Rerflexão e Ação Cad 05

Atividade – Reflexão e Ação – Caderno 5
Prof. Fabio Henrique Amaral 
A Gestão Democrática é o alicerce central da construção de um sistema educacional eficiente e que atinge seu maior objetivo, formar pessoas capazes de atuar e transformar a sociedade a sua volta.
Por gestão democrática, entendemos muito mais que a atuação da equipe diretiva da escola. A gestão é construída coletivamente por vários segmentos da instituição. Começa, evidentemente, pela equipe diretiva, que deve primar pela plenitude da formação pedagógica. É comum vermos diretores que ficam presos, muito além do necessário, às questões burocráticas em detrimento das demandas pedagógicas. O diretor não pode somente ser um administrador, que pensa e conduz os gastos da escola, mas sim um líder na condução de todo o corpo da escola para a plenitude de aprendizagem e formação dos seus educandos. Sua relação com os educadores deve ser de buscar o melhor desempenho no processo ensino-aprendizagem, para isto deve estar aberto e disposto a encarar os desafios que o desenvolvimento do processo criam. Dificuldades amplas e variadas, devido às especificidades das disciplinas curriculares, das condições econômicas da instituição e da realidade sócia, política e econômica da comunidade. Na medida em que o foco do diretor se torna o ensino em sua plenitude, teremos a abertura de melhores condições para a atuação da equipe pedagógica. 
Em geral o conjunto de pedagogas das escolas não efetiva seu real papel de construir com os educadores as melhores condições para a efetivação da aprendizagem e formação dos educandos. Muitas vezes são forçadas a cumprir a revisão de documentos escolares, atendimento de educandos para solução de conflitos e outras questões de cunho burocrático. Evidentemente são também atribuições desta área profissional, mas não deve ser seu maior foco, como ocorre na maioria da rede de ensino do Paraná. Por fim temos a competência do educador para que a aprendizagem se efetive.
Muitos educadores vêm-se e postam-se como uma peça paralela na condução dos desígnios da instituição escolar. Atribuem-se apenas o papel de atuação em sala de aula, como se esta atividade não estivesse intrinsecamente ligada as demais funções anteriormente descritas. O educador deve romper este paradigma, buscar ampliar seus conhecimentos sobre questões ligadas à direção da escola, leis, documentos, prazos e implicações legais, que lhes daria maior autonomia e dinâmica tanto no desempenho de sua função específica, como também na maneira de interagir e coparticipar das especificidades de atuação da direção e da equipe pedagógica.
Nesta perspectiva vemos a importância dos órgãos colegiados, o  Conselho Escolar, fundamental no auxílio do trabalho da direção, corroborando e fiscalizando suas decisões; a Associação de Pais e Mestres, que inclui os membros da comunidade no cotidiano escolar, servindo, muitas vezes, de ponte com todo o conjunto comunitário ao redor da escola; e do Grêmio Estudantil, que promove a participação dos educandos nos processos político-administrativos da instituição, ampliando sua formação acadêmica e criando maior senso de participação social.
Porém, no estado do Paraná esta percepção de Gestão Democrática está longe de ser atingida. Seja pelas muitas dificuldades citadas no desenvolvimento das atribuições reais e necessárias de equipe de direção, equipe pedagógica e corpo de educadores, seja pela suspensão do direito básico da comunidade escolher os diretores das escolas, com vias a atender interesses extras da política do atual governo, muito distantes da plenitude da formação educacional, social e humana dos educandos da rede pública do Paraná.