos que a participação dos alunos nas atividades físicas e esportivas têm sido ineficiente. Da mesma forma, a falta de dedicação nas atividades teóricas, principalmente com o pouco estudo antes das avaliações individuais internas, organizadas pelos professores, também é notória.
Quanto ao processo de avaliação em si, entendo que ela se caracteriza verdadeiramente através de um processo diário, contínuo, mas ao mesmo tempo flexível em relação aos educando, pois, é importante conhecê-los, tanto em sua convivência social, familiar, cultural, bem como de trabalho.
O projeto político pedagógico da escola, estabelece que devemos realizar uma avaliação contínua, cujas notas de referência devem ser atribuídas com valores entre zero( 0 ) e dez( 10 ). As avaliações são realizadas de diversas formas, ou seja, trabalhos individuais e em grupos, pesquisas no laboratório de informática e biblioteca, participação de atividades em sala de aula, bem como, avaliações escritas e ou orais individuais.
Quando da necessidade de se definir a situação de algum aluno quanto ao seu rendimento escolar, o conselho escolar tem papel importante e poder soberano no que diz respeito à aprovação ou não do educando.
De maneira geral, os dados referentes ao rendimento escolar têm causado grande preocupação por parte dos docentes e equipe pedagógica, pois os mesmos têm sido abaixo do esperado e da média nacional e, já estão sendo feitas várias propostas de ações diferenciadas para melhorar esses rendimentos.
No que diz respeito às avaliações externas, entendo que elas são de extrema importância, visto que buscam comparar a realidade da escola em relação às demais. Não temos uma forma própria, que seja praticada só pela escola para analisarmos o rendimento escolar, a não serem as avaliações internas, por isso observamos os resultados do IDEB, PROVA BRASIL E ENEM.
Diante desses resultados, não muito positivos, a escola aumentou o empenho quando da elaboração dos planos de ensino, procurando observar cada vez mais as matrizes de referência do ENEM, buscando posteriormente avaliar em conjunto com a equipe pedagógica, os resultados que foram obtidos.
Finalmente, entendo que a evolução nos resultados dos rendimentos escolares, só serão atingidos com sucesso quando criarmos, na escola, uma forma de premiação a todos os alunos que atingirem os resultados mínimos propostos, pois precisamos despertar mais o interesse e a dedicação dos nossos educando e como consequência, também dos professores.
Devemos ainda, sempre ter uma preocupação muito grande com os processos de avaliação, pois eles devem estar muito mais voltados para a criança, a partir do momento em que precisamos analisá-la e conhecê-la bem, do que apenas para o professor. É claro que uma avaliação bem feita fará com que o professor também possa melhorar as suas formas e métodos de trabalho. Por isso a avaliação deverá sempre ser constante, contínua e permanente para que consigamos conquistar a confiança do aluno e fazer com que ele entenda, conheça e respeite os métodos avaliativos.
É importante também, analisarmos os índices das avaliações externas como o ENEM, o IDEB, a PROVA BRASIL entre outros para compararmos o desempenho escolar em relação a outras escolas, visando melhorar os métodos de trabalho, melhorando assim os resultados.
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