Responsabilidades e ações da aplicação PACTO
O trabalho de estudos desenvolvido pelo grupo, foi de estrema qualidade, responsabilidade, competência e coerência entre todos do grupo, e repassado na integra a esta atividade final. PARABÉNS ao Grupo. de Estudos Dr. João Cândido Ferreira. 2014 - fase I
Tutora
Marcia Regina Refosco
Caderno I - PACTO
1 -O Ensino Médio de caráter propedêutico destinado aos estudantes da faixa etária denominada “regular”. É nessa forma que se concentra a absoluta maioria das matrículas. Quase 8 milhões de alunos, sendo 7 milhões destas estão na escola pública, conforme o Censo Escolar 2010 (BRASIL,2011). São grandes desafios para escola pública já que há maior concentração predominante é da escola pública. E conforme Censo Escolar vem gradativamente caindo ano a ano conforme Tabela I – Comparação de matrículas por modalidade de Ensino Médio – Brasil 2011-2012, pag. 27 do Ensino Médio e Formação Humana Integral Caderno I Etapa I.
Em cada quatro alunos matriculados, um não tem sucesso em ser aprovado para a série seguinte ou não conclui o ensino médio. Os que apenas trabalham quase metade da população entre 18 e 24 anos e apenas 15,5% estudam e trabalham, condição frequentemente leva ao ensino noturno e ao abandono precoce. Como afirma MORAES KRUPPA, 2013 Boa parte dos jovens que apenas trabalham são os mesmos que não completaram o ensino médio.
O trabalho é uma questão para os jovens brasileiros. “O trabalho também faz a juventude” Corrochano et al.(2008), ao contrário implica admitir que a construção da condição juvenil decorre de um complexo de valores sedimentados sob o ponto de vista social e histórico, e que, no Brasil, uma alteração desse quadro deveria ser a expressão de mudanças estruturais mais substantivas que atenuem as profundas desigualdades sociais, submetidas a processos de longa duração (SPOSITO, 2015, p.106).
O sistema educacional voltado exclusivamente para jovens que somente estudam? E para o outro contingente dos que vivem outra experiência do trabalho na adolescência e na juventude? Impõe em direção oposta em relação àqueles que só estudam, conforme os dados oficiais citados.
2 – O grande desafio é garantir, e avançar o direito igualitário de todos de forma pública, digna, e com qualidade. Um Sistema Nacional de Educação que efetive os sistemas de políticas públicas educacionais, relativas a vida social como saúde, economia e trabalho, cultura, ciência, tecnologia e meio ambiente, nos planos nacionais, regional e local viabilizando o regime de colaboração entre todas instâncias (federal, estadual, municipal) e o desperdício de recursos públicos. Na verdade garantir uma base igualitária a todos. Com uma formação humana integral pautada em transformações sociais, políticas e culturais necessárias em uma sociedade única - “igual para todos”.
Na nossa escola no período Noturno o aluno de Ensino Médio, pelos dados constatados 100% dos alunos é trabalhador, com objetivo de auxiliar nas despesas domésticas e criar a sua própria independência financeira. Necessidades dessa população de jovens do Ensino Médio no auxilio/aumento da renda familiar, e também a exigência dos empregadores no aumento da carga horária semanal/horas extras causa o desinteresse dos alunos pela escola e ocasiona a evasão escolar, a perspectiva do acréscimo no salário mensal de imediato cria maior interesse. Uma das principais justificativas dessa população escolar.
E o trabalho é princípio educativo em seu sentido criativo quando compreendemos como mediação entre o homem e a natureza, elemento da produção da existência humana. Dessa forma, é nessa busca de produção da própria existência que o homem gera conhecimentos, os quais são histórica, social e culturalmente acumulados, ampliados e transformados. Diante disso o grande desafio para o nosso Ensino Médio é construir a “travessia” da sociedade desigual, contraditória em que vive. Uma luta contra as desigualdades e o favorecimento da universalização do EM público, sob responsabilidade do estado e com qualidade socialmente referenciada, tendo como eixo trabalho, ciência, tecnologia, cultura.
3- É fundamental o nosso envolvimento nesse processo, lutando pela melhoria das condições de trabalho, através da apropriação dos conteúdos das DCNEM para juntos contribuir para a materialização da escola pública. Uma política pública capaz de redistribuir e de retirar do mercado de trabalho, formal e informal, todos as crianças e jovens até idade legal de conclusão do Ensino Médio, e que pressupõe o desenvolvimento de iniciativas que combinem medidas na área da educação e da formação profissional e acesso a programas de transferências de renda aos jovens em situação de vulnerabilidade e risco social.
4- Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de quinze a dezessete anos e elevar, até 2020 a taxa líquida de matrículas no ensino médio para oitenta e cinco por cento, nesta faixa etária; Universalizar o atendimento escolar aos estudantes de 4 à 17 anos com transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino; Oferecer educação em tempo integral em cinquenta por cento das escolas públicas de educação básica;
Como diz Brandão (2011, p.204), o grande desafio é trazer os jovens para a escola, fazer com que nela permaneçam e que concluam com sucesso o ensino médio. Uma escola capaz de propiciar a aprendizagem de conteúdos historicamente acumulados pela humanidade, em seus diversos campos, especialmente nas artes, nas ciências, nas línguas, na história, na tecnologia, na cultura e, assim no trabalho como princípio educativo. Enfim, uma escola socialmente inclusiva e de qualidade socialmente referenciada.
Os alunos precisam de imediato a melhoria de sua condição social através da renda unificando o aprendizado, historicamente acumulado pela humanidade artes, ciência, línguas, história, tecnologia, cultura no trabalho como princípio educativo. E para isso precisamos urgentemente da ampliação de recursos públicos para a melhoria de trabalho e valorização dos profissionais que atuam direta e indiretamente com educação.
Caderno II - O JOVEM
Neste modulo "O jovem" tentamos compreender essa nova forma de juventude que temos, quais são suas ambições e necessidades, o que planejam para o futuro, e principalmente com se relacionam com as pessoas que fazem parte do seu círculo de amizade, que tipo de relações elegem como mais importante, e tentar descobrir uma forma de atingi-los, emocionalmente sem deixar de cumprir nosso papel de ensinar conteúdos também.
Nos reunimos para fazer a leitura e discussão dos textos, e também responder as questões propostas, e compartilharmos nossas duvidas e anseios, por um ensino mais eficaz, que atinja todos os jovens.
Como parte desse estudo, fizemos uma sessão cinema, ou seja passamos um filme para os alunos, e depois promovemos uma discussão sobre essa perspectiva da juventude, o que são, o que querem, como lidar com as emoções, com quem compartilhar o que se sente.
A juventude é, ao mesmo tempo, uma condição social e um tipo de representação. De um lado há um caráter universal, dado pelas transformações do indivíduo numa determinada faixa etária. De outro, há diferentes construções históricas e sociais relacionadas a esse tempo/ciclo da vida. A entrada na juventude se faz pela fase da adolescência e é marcada por transformações biológicas, psicológicas e de inserção social. É nessa fase que fisicamente se adquire o poder de procriar, que a pessoa dá sinais de ter necessidade de menos proteção por parte da família, que começa a assumir responsabilidades, a buscar a independência e a dar provas de autossuficiência, dentre outros sinais corporais, psicológicos e de autonomização cultural. O que fazer com essa geração de adues, conforme o caderno II o jovem sujeito, págs. 01 à 15, que estão em constantes transformações, e na realidade não é uma juventude, mas sim jovens que estão se inserindo numa sociedade extremamente consumista, e elaboram modos de ser jovem. É um grande desafio buscar e perceber como os jovens constroem o seu modo próprio de “ser” compreendido, suas necessidades, suas vontades dentro de todo esse contexto pedagógico e social da escola.
Podemos dizer “que desafio” o que fazemos na nossa pratica pedagógica no dia a dia, por vocação puramente de “ensinar, de transformar, ou tentar a transformação de cidadãos melhores, mais sábios, mais seguros, independentes, que muitas vezes possuem poucas perspectivas ou nenhuma, inserindo-os na sociedade totalmente competitiva, que explora a mão de obra para beneficiar um grupo de empresariados e nada preocupada com o “jovem” que trabalha no seu estabelecimento e necessita aumentar o conhecimento para uma sociedade mais preparada e melhor.
“Em todo esse contexto educacional não devemos esquecer que o período noturno faz parte da história da escolarização e que apesar de ter se constituído a partir de disposições governamentais, estas disposições vieram atender a reivindicações populares”. (Google, ensino médio inovador).
A melhor qualidade de ensino é, sem dúvida uma forma de tornar a escola mais atrativa, na aprendizagem como estrutura física, condições de políticas educacionais com disponibilização de maiores investimentos. Dessa forma os alunos aprendem com mais facilidade, o custo de permanecer na escola se reduz. Turmas menores, os alunos com maiores dificuldades são os que possuem maior risco de deixar a escola. A evasão escolar no ensino noturno costuma ocorrer muito antes, já no ensino fundamental, faltas, repetências, não realização de tarefas, etc... . Uma estratégia seria identificar os alunos com alto risco de evasão e atuar diretamente sobre eles. Quando os pais estão mais envolvidos com a toda a vida escolar dos filhos, esses possuem melhor desempenho escolar.
Lembramos então que o ensino noturno, não é uma responsabilidade única, exclusiva do professor, mas um desafio das autoridades responsáveis pelo ensino do país.
O aluno do período noturno busca sem dúvida, algo que lhe interesse, ou seja, buscam igualdade de oportunidades e formas de não exclusão da sociedade (empresas que exploram a mão de obra), buscam melhorar sua condição social na sua luta imediatista de sua sobrevivência.
A mídia certamente é uma maneira que temos de chamar a atenção do estudante para o processo de ensino-aprendizagem. Como forma de refletir sobre o uso das mídias propomos aos estudantes o filme Silêncio Rompido que trata do uso das mídias feita de forma errônea. O mau uso dessas resultou em experiências catastróficas, o suicídio da adolescente Dina. Após o fato, a mãe começa a buscar as causas da tragédia e acaba por descobrir que sua filha, Dina, sofreu bullying e cyberbullying na escola por ter enviado uma foto seminua ao “namoradinho”, as quais foram enviadas para todos os estudantes da escola que Dina frequentava. “A internet nunca esquece.” Foi justamente isso que marcou a vida dessa garota. Após o filme, propomos aos estudantes uma mesa-redonda para discutirmos os pontos mais relevantes do filme. Os estudantes disseram que a menina foi culpada pelo fato, pois tirou a foto e enviou ao namorado. Destacaram ainda a concorrência existente entre os jovens, no que diz respeito à aérea sexual. Conversamos ainda sobre a punição que aqueles que praticam o bullying e cyberbullying devem receber. Citaram ainda a banalização do corpo que está acontecendo entre os adolescentes. Os mesmos lembraram ainda que a família é importante na formação dos estudantes. Salientaram a importância do relacionamento entre professor X estudante, atitude que poderia ter salvado a adolescente Dina que não tece ninguém em quem pudesse confiar.
Finalizamos esse caderno enviando uma carta para os estudantes dizendo a eles que somos conhecedores das dificuldades encontradas para o término do Ensino Médio, no entanto, é necessário que aproveitem bem dessa etapa como possibilidade de um futuro mais promissor.
Caderno III - O CURRICULO
O Currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral A relação existente entre trabalho, ciência tecnologia e cultura e o que eu ensino acontece no momento em que procuro relacionar os conteúdos estruturantes e específicos com o cotidiano dos estudantes seja no aspecto da vida no trabalho, ciência, tecnologia e cultura, ou seja, o ensino-aprendizagem precisa ser significativo na vida dos estudantes. A disciplina de Matemática tem como prioridade resolver situações-problema, comunicar-se matematicamente, estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade e construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a autoestima e a perseverança na busca de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar e aprendendo com eles aspectos esses que colaboram significativamente na vida profissional desses novos profissionais. É necessário resinificar e dinamizar o processo de ensino-aprendizagem. Após a discussão das DCNEM (Diretrizes Curriculares do Ensino Médio), destacamos o Art. 35. Que traz como finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. (LDBEN, 1996). A função do Ensino Médio é aprofundar os conteúdos vistos no Ensino Fundamental, no entanto, como aprofundar esses conteúdos se os educandos não chegam com esse “fundamental”? Ou, como aprimorar o educando como pessoa humana, se em muitas situações os educandos chegam até nós sem noção mínima de educação, ética, etc.? Em relação à tecnologia que é um dos eixos centrais do Ensino Médio, temos uma preocupação, pois os estudantes não assimilam de forma correta o conceito do uso da tecnologia passando essa a ser um instrumento negativo no processo de ensino-aprendizagem. Lamentamos que a tecnologia não esteja voltada para o conhecimento e sim, para a “miséria” do conhecimento. Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da contemporaneidade. Uma vez que, a linguagem é vista como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social, econômica) entre os homens. Portanto, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões. Considera-se o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre nas relações sociais, políticas, econômicas, culturais, etc., quanto dos sujeitos envolvidos nesse processo e sua expressão, como produto de relação viva das forças sociais. A escola precisa ser um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e escrita. Propiciando ao educando a prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc.). Defendendo que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos): É na escola que os alunos têm a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que favoreça sua inserção social e exercício da cidadania. A Língua Portuguesa tem como objetivos gerais tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca: • Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles; • Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do contexto de produção; • Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos; • Pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita; • Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, • Proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão. Ressalta-se que os objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por toda a vida. Isso para o processo de ensino-aprendizagem é importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo. Ao lermos a Proposta Curricular das disciplinas envolvidas na discussão: Educação Física, Língua Portuguesa, Sociologia, Filosofia e Matemática, refletimos que o ensino diurno é diferenciado do ensino noturno, assim, procura-se na disciplina de Educação Física priorizar as atividades recreativas e o incentivo à importância da atividade física para a melhoria de qualidade de vida, levando em consideração que temos estudantes trabalhadores. Em Filosofia, os estudantes são convidados a formar-se plenamente e compreender a complexidade do mundo moderno, recriar conceitos já postos pela sociedade, transformar o conhecimento empírico em científico a partir das discussões realizadas em sala, no entanto, percebemos que boa parte deles não atinge o objetivo que a disciplina prioriza que é pensar criticamente e formular seus próprios conceitos. Sugerimos que existisse um relacionamento mais estreito entre as disciplinas de Sociologia e Filosofia, uma vez que a primeira prioriza a contextualização (formação humana) e a segunda os aspectos teóricos. (Planejamento em consonância). Na Sociologia deseja-se que os estudantes compreendam a sociedade em que estão inseridos e analisem os grupos que a constitui. Pretende ainda valorizar os conhecimentos que os estudantes já trazem, estabelecendo a possibilidade de construção de novas relações sociais, novos valores com sujeitos capazes de discutir a lógica: social, econômica, política e cultural. A disciplina de Língua Portuguesa, nossa língua, objetiva auxiliar os estudantes na interação com a sociedade. É necessário que os mesmos compreendam que o “bem falar” (norma-padrão) define o lugar que ocupamos em nossa sociedade, no entanto, os estudantes são motivados a respeitar as variedades linguísticas presente nos diversos grupos sociais. Ao estudar a Língua Portuguesa pretendemos que os estudantes façam a transposição das regras gramaticais para o seu dia a dia e percebam que a Língua Portuguesa deve favorecer a inserção social e exercício da cidadania. No entanto, percebemos que os estudantes sentem muitas dificuldades na assimilação e prática dos conteúdos ministrados. A oralidade, um dos pontos que deve ser priorizado nessa disciplina acontece de forma muito tímida, pois os mesmos não se sentem motivados para essa construção. A disciplina de Matemática é uma área de conhecimento essencial para o desenvolvimento atual da ciência e da tecnologia considerada como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para atender às necessidades sociais e teóricas. A matemática ajuda na formação integral do ser humano por meio da contagem, argumentação, comparação, análise crítica, etc., uma vez que a matemática está presente em todas as áreas. A matemática ajuda o estudante a compreender os conceitos teóricos e aplicá-los no seu dia a dia. Ao finalizarmos essa reflexão discutimos a diferença do Currículo Tradicional e o Crítico. O Tradicional visa à adaptação do estudante ao meio, enquanto o Crítico quer a emancipação política do sujeito, ou seja, não se conforma com a realidade, mas quer transformá-la. É válido lembrar as dimensões do Currículo: Prescritivo, Real e Oculto. O Prescritivo é o Currículo formal, o Real aquele que de fato é vivenciado na construção da aula e o Oculto aquele que é construído a partir da relação estudante X professor X conteúdo.
Caderno IV - Áreas de Conhecimento e Integração Curricular
O ato de alimentar consiste, depois da respiração, no grande fator determinante da vida humana, uma vez que é capaz de impulsionar a emergência dos primeiros reflexos inteligentes, essenciais ao desenvolvimento de mecanismos de sobrevivência e de evolução das mais variadas espécies (IULIANO, 2008). Assim, antes mesmo de nascer, o ser humano já mantém uma relação intrínseca com a alimentação, que, após o nascimento e ao longo de toda a sua vida, será modelada não só pela necessidade de atender às exigências nutricionais de seu organismo, mas também pelo modo de se relacionar em sociedade e com o ambiente. Outro fator é a cultura do povo os costumes alimentares é determinante não só pelas características do ambiente como também pela tradição cultural e produção de técnicas e organização de trabalho de um povo. Por isso é fundamental pensar a Educação alimentar numa perspectiva integradora para o Ensino Médio primeiramente verificando o perfil de cada “turma”, identifica-la (costumes, tradições) já que em nossa realidade (região) temos uma miscigenação heterogênea, ou seja diversas culturas. Esse contato de hábitos alimentares promove a modificação, e a troca mútua de experiências do “fazer”, “provar”, vivências que são enriquecidas e melhoradas a cada dia fortalecendo a melhoria da Qualidade de Vida do aluno no seu dia a dia.
Em relação aos componentes Curriculares vimos que em Educação Física os estudantes são orientados sobre a alimentação que influencia sobre os aspectos físicos e fisiológicos; em Matemática é analisado o valor da alimentação saudável que fica mais em conta se comparada a alimentação industrializada; analisa-se também gráficos das diversas regiões onde as pessoas costumam alimentar-se de forma mais saudável e o que essa alimentação acarreta na saúde da pessoas; em Sociologia e Filosofia trabalha-se a questão cultural da alimentação, a interpretação social e o conhecimento do produto ao qual se ingere; em Língua Portuguesa realiza-se pesquisas sobre a origem e nomenclaturas dos diversos alimentos que conhecemos hoje, como também a evolução que os mesmos sofreram ao longo da história. Em Geografia e História trabalha-se a valorização da alimentação produzida na região a qual os estudantes estão inseridos. Em Biologia mostra-se como reduzir o desperdício de alimentos, utilizando as cascas e os talos no preparo das refeições.
Em relação a “Carta a Theo nº 195”, a dimensão cultural consiste na possibilidade que se tem de aprender um pouco da vida de Vicente Van Gogh e perceber o quanto ele contribuiu com a humanidade a partir da arte; o trabalho relaciona-se com a reflexão feita a partir do lápis de carpinteiro, ou seja, mostra com que era feito o trabalho; a ciência e a tecnologia acontecem quando ao longo da carta explica-se o processo de formação de tal produto e as invenções criadas a partir das transformações culturais e sociais.
O texto poderia ser discutido em sala de aula nas diversas disciplinas, como: Filosofia, Sociologia, História, Língua Portuguesa. Em Língua Portuguesa poderíamos trabalhar a estrutura do gênero textual Carta, a intenção desse gênero; em Filosofia a Estética Social, definição de belo, gosto, arte; em Sociologia trabalharia o momento histórico e social que Van Gogh estava inserido e a importância dos instrumentos utilizados por ele em sua Arte; em Educação Física a importância do corpo humano na realização das diversas atividades; em Matemática o valor das Obras no momento de sua produção e pós-morte e em História situar o momento histórico que vivia Van Gogh.
Proposta Curricular Integrada
Tema Gerador: O Jovem e o Consumismo
Etapa: 3ª série – Ensino Médio
Duração: Média de 10 aulas (Distribuídas nas disciplinas listadas abaixo)
Português
Matemática
Educação Física
Filosofia
Sociologia
Gênero Textual: Propaganda e a persuasão que a mesma exerce sobre os jovens.
Juros, porcentagens, por meio da análise das propagandas.
Reflexão e Análise do padrão de beleza estipulado pela mídia e a realidade que os cercam (inatingível)
A importância da tecnologia e a alienação (in) comunicação.
A construção do mercado consumidor – Criação de necessidade do consumo.
Metodologias de trabalho:
Entendemos que “um currículo integrado tem o trabalho como princípio educativo no sentido de que este permite, concretamente, o significado econômico, social, histórico, político e cultural das Ciências e da Tecnologia (Ramos, 2005, p. 108) se coerentemente aplicadas. Uma metodologia de trabalho que considere o elo que deve ser estabelecido entre os conhecimentos gerais e os conhecimentos específicos da formação profissional, permitindo a identificação das especificidades desses conhecimentos quanto à sua historicidade, intento e potencial. Baseia-se, ainda, numa pedagogia que visa à construção conjunta de conhecimentos gerais e específicos. Gaudêncio Frigotto, Maria Ciavatta & Marise Ramos evidenciam o caráter fértil do conhecimento que o homem jovem e adulto, com sua experiência de vida, traz para o espaço da escola.
Diante disso é necessário entender a integração da formação geral e da específica, pensando na formação geral sempre voltada para a realidade do educando. A proposta metodológica buscará extinguir a dicotomia entre formação geral e específica. Uma vez que se mostra necessária a conclusão da parte relativa à formação geral para que se torne possível a certificação da qualificação para o trabalho, a metodologia de trabalho será a simultaneidade entre as disciplinas de eixo e qualificação profissional enfocando conteúdo da realidade social da clientela atendida.
Educação Física: Trabalhar textos abordando a estética do corpo e vestimenta (modismo).
Português: Conceito do gênero textual propaganda, composição, circulação, público alvo. Produção de uma propaganda que tenha de fato utilidades.
Matemática: Análise da média salarial e os gastos necessários e supérfluos. Pesquisa de mercado.
Filosofia: Aperfeiçoamento dos recursos e suas técnicas possibilitando ao homem a comunicação; o uso alienado contribui para o afastamento dos interlocutores. (Revista Filosofia).
Sociologia: Trabalhar a “Cultura da Felicidade”.
Avaliação final: Com uma visita ao shopping, ajudaremos os estudantes constatarem o que foi discutido ao longo das aulas. Os mesmos serão oportunizados a realizarem pesquisas em diversas lojas comparando valores no que diz respeito a marcas e necessidades.
Após a análise do vídeo “Em busca de Joaquim Venâncio” e analisando nossa realidade escolar constatamos que é possível sim realizar essas atividades, desde que um professor coordene esse trabalho, incentivando-os e apontando os caminhos para a realização do mesmo.
Proposta Curricular Integrada
Tema Gerador: História da Vida do Dr. João Cândido Ferreira
Tempo: 10 aulas (Distribuídas nas disciplinas citadas abaixo)
Espaço: Colégio Dr. João Cândido Ferreira
Português
Matemática
Educação Física
Filosofia
Sociologia
Gênero Textual: Biografia. Pesquisa da vida do Dr. João Cândido Ferreira.
Linha do Tempo – Foco Histórico.
Preocupação do Dr. João Cândido com a Saúde Pública
Ideologias que orientavam as decisões e atitudes do Dr. João Cândido.
Localizar a vida do Dr. João Cândido na Linha do Tempo com as Revoltas
Regenciais.
Conclusão: Elaboração de um Documentário abordando a vida do Dr. João Cândido, o qual será apresentado aos demais estudantes e postado no site da escola.
A partir da reportagem “Ligações clandestinas causam riscos de incêndio” e imaginando que lecionamos em uma escola próxima da realidade relatada, poderíamos num primeiro momento realizar palestras aos estudantes e pais com objetivo de conscientizá-los sobre o problema ocorrido (membros da Copel).
Num segundo momento, essa comunidade poderia exigir a regularização dos documentos legais dos terrenos junto aos órgãos públicos, e em seguida a da rede de energia nesses locais que ainda estão irregulares.
A disciplina de Geografia trabalhará a distribuição geográfica dos terrenos e os procedimentos da regularização; Biologia: a importância do Saneamento básico; Sociologia e Filosofia: direitos humanos e urbanização; Educação Física: desenvolvimento econômico; Matemática: levantamento de percentual da população que vive em condições subumanas (Políticas Públicas).
Caderno V - Organização e Gestão Democrática da Escola
A partir do tema proposto: “Organização e Gestão Democrática da Escola”, o grupo de professores do Ensino Médio Noturno, constatou que a exclusão acontece quando realizado a elaboração de calendários e atividades propostas pela escola; Conselho de Classe: a direção não permite a discussão do processo de ensino-aprendizagem dos estudantes; realização de atividades extraclasses; problemas pedagógicos (estudantes e professores). Concluímos que todos os itens citados acima se originam pela falta de diálogo e pela não compreensão dos papéis que cada membro deve assumir no âmbito escolar (falta de leitura do Projeto Político Pedagógico).
Sentimo-nos incluídos na elaboração do Plano de Trabalho Docente e acreditamos que isso aconteça, pois o professor tem autonomia na elaboração do mesmo (especialista em sua área). Diante do estudo e discussão do tema, a postura adotada pelos professores será o convite da leitura e estudo do Projeto Político Pedagógico da escola junto à Comunidade Escolar.
Em relação à instituição do Conselho Escolar, nossa escola o já possui. Em conversa com o grupo e analisando a situação do Conselho percebe-se a necessidade de complementação do mesmo, uma vez que alguns membros optaram em sair, pois os filhos não estão mais na escola, houve mudança de comunidade, etc., deixando assim o Conselho desfalcado, ou seja, é necessário o ingresso de novos membros. Ao recorrermos às atas de reuniões do colégio, observamos que já houve neste ano uma conversa entre as direções (Estadual e Municipal – escola compartilhada), para tratar da distribuição de salas para o ano letivo de 2015, como também a junção do Laboratório de Informática. A partir dessa reunião, tomou parte da decisão o Núcleo Regional de Educação e a Secretaria Municipal de Educação tornando assim as ações democráticas.
O envolvimento e organização do Grêmio Estudantil da escola são acompanhados pela Direção e coordenação, sendo que quando realizado eventos, como: torneio, venda de lanches, gincana do Dia Estudante, Festival Cultural, Dia da Consciência Negra, Campanha do Agasalho, etc., o grupo é ativo e participa na organização e execução das atividades citadas acima. Analisando a participação dos pais na escola, percebemos que não há empenho por parte dos mesmos em ser presença no processo de ensino-aprendizagem dos filhos (as). Percebemos ainda que os pais não possuem criticidade questionando ou sugerindo ações que melhorem a vida escolar. O Projeto Político Pedagógico é uma construção coletiva da comunidade escolar. Todo o ano é realizado uma análise do documento, sendo possível realizar mudanças, seja acréscimo ou reformulações no PPP. Por meio do PPP, dos conteúdos e diálogos a escola procura não adestrar os estudantes e sim, prepará-los para serem sujeitos de sua própria história em meio a esta sociedade complexa.
Caderno VI - Avaliação no Ensino Médio
Em relação ao tema abordado “Avaliação no Ensino Médio”, acreditamos que a mesma é um momento de aprendizagem, um mecanismo do saber, quando o estudante toma posse do mesmo, além do que estudou em sala de aula para que avance na formulação de conceitos e forme novos conhecimentos e seja capaz de transformar o meio em que vive. O desafio da avaliação educacional apresentados na discussão foi principalmente a desmotivação dos estudantes diante das avaliações escolares. Percebemos ainda, que a falta de leitura é uma das causas do fracasso da avaliação, pois os estudantes apresentam dificuldades na leitura e interpretação, ou seja, não compreendem os enunciados propostos.
Em consulta ao Projeto Político-Pedagógico e aos planos e ensino constatamos que as formas de registros avaliativos são a partir de notas e a sistematização dos resultados das avaliações realizadas é através de boletins bimestrais.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em escala de zero a dez pontos, observando os seguintes critérios:
I. testes e provas, totalizando 6,0 (seis vírgula zero) pontos;
II. atividades diversas: interpretação de textos, apresentação de trabalhos individual e/ou produção de trabalhos, pesquisa e realização de tarefas, totalizando 4,0 (quatro vírgula zero) pontos.
Para as disciplinas com mais de duas aulas semanais, recomenda-se realizar mais de que uma prova em cada bimestre, de acordo com a especificidade da disciplina aa avaliações poderão ser teórica e prática.
Para obter a média do bimestre o professor fará a somatória referente aos dois critérios. A comunicação dos resultados é feita bimestralmente onde o aluno que tiver todas as notas acima da média 6,0 recebe o seu próprio resultado, os demais são convidados os pais ou responsáveis legalmente constituídos para uma reunião e receber o resultado dos filhos.
RECUPERAÇÃO
A recuperação de estudos deve ser concomitante e registrada no livro registro de classe, campo de conteúdo, indicando o instrumento utilizado que conteúdo foi retomado o valor e o dia em que ocorreu a reavaliação.
Com relação a testes e provas:
I – a recuperação consiste na retomada de conteúdo, deverá ser realizada sempre que o professor perceber que o aluno não teve a compreensão do mesmo e proporcionar aos alunos uma nova avaliação;
II – se a recuperação referente ao critério 01 (testes e provas) apresentar ou revelar melhor aproveitamento deverá substituir a nota da avaliação anterior.
Quando da parte oral:
I - se for uma apresentação de trabalho o professor deverá proporcionar ao aluno uma nova oportunidade para que repita a atividade com maior aprofundamento do conteúdo e dedicação;
II - se for um apanhado de desenvolvimento oral do aluno em sala de aula e este teve pouca participação ou não teve participação, o professor deverá oportunizar um momento para que apresente um determinado conteúdo para sala (desde que o aluno tenha ciência que durante o tal bimestre a forma de avaliação será oral).
Quando da parte de produções escritas:
Se for uma produção de texto, uma redação, dissertação, argumentação, trabalho de pesquisa em grupo ou individual, o professor deverá devolver ao aluno, orientá-lo e solicitar que esta atividade seja refeita.
Sua função essencial é a participação direta, efetiva e entrelaçada dos profissionais que atuam no processo pedagógico, sendo o foco central o processo de ensino e a aprendizagem dos educandos, constatada através da avaliação. No colegiado são coletadas sugestões, ideias, para redefinir práticas pedagógicas e ações coletivas e/ou individuais pela Escola, bem como aperfeiçoar o processo de avaliação, tanto em seus resultados sociais como pedagógicos.
No Conselho de Classe, a avaliação deverá contemplar uma postura diagnóstica, emancipatória e a busca conjunta de alternativas de ações que visem encontrar formas eficientes para intervir nas situações problemas apresentadas e consequente tomada de decisão; deverá configurar-se como uma prática de investigação do processo educacional e como meio de transformação da realidade escolar, identificando dificuldades, sucessos, fracassos, avanços – analisando, compreendendo, desvelando, descobrindo, pesquisando, estabelecendo relações, ampliando a visão, aprofundando questões, dialogando e construindo significados para os alunos e para o coletivo. Assim, o professor deve acompanhar o processo de aprendizagem do aluno confrontando as ações e o desempenho das mesmas frente à sua proposta de trabalho – professor e aluno, num trabalho participativo de construção conjunta.
Em relação aos dados nacionais sobre as taxas de rendimento da nossa escola, constatamos que os estudantes apresentam baixo rendimento, uma vez que trabalhamos com o Ensino Médio Noturno. Abaixo segue o resultado de nossa escola.
Analisando os dados do SAEP 2013 1º série do Ensino Médio na disciplina de Matemática 38,1% dos estudantes encontram-se no desempenho básico; 52,4% desempenho adequado; 9,5% no avançado. Na disciplina de Português – 1ª série do Ensino Médio 14,3% desempenho básico; 61,9% adequado e 23,8% avançado.
Nos níveis de Proficiência e Padrão de Desempenho por estudantes onde a média do Paraná 243,6%; no Núcleo 259,1%; no Município 266,7% e na escola 243,5%.
Os dados são discutidos nas reuniões pedagógicas. No Conselho de Classe, discutimos os dados obtidos pelo SAEB o que no processo de ensino-aprendizagem de cada estudante.
A avaliação institucional leva em consideração os resultados das avaliações externas quando se prepara o Plano de Ação do próximo ano letivo estabelecendo metas como forma de sanar as dificuldades apresentadas pelos estudantes no processo das avaliações. Tratando-se da avaliação externa ENEM, os professores trabalham simulados, proposta de produção, etc.. . Após a avaliação, os estudantes comentam as questões do ENEM, a proposta de Produção, as dificuldades encontradas e as questões resolvidas.
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